Gestão da Manutenção: Onde posso atuar?

Gestão da Manutenção

O mercado de Gestão da Manutenção está em crescimento, uma área promissora para todos os cursos de nível superior. A revista Exame inclusive destacou em agosto de 2018 a alta procura por esse profissional, considerando a crise econômica que passou o país e a importância deste profissional para garantir a organização dos processos produtivos e elevar a produtividade da organização com redução do custo Brasil (desperdício) em todos os ambientes.

Mas a final, você realmente sabe o que faz um engenheiro e um Gestor da Manutenção?

O professor e coordenador do MBA Gestão da Manutenção,  Luis Barros, explica que há uma diferença entre os dois profissionais, e que, dessa maneira, o mercado está voltado para ambos, mas em crescimento elevado para o Gestor de Manutenção.

A engenharia de Manutenção existe há muitos anos em todas as áreas, mas a gestão da Manutenção ainda é incipiente nas universidades, empresas e em todos os lugares de maneira geral.

Um país desenvolvido difere de um subdesenvolvido pela forma como trata a Manutenção. Então, qual o futuro da Gestão da Manutenção? Se constitui de uma emergente profissão. Portanto, a expectativa é de Crescimento Exponencial”, afirma o professor Luis Barros.

Engenharia de Manutenção

O Engenheiro de Manutenção será um especialista de manutenção em áreas específicas, como:

  • Mecânica
  • Área predial
  • Elétrica (Geração, transmissão e distribuição)
  • Telecomunicações
  • Controle
  • Software
  • Sistemas eletrônicos
  • Aeronaves
  • Automóveis
  • Estradas
  • Cidades
  • etc

O engenheiro se especializará em técnicas e ações operacionais de manutenções planejadas, de melhoria e corretivas associadas ao sistema objeto já existente, instalado e em funcionamento, ou em uso.

Na área de elétrica, por exemplo, Luis Barros explica que as ações de manutenções devem estar ligadas ao cumprimento do atendimento a Norma regulamentadora NR10, Segurança do trabalho em Energia Elétrica, dentre outras.

Uso de técnicas preditivas e preventivas especificas, por exemplo, o Engenheiro de Manutenção Elétrica deve utilizar análise termográfica, por outro lado o engenheiro mecânico fará análise de alinhamento, vibração, e outras funções de sua competência.

Ou seja, a visão é puramente técnica e operacional visando o funcionamento, a prevenção e correção do sistema em uso, do processo finalístico, de negócio da organização ou área de engenharia específica. “Cada área técnica tem sua especificidade para obter, assim, a eficácia e resultados das ações”, analisa o professor do MBA Gestão da Manutenção.

Ciclo de Vida

Antes de falarmos diretamente sobre a Gestão da Manutenção, Luis esclarece que a engenharia tem seu Life Cycle, no português “Ciclo de Vida”, conforme figura abaixo:

Este Ciclo de Vida serve para quaisquer sistemas:

  • Equipamentos;
  • Construção;
  • Produto;
  • Maquinas;
  • etc.

A fase pré-operacional consiste desde a criação, concepção por meio de:

  • Especificação;
  • Projetos básico ou inicial;
  • Projetos executivos;
  • Construção;
  • Produção.

Quando o produto está apto ao seu uso, aí começa a fase operacional, que consiste em usar, usufruir,  operar e manter a eficácia e eficiência com o máximo de rendimento e utilização, para somente no fim de vida ser alienado, jogado fora, ou desligado, pondo fim a sua utilização.

Gestão da Manutenção

O Gestor da Manutenção não precisa necessariamente fazer parte do sistema de engenharia objeto.

“O gestor introduz uma visão tática e estratégica da organização e seus aspectos relativos a lucratividade organizacional e a contribuição da eficiência, da efetividade e eficácia em todo ciclo de vida do sistema”, afirma o professor Luis Barros

Portanto, o Gestor da Manutenção tem e terá uma visão mais estratégica e independe da área operacional, servindo para trabalhar em todas elas, como:

  • Indústrias em Geral;
  • Empresas de Geração;
  • Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica;
  • Prefeituras (manutenção e limpeza urbana);
  • Manutenção de Elevadores;
  • Shopping Centers;
  • Hospitais;
  • Prédios;
  • Condomínios;
  • Grandes Condomínios;
  • Parques;
  • Empresas de Construção Civil;
  • Empresas Petrolíferas;
  • Distribuidoras de gás;
  • Micro e pequenas Empresas;
  • Empresas de Informática;
  • Infraero;
  • supermercados de alimentação e de produtos de construção;
  • restaurantes;
  • Clubes;
  • Empresas comerciais em geral;
  • Oficinas de Concessionárias de automóveis;
  • Industrias Químicas;
  • transporte Urbano e Interurbano;
  • transporte aéreo;
  • Forças Armadas,
  • Empresas de Telefonia Móvel e Fixa;
  • Empresa de Comunicação televisiva, rádios;
  • industria de alimentação;
  • Construtoras;
  • Transportes Urbanos como Ônibus, Metrôs;
  • Bancos;
  • e etc.

Na  Gestão da Manutenção, Luis Barros, que também é Engenheiro Eletrônico e Mestre em Engenharia de Sistemas/ Produção, também com curso de aperfeiçoamento em Portugal e Certificado Internacional da JIPM, Japão, em Manutenção Produtiva Total (TPM) , explica que a Gestão da Manutenção pode ser desenvolvida por qualquer profissional de nível superior

Gestão da Manutenção e o ‘zero defeito’

A Gestão da Manutenção tem como meta buscar o ‘zero defeito’, eliminando todas e quaisquer inconveniências durante a fase do projeto, de concepção e do uso do produto em sua vida útil.

