A segunda temporada do IPOG Cast chega com um frescor diferente. Estúdio novo, uma dinâmica ainda mais conectada com o público, novos hosts e uma vontade clara de ampliar a conversa sobre temas que moldam o futuro do trabalho, da educação e dos negócios. Depois de meses de pausa, ajustes e bastidores, o podcast do IPOG retorna com a energia de quem entende que informação de qualidade só faz sentido quando encontra o cotidiano real das pessoas.
O cenário é novo, a energia é nova, mas, acima de tudo, a conversa inaugura um tempo em que a tecnologia deixa de ser assunto de “futuro” e passa a ser pauta do agora. E não por acaso: o primeiro episódio mergulha exatamente no tema que tomou o centro das discussões no mundo todo: a inteligência artificial.
Denia Kuhn, Uaitã Pires, Ronan Maia e Andre Gildin durante a gravação do episódio de estreia da segunda temporada do IPOG Cast.
O que o episódio revela sobre o impacto da inteligência artificial hoje
Em vez de tratar a tecnologia como promessa distante, a conversa se apoia no presente, nas mudanças que já estão acontecendo e que, inevitavelmente, afetam a forma como trabalhamos, aprendemos e tomamos decisões.
E, mesmo assim, ainda há quem se pergunte por onde começar. A partir desse cenário, o episódio reúne especialistas com vivências complementares, capazes de olhar para a IA com profundidade, mas também com a simplicidade necessária para quem está dando os primeiros passos.
Convidados: diferentes olhares sobre a mesma revolução
A conversa é conduzida por Ronan Maia, CEO do IPOG, que abre o episódio admitindo que também vive sua própria jornada com a IA dentro do IPOG. Ao lado dele, três convidados com grande repertório ampliam a discussão:
- Andre Gildin, professor, engenheiro e consultor em estratégia, lembra que a transformação atual é única porque avança “de forma muito abrangente e muito rápida”, exigindo das pessoas a habilidade de aprender continuamente.
- Denia Kuhn, especialista em transformação digital, reforça que a IA “amplifica o que já existe” dentro das empresas, inclusive problemas culturais e operacionais e alerta para o risco de adotar tecnologia sem preparar pessoas e processos.
- Uaitã Pires, CCO do Hub Cerrado, traz a perspectiva pragmática do mercado ao afirmar que inovação “sem ROI é só um hobby caro”, sublinhando a necessidade de conectar a IA à estratégia e ao impacto real nos negócios.
O que muda na vida do profissional (e por onde começar)
Quando a conversa se volta para o indivíduo, a pergunta central é simples: como cada profissional pode se preparar?
Andre retoma a importância da experimentação. Para ele, o primeiro passo é perder o medo e testar. Ele recorda que estudou IA ainda em 2003 e, embora os fundamentos fossem os mesmos, faltavam dados e capacidade computacional. Hoje, tudo está acessível, basta abrir uma ferramenta e começar a explorar.
Uaitã complementa com uma narrativa reveladora: ao conversar com um motorista de aplicativo, ouviu que IA “é para gente normal?”. A história ilustra a necessidade de derrubar a ideia de que a tecnologia é restrita a especialistas. Para ele, curiosidade é o ponto de partida.
Denia, de maneira prática, recomenda evitar a ansiedade de pular entre dezenas de ferramentas. Ela sugere escolher uma e aprender a usá-la profundamente, construindo assistentes e rotinas simples que aumentam produtividade e clareza.
A Inteligência Artificial dentro das empresas
Durante o papo, Uaitã destaca que a IA está expondo fragilidades antigas: falta de governança, processos confusos e estratégia pouco clara. Ele lembra que 95% dos projetos de IA no mundo não geram ROI, não porque a tecnologia falhe, mas porque são implementados sem propósito.
Denia reforça esse ponto com elegância: a IA “amplifica o que já está”. Se a cultura é desalinhada, se os processos são frágeis, se a liderança é reativa, tudo isso se torna mais evidente com ferramentas inteligentes. E, em vez de resolver problemas, a empresa cria outros.
Andre, por sua vez, relembra as ondas anteriores: a transformação digital, o boom das startups, as pressões por inovação acelerada. Em todas elas, organizações tropeçaram na mesma pedra: apaixonaram-se pela solução antes de entender o problema.
A conversa evidencia que maturidade digital não se compra, se desenvolve. E que líderes precisam de coragem para aceitar que inovação começa pela clareza, não pela ferramenta.
Perguntas da audiência e os desafios éticos da IA
Nesta temporada, o IPOG Cast estreia o quadro “Pergunta Aí”, que traz perguntas enviadas pelos alunos e ouvintes para serem respondidas pelos convidados durante o episódio. A ideia é deixar a conversa mais participativa e próxima da comunidade.
Neste episódio, um aluno traz à mesa uma dúvida cada vez mais frequente: como usar IA no trabalho sem ferir a LGPD?
A resposta vem em três camadas:
- Segundo Gildin, a chave é governança. Sem controle de dados, políticas claras e critérios de segurança, qualquer uso de IA se torna arriscado.
- Denia complementa trazendo o tema da ‘IA offline’, um recurso que tem crescido para atender empresas que precisam de privacidade máxima.
- Uaitã reforça a responsabilidade individual: grande parte dos vazamentos ocorre por erro humano e o letramento digital é tão importante quanto a tecnologia.
Confira o episódio na íntegra
A conversa deste episódio mostra o quanto a inteligência artificial atravessa decisões, relações e práticas do dia a dia. E, ao mesmo tempo, evidencia a importância de conteúdos que ajudem a pensar com mais clareza, profundidade e repertório. É exatamente essa a proposta da nova temporada do IPOG Cast: entregar uma curadoria de ponta, com temas relevantes, convidados de mercado e diálogos que ampliam a visão.
Se você quiser acompanhar a discussão completa e mergulhar nos insights que só a conversa integral oferece, o episódio já está disponível no Spotify e no YouTube.
Aproveite para seguir o IPOG Cast no Spotify e se inscrever no canal no YouTube, assim você não perde nenhum episódio. Os novos capítulos serão publicados semanalmente, sempre trazendo reflexões atuais, histórias reais e conexões que ajudam a navegar esse novo cenário com mais confiança.