Cultura Organizacional: Boas Práticas e Tendências – EP. 16 do IPOG CAST

A cultura organizacional é um dos pilares mais importantes para o sucesso de qualquer empresa. Durante o episódio 16 do IPOG Cast, intitulado “Cultura Organizacional: Boas Práticas e Tendências”, esse tema foi amplamente discutido, destacando a sua relevância no cenário empresarial moderno. Ela não se limita a valores ou crenças abstratas, mas reflete diretamente nos comportamentos diários dentro da organização.

Ronan Maia recebeu no estúdio as convidadas Taís Guedes, coordenadora do MBA em Psicologia Organizacional e do Trabalho e professora no IPOG, e a Gestora de RH da instituição, Ana Lucia Pita. Taís pontuou que “toda empresa tem a sua cultura”, mas nem todas compreendem a profundidade dos valores que norteiam os comportamentos dos seus colaboradores. Assim, entender e gerir essa cultura é crucial para garantir um ambiente de trabalho saudável e alinhado aos objetivos estratégicos da empresa.

Nesse contexto, o episódio abordou como a cultura organizacional pode ser uma poderosa ferramenta para alinhar as ações dos colaboradores com as metas empresariais. Dessa forma, empresas que conseguem fazer essa conexão têm uma vantagem competitiva significativa. No entanto, muitas vezes, as organizações investem em tecnologia ou treinamento sem considerar o impacto da cultura.

Entenda como a cultura organizacional impacta o sucesso empresarial, promovendo inovação, retenção de talentos e crescimento. Veja boas práticas e tendências no episódio 16 do IPOG Cast.



A Importância da Cultura Organizacional

Durante o encontro, foi reforçado que uma cultura organizacional bem estruturada não só potencializa os resultados de uma empresa, mas também se torna um diferencial competitivo no mercado. Quando a cultura é cuidadosamente alinhada com as metas empresariais, ela facilita a execução de estratégias de forma eficaz e sustentável. Empresas que cultivam uma cultura forte conseguem direcionar seus colaboradores para comportamentos que impulsionam o sucesso, promovendo o engajamento, a produtividade e a inovação.

Taís Guedes mencionou que uma cultura clara ajuda a eliminar ambiguidades, criando um ambiente onde os colaboradores entendem seus papéis e responsabilidades.

“Cultura tem a ver com o padrão de crenças e valores e isso é traduzido em comportamentos. Quando a gente chega em uma empresa rapidamente é possível ver o jeitão de ser, como as pessoas se comportam ali dentro, isso é a cultura. Então o que norteiam esses comportamentos? A própria mentalidade coletiva. É um aspecto subjetivo, é invisível, mas ela está ali presente e nós percebemos isso na forma como as pessoas se comportam, o próprio layout da empresa, o uniforme, as tecnologias, tudo isso faz parte da cultura”, pontuou a coordenadora no bate papo.

Por outro lado, uma cultura organizacional mal gerida pode ter consequências desastrosas. O episódio abordou exemplos de empresas que, por não investirem na gestão de sua cultura, enfrentaram falhas na execução de suas estratégias. Uma cultura fraca pode gerar desmotivação, alta rotatividade de colaboradores e até levar ao declínio da empresa. Sem um alinhamento claro entre cultura e estratégia, o ambiente de trabalho se torna confuso, resultando em baixa performance. Guedes citou que “para fazer qualquer mudança, se não olharmos para a cultura, nós temos trabalho em vão”, reforçando que sem um foco específico na cultura, outras iniciativas de melhoria acabam falhando.

Um exemplo clássico de impacto positivo de uma cultura organizacional forte é a capacidade de aumentar o engajamento dos colaboradores e criar um sentimento de pertencimento. Quando os funcionários se identificam com os valores da empresa, a produtividade e o comprometimento tendem a crescer. Por outro lado, impactos negativos ocorrem quando há desconexão entre os valores comunicados e os praticados.

Isso gera confusão e frustração entre os colaboradores, como discutido por Taís, “se a liderança não tem comportamentos que honram os valores da empresa, as pessoas vão se sentir confusas”. Portanto, a cultura organizacional precisa ser autêntica e vivida diariamente para que seus benefícios sejam reais e duradouros.

Boas práticas para construção de uma cultura organizacional eficaz

Um outro ponto que foi destacado é que a liderança desempenha um papel crucial na construção e manutenção de uma cultura organizacional forte. Os líderes não apenas estabelecem os valores da empresa, mas também são responsáveis por viver esses valores no dia a dia, servindo de exemplo para os colaboradores. Para criar um ambiente saudável e produtivo, a comunicação clara e constante é fundamental. Por isso, a liderança é fundamental na construção de uma cultura forte.

A inovação e a diversidade também foram discutidas como componentes essenciais de uma cultura organizacional moderna. Durante o encontro, a Gerente de RH do IPOG, Ana Lucia Pita, pontuou que uma empresa inovadora não é aquela que apenas adota novas tecnologias, mas sim aquela que incentiva uma mentalidade inovadora entre seus colaboradores.

Além disso, a diversidade foi apontada como um dos pilares para impulsionar a inovação. Empresas que promovem um ambiente diversificado permitem que novas ideias floresçam, o que é essencial para a adaptação e crescimento em um mercado dinâmico. Contudo, ela precisa ser praticada de forma verdadeira.

“A cultura não é para igualar todo mundo, ela é serve para nos direcionar em valores e propósito. Nós somos diferentes nas nossas essências, isso é uma coisa nem sempre tão bem compreendida. Hoje as empresas querem forçar uma diversidade, mas isso é uma coisa muito mais de essência da liderança, na compreensão, articulação e na condução das equipes, que são diversas e que se complementam nessa diversidade”, afirmou Ana Lucia no bate papo, ao destacar a importância das organizações promoverem a diversidade de forma autêntica.