Conforme afirma o professor do MBA Gestão da Manutenção do IPOG, a gestão busca otimizar o LCC – Life Cycle Cost – Custo Global – por meio de projetos, implementação, operação e manutenção do produto consequente do projeto.

As inconveniências são:

  • Erros;
  • Desperdícios;
  • Perdas;
  • Retrabalhos;
  • Acidentes;
  • doenças ocupacionais;
  • Desmotivação;
  • Atrasos;
  • Defeitos;
  • Poluição;
  • Falta de comunicação;
  • Desconforto;
  • Insatisfação das partes interessadas;
  • Quebras.

Enfim, tudo o que gera “custos da não qualidade” e que, consequentemente, necessita de ações corretivas, afirma Barros Filho.

O modelo da Gestão da Manutenção visa estabelecer ações preventivas e de melhorias contínuas – custos da qualidade – em todos os processos e etapas, independente se envolve o preço do projeto básico, o aspecto executivo ou o valor da obra em si.

Ou seja, do empreendimento até sua inauguração e início de uso. “Este valor é o que chamamos de preço ou custo pré-operacional”

Para Luis Barros, não existe a cultura do custo de operação e manutenção ou custo operacional em um produto. É possível ver, pela figura abaixo, que o preço barato pode custar caro.

É mostrado o LCC de três obras semelhantes, porém diferentes no custo global. O Sistema ‘A’ foi mais barato no custo Pré-Operacional, mas em compensação seu custo operacional se elevou; o ‘B’, ao contrário.

O LCC ‘A’ ficou maior que o LCC ‘B’, porém, o B durante a sua vida útil não terá quase nenhum problema. “O barato custou caro”. Imagine se o produto/sistema for um edifício de , em média , 60 anos de uso, teria-se um prejuízo enorme durante todo tempo, e se for uma máquina que se falhar te-se-á perdas humanas?

E o terceiro exemplo do LCC ‘C’ é o caso do Japão, otimizando-se mais ainda o LCC, Imagine… “O MBA Gestão da Manutenção tem como meta buscar aprimorar gestores para que todas as fases  da engenharia se integrem e  busquem otimizar o  Custo Global – Life Cycle Cost, melhorando a qualidade da obra, reduzindo seus custos globais e entregando no tempo estipulado”, explica.

Chama-se hoje Engenharia Simultânea ou Controle Inicial ou Gestão de Projetos Área de Conhecimento Integração, além de claro otimizar as ações de Engenharia de Manutenção.

Resumindo, a Engenharia de Manutenção trabalha exclusivamente com o sistema, equipamento e instalação, objeto em funcionamento, buscando-se a eficácia do Sistema. Enquanto a Gestão da Manutenção trabalha para dar ganhos de produtividade e elevação da Eficiência, Efetividade da Organização, além da sua eficácia Operacional, contribuindo para sua lucratividade de forma diferenciada no Mercado.

E aií, ficou interessado no assunto? Que tal conhecer o MBA Gestão da Manutenção!

Esse curso, além de módulos de alto nível de conteúdo e melhores práticas no mercando mundial e professores renomados todos com experiência renomada nos assuntos de sua competência, têm 03 (três) objetivos estratégicos para elevar as habilidade de seus participantes:

  1. Refinar o processo de Planejamento, Programação e Controle da Manutenção (PPCM), com ênfase em resultados, em especial para a elevação da lucratividade.
  2. Ampliar a visão sistêmica dos processos finalísticos com o estabelecimento de uma liderança inovadora, mobilizadora e transformadora. E, por fim.
  3. Implantar um Modelo de Gestão da Manutenção que a transforme em uma grande unidade de negócio da organização.

Agora que você está envolvido nesse tema, saiba também como especialização em Gestão da Manutenção contribuiu para que Tatiana assumisse cargo de Liderança! E saiba ainda qual o futuro da indústria e as competências que estarão em destaque!

Também assista a apresentação do Curso pelo Coordenado Luis Barros.

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Luis Cordeiro de Barros Filho: Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (1982) e mestrado em Engenharia Elétrica - Modalidade Sistemas pela Universidade Federal de Pernambuco (1995). Atualmente é professor adjunto da Universidade de Pernambuco POLI/UPE e FCAP/UPE. Tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em GESTÃO DA EXCELÊNCIA EMPRESARIAL, PLANEJAMENTO, GESTÃO DA MANUTENÇÃO e QUALIDADE. Tem aperfeiçoamento em Gestão da Manutenção pela Universidade do Porto FEUP Portugal. É Instrutor Internacional de TPM certificado pelo JIPM do Japão. Consultor em Pensamento Sistêmico pela Valença & ASSOCIADOS. Diretor Presidente- CEO do IBEC- Instituto Brasileiro de Educação Corporativa; Professor do Instituto de Pos Graduação – IPOG; Auditor Líder de Sistemas de Gestão, certificado pela Nigel Bayer e IRCA International Register of Certificated Auditors. Autor do livro Diretrizes Gerais para implementação da Gestão da Manutenção em Micro e Pequenas Empresas, SEBRAE –PE , Recife - PE. (2004), Instrutor e Consultor Ad Hoc do Ministério das Cidades na área de Gestão Pública, desde março de 2005, sendo um dos Autores do Caderno Técnico de Gestão em Saneamento (2006). Muitos trabalhos publicados em congressos e trabalhos de monografias de pós-graduação e graduação orientadas.