Professor IPOG lança livro inédito sobre aplicação de concreto
Já está disponível o novo livro do professor e coordenador do Instituto de Pós-graduação e Graduação (IPOG), Dr. Sérgio Botassi dos Santos. A obra, intitulada “Fenômeno térmico do concreto, fundamentos e aplicações práticas”, contempla um passo a passo de como se manuseia o pré e pós-processo do software a partir de vários estudos de caso.
O livro é o primeiro no mundo que inclui um software exclusivo desenvolvido pelo especialista e aplicado em mais 20 anos de experiência no assunto. Segundo o professor Sérgio Botassi, a obra é de extremo valor para os estudantes de Engenharia e Arquitetura, visto que muitas vezes os processos envolvendo risco térmico do concreto são negligenciados, o que pode gerar custos adicionais com reparos ou soluções desproporcionais ao necessário.
Este livro possui a particularidade de reunir em uma mesma obra princípios científicos e práticos de como mitigar o problema térmico no concreto, utilizando um software próprio voltado para este propósito (TSA-1D). Esse software foi elaborado ao longo de 15 anos de experiência no assunto”.
Problema térmico
Todo e qualquer material está sujeito a sofrer alterações de origem térmica. Especialistas apontam que no caso do concreto, isso acontece quando há dilatação em razão do calor emitido pela reação de hidratação do cimento em contato com a água e das condições ambientais no entorno, como temperatura, umidade, insolação etc.
Nesse sentido, fissuras podem surgir nas fases pós-concretagem, quando o concreto tende a se retrair em função do resfriamento. “O grande ‘vilão’ do problema térmico no concreto, portanto, está na fase do resfriamento da estrutura e não no aquecimento como se imagina”, adianta o professor Sérgio Botassi.
Fatores de risco
São vários os elementos que podem gerar oscilações na temperatura do concreto. Podemos citar como exemplo, o clima, o tamanho da estrutura no início da concretagem e o calor proveniente da hidratação do cimento e das adições. “Estruturas de concreto de grandes dimensões tendem a acumular mais calor em seu interior”, informa Botassi.
O professor afirma que ao longo do processo de estudo para sua pesquisa, desenvolvida desde a época em que cursou a graduação em Engenharia, foi possível notar que estruturas que apresentam ordem de grandeza da menor dimensão com tamanho superior a 60 cm e volume maior que 3m3 começam a apresentar risco de fissuração térmica.
“Uma fundação em sapata com dimensões partindo de 70 x 210 x 250 cm, por exemplo, possui potencial de apresentar problemas térmicos. Parâmetros associados à temperatura de lançamento do concreto, composição da dosagem e condições ambientais precisam ser considerados com muita cautela, pois influenciam diretamente no comportamento térmico e, consequentemente, no risco de fissuras desta origem”, garante.
Soluções
Prevenir é sempre melhor do que remediar. Porém, em casos em que o problema já apareceu, é preciso, obviamente, iniciar o processo de recuperação do material.
Como fazer isso? Antes de mais nada é necessário avaliar o tamanho do dano, simulando as condições reais ocorridas e algumas in loco, como o tamanho, o formato, a quantidade e a distribuição das fissuras na peça estrutural danificada.
“Em muitos casos, a injeção de argamassas especiais de elevada plasticidade sob alta pressão tende a preencher os vazios deixados pelas fissuras, mantendo o maciço estrutural íntegro e monolítico”, alerta o engenheiro.
Segundo ele, reforços estruturais externos são casos extremos de reparos, quando a capacidade da peça estrutural depende diretamente da resistência à compressão do concreto fissurado, mas que se encontra estruturalmente danificado.
“Nestes casos, deve-se dimensionar o reforço estrutural a partir de soluções disponíveis no mercado: chapas e cantoneiras de aço chumbadas ou coladas com resina, acréscimo de seção transversal com concreto armado, uso de fibra de vidro ou carbono sobre a superfície devidamente preparada e com aplicação de resina especial, entre outros recursos”, conclui o professor do IPOG.
Sobre o autor do livro
Sérgio Botassi é graduado em Engenharia Civil, Mestre em Estruturas e Doutor em Construção Civil. Atua na área pericial e com obras públicas e possui mais de 15 anos de experiência como consultor em Estruturas de Concreto pela SBS Consultoria em Engenharia. Foi agraciado em 2018 com o segundo lugar na premiação internacional do American Concrete Institute com um trabalho de consultoria. Já publicou mais 35 artigos nacionais e internacionais em diversas áreas da construção civil.
Também já participou de diversos livros publicados, como:
- Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações. Editoria IBRACON, 2005;
- Concreto: Ciência e Tecnologia. Editoria IBRACON, 2011;
- Concreto: Microestrutura, propriedades e Materiais. Autores da versão em inglês: Metha & Monteiro. Editora IBRACON;
- Fluência do Concreto: Análise nas primeiras idades e efeitos de aditivos e adições, Ed. Novas Edições Acadêmicas;
- Gerenciamento de Obras, Qualidade e Desempenho da Construção. Editora Ciência Moderna;
- Projeto, Execução e Desempenho de Estruturas e Fundações. Editora Ciência Moderna.
O livro Fenômeno térmico do concreto, fundamentos e aplicações práticas é da Editora Interciência e está disponível para vendas pelo site: www.editorainterciencia.com.br.