Outro ponto importante abordado foram os rituais e o reforço cultural dentro das empresas. Para manter uma cultura organizacional viva, é necessário investir em práticas que reforcem os valores e a identidade da organização. Rituais como reuniões regulares, feedbacks constantes e celebrações de conquistas são ferramentas poderosas para fortalecer o espírito de equipe e alinhar os colaboradores com os objetivos da empresa.

“É importante criar elementos que fazem com que as pessoas recordem os valores da empresa, porque senão, fica só de olhar, e não nos comportamentos”, pontuou Ana Lucia, evidenciando que a o reforço dos rituais é essencial para manter a cultura organizacional ativa e presente no dia a dia da empresa.

Desafios e Tendências na Gestão da Cultura Organizacional

Foi discutido também como o modelo de trabalho híbrido impõe novos desafios à gestão da cultura organizacional. Com a crescente adoção de ambientes híbridos, garantir a coesão cultural se tornou mais difícil. O episódio destacou que a manutenção de uma cultura organizacional forte requer um esforço intencional e contínuo de comunicação e engajamento. Nesse contexto, Taís mencionou que “não dá para romantizar esse processo”, evidenciando a necessidade de ações planejadas para criar espaços de interação e reforçar os valores organizacionais, mesmo à distância.

Além disso, a adaptação às novas gerações é um dos pontos críticos abordados na conversa. A geração Z, que está entrando cada vez mais no mercado de trabalho, valoriza fortemente a transparência e a proximidade com os líderes. Durante o bate-papo, foi enfatizado que as empresas precisam constantemente rever e adaptar suas culturas para atrair e reter esses novos talentos.

A experiência no trabalho se tornou mais importante para a geração Z do que a permanência em uma única empresa. Logo, essa nova perspectiva impõe às organizações o desafio de criar um ambiente de trabalho que ofereça mais do que recompensas financeiras, mas também um sentido de propósito e identificação com os valores da empresa.

“Hoje, essa geração não quer entrar em uma empresa para se aposentar lá, de jeito nenhum. Ela quer entrar lá para ter uma experiência, um desafio novo, principalmente uma experiência inovadora. Se ela não estiver encontrando isso, ela vai embora. A geração Z quer fazer sentido, participar, contribuir. Ela ficar subutilizada é outro problema muito grande”, observou Ana Lucia no encontro.

A rotatividade de funcionários, especialmente entre as gerações mais jovens, foi citada como um sintoma da falta de alinhamento entre os valores pessoais dos colaboradores e os valores promovidos pelas empresas. Assim, foi discutido como é vital que a cultura organizacional esteja em sintonia com os propósitos e expectativas das novas gerações.

Efeitos da cultura tóxica

O episódio também abordou os efeitos de uma cultura organizacional tóxica e como isso pode impactar negativamente a organização. Foi destacado no bate-papo que insegurança psicológica e falta de confiança são consequências diretas de uma cultura fraca ou mal gerida, levando os colaboradores a terem medo de expressar suas ideias ou fazer perguntas. Esse tipo de ambiente gera um ciclo de desmotivação, baixa produtividade e, em casos extremos, aumento de licenças médicas e rotatividade. “A cultura, quando você não cuida dela, pode se tornar algo que desvaloriza o negócio”, enfatizou Guedes no episódio ao ilustrar os riscos de negligenciar a gestão cultural.

Outro ponto discutido no episódio 16 foi o impacto da cultura tóxica nas decisões estratégicas. Quando a liderança não pratica os valores que prega, cria-se um ambiente de desconfiança e incoerência. Isso afeta diretamente os colaboradores, que, por sua vez, contribui para o declínio do desempenho geral da empresa. Nesse cenário, a cultura organizacional se torna um obstáculo para o sucesso, ao invés de um suporte para o crescimento.

Recomendações para construção de cultura

Durante o encontro, foram feitas várias recomendações pelas convidadas para a construção de uma cultura organizacional saudável. Uma das principais práticas sugeridas foi a comunicação constante e autêntica, que deve envolver todos os níveis da empresa, desde a alta liderança até a parte operacional. Além disso, foi enfatizada a necessidade de investir em autoconhecimento coletivo, permitindo que a organização tenha clareza sobre os valores praticados e desejados.

Por fim, a criação de um plano de comunicação pulsante, que mantenha os colaboradores sempre informados sobre as direções e metas da empresa também foi recomendada como fator estratégico. A clareza e consistência na transmissão dos valores organizacionais é fundamental para garantir o engajamento e a coesão cultural, especialmente em tempos de transformação digital e ambientes híbridos.

Conclusão

A cultura organizacional é, sem dúvida, um dos principais fatores para o sucesso a longo prazo de qualquer empresa. O episódio 16 do IPOG Cast discutiu como uma cultura forte e bem gerida pode ser o diferencial que impulsiona a produtividade, inovação e retenção de talentos.

Por outro lado, uma cultura mal estruturada pode gerar efeitos devastadores, como desmotivação, rotatividade elevada e até o declínio do negócio. Portanto, é essencial que as empresas invistam tempo e recursos na construção e manutenção de uma cultura saudável, alinhada com seus valores e metas estratégicas.

Se você quer entender ainda mais sobre os desafios e oportunidades da cultura organizacional e como ela impacta diretamente os resultados da sua empresa, assista ao episódio completo no YouTube e ouça no Spotify. Este conteúdo vai enriquecer sua visão sobre o papel crucial da cultura organizacional no sucesso corporativo. Não perca!

Assessoria de Comunicação: Equipe de produção de conteúdo IPOG. Responsável : Bruno Azambuja - Gerente de Marketing - bruno.azambuja@ipog.edu.br