Humanizar para Transformar: O que você deseja plantar para colher em 2018?

Silhouette of a woman standing in 2018 on the hill at nature

Para muitos, o Natal e o Ano Novo trazem à rotina um clima e uma magia diferente, impactante e até transformadora. É como se o nosso interior acompanhasse as decorações de Natal e se preenchessem de luz, beleza e desejo de mudança. O cenário da cidade se transforma e isso nos transforma também, afinal, é Natal, é véspera de um novo ano, no caso 2018, e a finalização de mais um ciclo.

Tudo isso nos torna mais sensíveis e reflexíveis ao que se passou e ao que há por vir. E sabemos que não há como mudar o passado, mas sim fazer com que os erros não se repitam e aspirar novos hábitos, novas rotinas, novas experiências. Então, é natural que façamos planos para os novos 365 dias que virão. É natural rever os atos passados, erros cometidos e buscar a mudança, a evolução, a melhora.

É um período que, de forma especial, nos abrem os olhos para o nosso interior e, pela feliz consequência, nos enxergamos mais humanos. Enxergamos o outro de forma mais humana e os melhores sentimentos suscitam numa espécie de comportamento coletivo. Existe uma característica cultural em tudo isso, uma tradição que vem com o Natal e os recomeços que o novo ano proporciona, o que acaba por influenciar nossas ações e visões de mundo.

Assim define o professor e diretor de metodologia do IPOG, Luciano Meira. Ele explica que esse processo de humanização ocorre não tão consciente de forma individual, mas faz com que as pessoas se sintam envoltas neste espírito, voltado para a generosidade, compartilhamento, de colaboração e também de introspecção.

Período de descobertas

Ainda segundo Luciano, de forma mais específica, é na véspera de ano novo que as pessoas ficam mais suscetíveis à descoberta de propósitos de vida e estipulação de metas, pontos intimamente ligados ao desejo de desenvolvimento humano. “O IPOG trabalha muito com isso, através do programa Plenitude. E eu tenho falado para os alunos do Instituto que neste momento é interessante se aprofundar a respeito do autoconhecimento”, afirma.

Nesse sentido, seria fazer o exercício de uma compressão a respeito de nossos esforços, se estamos mobilizando nossas melhores forças, nossos melhores talentos e paixões profissionais e pessoais à serviço da sociedade. “Pense sobre isso e procure estabelecer um propósito, uma missão, é o que chamamos de Declaração de Compromisso Incondicional no Plenitude, a ideia de você aliar bem as suas forças, seus talentos, desenvolvê-las ao máximo e colocar isso a serviço da sociedade e na própria profissão que você exercer”.

Amplie o sentido de sua existência em 2018

Para impactar o mundo ao seu redor não é necessário se tornar um empreendedor social, desenvolver projetos sociais e trabalhar em ações beneficentes. É possível, naquilo em que você trabalha, por exemplo, transformar as pessoas que estão em sua volta. É entender como que no seu trabalho você pode se tornar uma pessoa melhor, trabalhar com paixão e, desta forma, impactar positivamente seu círculo social. “Isso é propósito, é a ideia de ampliar o sentido da existência”, afirma Luciano.

O empreendedorismo social

Ao entrar em contato com as aulas do professor Luciano Meira, José Amorim de Oliveira Júnior, que cursa o MBA Essential Master Coach, encontrou coragem para colocar em prática algo que ele queria fazer há muito tempo: um projeto social totalmente voluntário, sem custos para o público-alvo e com o objetivo de atender jovens carentes de escolas públicas de Goiânia. Durante as aulas do Plenitude, Amorim pôde amadurecer a ideia e, enfim, colocá-la em prática.

O nome do projeto, inclusive, foi inspirado no módulo: Plenitude do Ser. A primeira edição foi realizada em setembro passado, em escolas públicas dos setores Vale dos Sonhos, Guanabara e região, onde 25 adolescentes foram atendidos diretamente. As ações ainda englobaram pais, mães e irmãos que puderam acompanhar e estudar conteúdos que também são ministrados no IPOG, como a Psicologia Positiva, Educação Positiva, Assertividade, Filosofia, dentre outros.

Apoio

Foram ministrados nove módulos ao todo, sendo que três foram executados com as participações especiais de três professores do Instituto: Carmem Silvia, Dorothy Irigary e o próprio Luciano Meira. “Os alunos adoraram e a presença deles engrandeceu enormemente a qualidade do nosso Projeto”, informou Amorim.

Com as experiências e vivências estabelecidas entre organizadores e participantes, algumas ações foram além das salas de aulas. Hoje, 12 alunos do projeto recebem também assistência e apoio na área da saúde e de subsistência. E ao fim desta primeira edição do Plenitude do Ser, um grande resultado já está sendo alcançado: cinco participantes irão escrever um livro sobre o tema “Plenitude”.

