Práticas gerenciais como diferencial na gestão da obra e de seus custos

práticas gerenciais

Os engenheiros que acompanham o Blog IPOG sabem que constantemente nós destacamos a importância da gestão na prática destes profissionais. O engenheiro que aplica práticas gerenciais na gestão da obra, consegue alcançar mais produtividade e os resultados conquistam os clientes.

E a chave para trabalhar dessa maneira é o gerenciamento, o que significa alcançar metas que são propostas para o negócio ou para o empreendimento.

Neste contexto, atuar com equipes faz parte e é fundamental dentro do processo de gerenciamento. Essa equipe é formada por pessoas que devem estar coordenadas e direcionadas para atuar de uma maneira que leve ao alcance das metas.

Além disso, é necessário que o engenheiro estabeleça práticas e ações de forma adequada para que possa caminhar na direção dessas metas.

Então, tratando de gerenciamento, nós temos:

  • Metas
  • Desenvolvimento/criação de sistemas e práticas que vão nos conduzir ao alcance dessas metas
  • Trabalho adequado com as equipes

Neste texto, iremos focar no que é preciso para estabelecer metas alcançáveis e realistas. Mas calma! Ao final, tem uma dica importante para você que ficou interessado nos outros tópicos!

Metas para a Gestão da Obra

Meta é um alvo a ser atingido. Para que nós possamos atingir esse alvo, no caso dos engenheiros, garantir o sucesso do empreendimento, é fundamental, que a gente entenda quais são os fatores essenciais para o êxito do negócio.

Chamamos isso de fatores críticos de sucesso. Eles nada mais são do que os 4 pilares dentro do processo de desenvolvimento para o alcance das nossas metas. Veja só:

  • Custos
  • Prazos
  • Conformidade do produto
  • Satisfação do cliente

O conjunto desses 4 pilares, o equilíbrio entre eles é o que chamamos de QUALIDADE.

Portanto, antes de aplicar as práticas gerenciais no processo de gestão da obra e de seus custos é preciso estar antenado a estes pilares.

Como estabelecer as metas para gestão da obra?

O objetivo nessa etapa é estabelecer metas para cada um dos nossos pilares, ou fatores críticos de sucesso. Vamos ver como isso funciona na prática?

Custos

A meta será trabalhar com orçamento de obra. Significa trabalhar com um orçamento detalhado, um orçamento alinhado à prática. Isso vai ser importante para atender aquilo que havia sido proposto para a entrega do produto (no caso, a execução da obra).

Prazos

A meta neste pilar será a definição de um cronograma. Mas um cronograma realista e que esteja alinhado com o escopo do que o engenheiro se propõe a entregar e com os limites de custos já pré-estabelecidos.

Conformidade do produto

Para este pilar, a meta estabelecida será estar atento à normas do sistema de gestão de qualidade. No entanto, não se trata do lado burocrático, mas um SGQ prático que vai nortear o rumo das ações do engenheiro na gestão da obra. Traduzindo: o SGQ vai definir o “como fazer” em relação à conformidade do produto.

Satisfação do cliente

Neste último pilar, a meta será definir um processo através do qual o engenheiro tenha condições de avaliar sua relação com o cliente ao longo da execução da obra até o momento da entrega. Satisfazer o cliente significa conseguir entregar aquilo que o engenheiro propôs no início do contrato, mas não só entregar um produto ou um serviço. Significa encantar o cliente, de forma que ele fique plenamente satisfeito com o resultado do nosso trabalho.

Se você analisar bem, tudo o que você leu até aqui não deve ter sido nenhuma novidade. E é exatamente isso! Porque todas essas ferramentas já fazem parte do cotidiano do engenheiros, mas para quem busca a aplicação de práticas gerenciais na gestão da obra precisa alinhar essas ferramentas, de maneira a alcançar mais produtividade e qualidade.

Por isso, é preciso alinhar essas ferramentas aos 4 pilares dos quais nós viemos falando tanto neste texto.

Elementos fundamentais de uma meta

Mas é preciso lembrar, antes de estabelecer uma meta para cada pilar, que cada meta conta com 3 elementos fundamentais.

  • Objetivo
  • Prazo
  • Valor

Faltando qualquer um desses elementos, a meta estará incompleta, portanto, inalcançável.

Por exemplo, em relação à meta de custos:

– Qual o objetivo? 

Entrega da obra dentro do orçamento que foi combinado com o cliente.

– Qual é o prazo?

É o prazo definido conforme projetos, memorial descritivo, especificações.

– Qual é o valor?

É o valor pré-estabelecido em orçamento. Ex: Este empreendimento foi previamente avaliado e irá custar R$ 20 milhões.

Com essas 3 perguntas respondidas, o engenheiro responsável pela gestão da obra consegue enxergar uma meta definida.

Não basta ter metas!

No entanto, estabelecer metas não é garantia de que elas serão alcançadas. É necessário que o engenheiro estabeleça um método, ou seja, um caminho para a meta.

Portanto, para garantir o cumprimento das metas é preciso ter um acompanhamento sistemático e um mecanismo de controle que permita a minha avaliação ao longo do processo em relação às minhas metas.

O engenheiro precisa, constantemente, avaliar como está a performance dele em relação aos 4 pilares. Será que tenho caminhado em direção às minhas metas? Ou será que preciso realinhar alguma prática? Essas são perguntas que o profissional deve fazer em todo o tempo!

E aí, quer saber mais sobre esse método de controle para o alcance de suas metas e sobre o terceiro ponto de gerenciamento que é o trabalho em equipe? Então assista esse vídeo abaixo onde o professor Gilberto Porto te dá todas as dicas!

 

 

Gilberto Porto: Professor IPOG em várias Pós-Graduações de Engenharia, Engenheiro Civil, Especialista em Planejamento Estratégico Empresarial e em Gestão Empresarial de Negócios. Atua na indústria da construção e no mercado imobiliário há 30 anos. Também atua em treinamentos e formação de equipes de alto desempenho.