Aos 23 anos, Samuel Caixeta carrega na bagagem algumas experiências e convicções que muitas pessoas mais experientes nunca experimentaram. O jovem artista plástico é o criador do Projeto “Eu acredito no seu sonho”, que tem como objetivo impactar a vida de outras pessoas através da arte.
Conheça o Projeto
Em maio, Samuel esteve em Lusaka, na África, levando o projeto. O objetivo foi despertar a criatividade das crianças carentes que nunca tiveram contato com a arte. Após uma palestra sobre sonhos e felicidade, as crianças expressaram o significado de AMOR, FAMÍLIA, FELICIDADE e ALEGRIA nas telas. “Fomos surpreendidos pelo efeito da arte!”, conta o artista.
Foram 15 dias de imersão em uma cultura diferente, com costumes completamente distintos dos brasileiros. A ideia era ensinar as crianças a se expressarem por meio da arte. Samuel conta que a maioria delas nunca havia segurado um pincel, não sabia como era trabalhar com tintas nem muito menos como se expressar a partir de um desenho ou pintura.
Cerca de 70 crianças foram alcançadas pela ação que Samuel batizou de Arte na África. Para ele, realizar este projeto foi a oportunidade de unir a arte e o seu propósito de vida.
Os aprendizados
Durante a experiência, Samuel destaca o quanto aprendeu e o quanto se desenvolveu como ser humano. Segundo ele, a troca de experiências gerou tardes cheias de aprendizado em que os voluntários recebiam lições de vida o tempo todo.
O projeto superou nossas expectativas e com isso, ampliamos as atividades para investir na vida de pessoas que são desacreditadas, desanimadas e que por algum motivo não acreditam em seus sonhos. Nosso intuito é mudar a mentalidade dessas pessoas e da sociedade por meio da arte.”
Hoje, Samuel realiza seu trabalho em diversas frentes. Visita centros de reabilitação e várias outras instituições, onde faz palestras sobre o valor de sonhar e realiza atividades envolvendo a arte. Seu objetivo é inspirar as pessoas, por isso ele acredita que através da arte, a vida das pessoas pode ser transformada. “A arte tem o poder de reativar a inspiração!”
Como tudo começou?
Para Samuel Caixeta, tudo começou em uma sala de aula de pós-graduação durante o Módulo Plenitude, ministrado em cursos do IPOG. O objetivo do módulo é buscar o desenvolvimento integral do potencial humano para que ele conheça a si mesmo e assim, descubra suas forças e encontre sentido no que faz.
“Durante a tarde de sábado, o professor pediu para fazer um trabalho. Eu comecei a ter várias ideias do meu projeto dentro da sala de aula”, relembra. Segundo ele, passar pelo workshop foi importante para ajudá-lo a acreditar nas pessoas.
Segundo o artista plástico, ele sempre teve vontade de realizar algum tipo de trabalho voluntário e durante o módulo, enxergou uma oportunidade a partir do compartilhamento do que sabia fazer.
Faça com propósito!
Segundo Samuel, hoje, a sua carreira só tem sentido a partir dessa contribuição com o próximo. Isso o faz querer continuar fazendo isso para sempre, porque por trás de tudo, existe um propósito maior.
Portanto, inspire-se nessa história real. Tire um tempo para refletir. Pense no que você faz e porque faz. O que poderia equilibrar para fazer isso por muito mais tempo ou o que poderia ajustar para realizar sonhos e não sentir-se frustrado no futuro com o que deixou de fazer?
No caso de Samuel, ele não tem dúvidas de que está no caminho certo.
A minha vontade é realizar esse projeto em muitas cidades e países, porque existem muitas pessoas que precisam de alguém para acreditar nos seus sonhos. Eu quero ser essa pessoa que vai acreditar nas habilidades, nos potenciais que elas têm”.
Em relação ao projeto Arte na África, Samuel Caixeta que trabalhar agora para conseguir alfabetizar as crianças. Segundo ele, a maioria delas só se comunica por meio do dialeto local até hoje. Portanto, alfabetizá-las será uma oportunidade para que tenham acesso a mais oportunidades.
E você, o que pode fazer para dar mais sentido ao que faz e poder contribuir com o próximo?
Eu acredito que todo ser humano nasce com potenciais e com habilidades muito grandes. Esses potenciais e essas habilidades são ferramentas que nos fazem vencer nossos próprios desafios. Então cada uma dessas pessoas que estão desmotivadas, frustradas, podem pegar essas ferramentas, que são suas habilidades e potenciais, e usá-las para resolver cada uma dessas dificuldades. Sabendo fazer isso, serão pessoas realizadas.”