Poder fazer parte disto tudo é realizador para Amorim. “É legal ajudar as pessoas no Natal, mas eu me sinto abençoado por poder ajudar pessoas durante todo o ano”, afirma. Amorim ainda realiza atendimentos na Paróquia São Sebastião, onde recebe pessoas com depressão. E, além disso, também arrecada doações de materiais escolares e cestas básicas para alunos da Escola Municipal Paulo Teixeira de Mendonça, no Setor Negrão de Lima, em Goiânia.

“Há muito tempo encontrei formas diferentes de conseguir expressar o meu propósito de vida”. Para Amorim, falar sobre isso é importante neste período, pois o Natal possui uma magia que consegue mobilizar e aflorar o que as pessoas têm de melhor, o que as fazem praticar algo muito importante, segundo ele: “olhar à sua volta e conseguir enxergar verdadeiramente as pessoas que estão ao seu lado”.

Conheça mais sobre o projeto aqui e se encante!

Hamar

Não, a grafia não está errada. O Nome vem de “amar” e a letra H refere-se à palavra “Humanidade”. É assim que o Rodrigo Fleury intitulou o seu projeto social, pois, segundo ele, a humanidade tem que andar de braços dados com o amor. A ideia também partiu de sua experiência no módulo Plenitude, quando Rodrigo se encontrou num estado de paz profunda e descobriu o seu propósito de vida.

Segundo ele, o Projeto Hamar é pautado na simplicidade. Divide-se em três partes: Ideia, Ação e Local. “Dedicamos um dia do mês a uma atividade humanitária, pois acreditamos que a paz do mundo pode ser alcançada pela prática do bem e do amor”. Na última ação, intitulada “Todos pela música”, Rodrigo e demais colaboradores arrecadaram 50 violões para o Professor Marcus, que ensinava cerca de 100 crianças com apenas dois violões.

A ação do mês de dezembro tem como público-alvo pessoas da terceira idade e o motivador, segundo ele, é o espirito de Natal. “Esse espírito sugestiona a todos à prática da caridade, além de fazer parte da nossa cultura, é um momento de renovação como seres humanos melhores”, coloca. Quer conhecer mais do projeto? Acesse a página “Projeto Hamar” no Facebook e colabore!

É difícil manter o sentimento e o desejo de transformação e humanização?

Vivemos em mundo complexo, onde manter tudo o que aflora em nós, especialmente neste período, torna-se um desafio constante. É um desafio que exige de nós uma pequena disciplina, segundo o professor Luciano. Contudo, fazer com que os bons sentimentos permaneçam é possível e podem melhorar bastante a nossa qualidade de vida.

O segredo está na forma de encarar as coisas e no planejamento das ações. “Na escola do desenvolvimento humano, onde me formei, nós dizemos que a semana é uma molécula da vida. Durante o ano temos 52 semanas e cada uma representa bem o drama da vida humana e seus desafios, os papéis que assumimos e os que vivenciamos, as relações que temos. Nesse sentido, para manter as boas coisas é preciso realizar um ritual semanal de análise e planejamento das prioridades”.

Isto é, antes da semana começar, seria importante pensar nela como um ciclo de vida a ser realizado, a ser completado e trazer esse espírito de colaboração de uma maneira planejada. É basicamente não esperar as coisas acontecerem, é pensar, idealizar, prestar atenção no que tem mais valor e tentar colocar tudo em prática.

A importância da educação

Com certeza você conhece bem a metamorfose pela qual passa a lagarta, um processo que a leva a se modificar e se tornar uma borboleta. Pois bem, esse também é um processo ao qual estamos submetidos, acredita Luciano. “Eu entendo a vida humana como um modo contínuo de transformação. Do ponto de vista psíquico, é o que acontece com alguém que amadurece, a pessoa passa a enxergar a vida de formas novas, a cada vez que se fecha um ciclo de vivências”.

Para ele, a educação cumpre um importante papel nesse processo de transformação e está também ligada ao desenvolvimento do caráter, o qual pode ser trabalhado e desenvolvido por meio dela. “Nesse sentido, existe toda uma função plena de contribuir para que a sociedade seja mais colaborativa e menos competitiva, mais harmoniosa e menos conflituosa, mais produtiva e menos declarativa. Tudo isso passa por educação profunda e completa do homem, é o que chamamos de Desenvolvimento Integral do Potencial Humano”, considera.

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Luciano Alves Meira: Formado em Letras e Especialista em Liderança e Gestão Organizacional; já treinou líderes de diversas grandes empresas, a exemplo de: Volkswagen, Embraer, Kimberly Clark e Faber Castell; coordenador do curso de MBA Executivo em Liderança & Gestão Organizacional (FranklinCovey) e do Curso de Curta Duração de Liderança Integral do IPOG, onde também atua como Diretor de Metodologia; Sócio Fundador da Caminhos Vida Integral.