A cada dia novos recursos tecnológicos surgem para provar que o homem, além de criador, é também o adaptador desses avanços. Ao mesmo tempo em que facilitam à dinâmica e processo de trabalho, podem substituir algumas atividades que, não distante, necessitavam da atuação humana.
Pesquisas recentes chamam atenção para isso. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, cerca de cinco milhões de empregos poderão ser extintos até 2020 devido à Inteligência Artificial.
E não para por aí! A estimativa é de 400 a 800 milhões de empregos sumam até 2030, substituídos por robôs (físicos e digitais), conforme pesquisa da consultoria McKinsey.
De olho nos impactos da tecnologia
Casos diversos de substituição do trabalho humano pelo de robôs já fazem parte da nossa realidade. No final de 2017, por exemplo, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Minas Gerais, investiu na instalação de uma série de totens para que os passageiros pudessem fazer o check-in de qualquer companhia aérea, economizando tempo, ampliando a comodidade dos passageiros e agilizando as entradas nos portões de embarque.
A Linha 4 – Amarela do Metrô de São Paulo é mais um caso de avanço tecnológico e da substituição de tarefas humanas. O movimento dos carros passou a ser controlado por um sistema “driverless”, operado remotamente, do Centro de Controle Operacional (CCO), acompanhado por painéis eletrônicos, sem a necessidade de um condutor.
Atenção nas oportunidades
De certa forma, existe uma linha tênue que paira o assunto. Mas se entendemos melhor como tudo isso funciona e, mais, compreendermos os novos papéis e competências que devemos desenvolver para integrar os bons profissionais que permanecerão disputados no mercado, visualizaremos muito mais oportunidades.
Novos empregos também podem surgir em virtude de todas essas mudanças. Ainda de acordo com pesquisa da McKinsey & Company, um terço dos trabalhos criados nos últimos cinco anos não existiam há 25 anos. A expectativa é de que 9% das profissões existentes na atualidade serão completamente novas até 2030. E o que podemos identificar é que as funções se transformam. Antigas ocupações dão lugar a novos modelos de trabalho.
A grande lição de tudo isso é que em tempos de constante transformação digital, é preciso mais do que conhecimento técnico. Trabalhar de forma colaborativa, humanizada, atento as tendências, em busca de informações e soluções para o negócio: isso sim terá um impacto mais significativo nos próximos anos.
Hoje, é totalmente compreensível que um Contador aprenda a utilizar ferramentas de inteligência artificial para otimizar os processos de gestão de seus clientes, que um profissional de Direito entenda, mesmo que razoavelmente, sobre programação, que um especialista em Marketing de Conteúdo pesquise detalhes de ‘soluções web’ para aplicar suas estratégias de trabalho.
É preciso ter a visão do todo, desenvolver uma compreensão macro do negócio, entender que áreas e formações distintas se complementam e permitem que objetivos sejam alcançados de forma flexível e colaborativa. E a tecnologia está presente nesses processos, movendo o mercado, estimulando a capacitação e adaptação de profissionais a novas tendências.
Profissões mais ameaças pelos robôs
As profissões mais difíceis de serem automatizadas, de fato, são aquelas que requerem maior inteligência social, emocional, comportamental e criatividade nos processos de trabalho. As chamadas soft skills, que se referem justamente a essas habilidades, farão a diferença no mercado de trabalho e influenciarão na ocupação e permanência desses profissionais em bons cargos.
Porém, é preciso ficar alerta quanto às profissões de risco. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford apontou as que são mais ameaçadas por conta dos robôs. São elas:
- Agente de crédito
- Analista de crédito
- Corretor de imóveis
- Gerente de remuneração e benefícios
- Atendentes de agências dos correios
- Operadores de usinas nucleares
- Analista de orçamento
- Contador e auditor
- Técnico de geologia e petróleo
- Operadores de estações de exploração de gás
Essas são apenas algumas áreas que já sofrem os impactos da substituição humana pelos robôs. As mudanças são constantes e é preciso apostar em conhecimento que leve em conta os avanços tecnológicos.
Para não ser substituído por um robô, entenda que é necessário agregar valor ao que você faz. A especialização em Gestão de Tecnologias da Informação – Liderança, Governança e Negócios do IPOG te prepara para essa realidade, considerando as atuais e futuras tendências de mercado.