Representatividade feminina no segmento de Engenharia Mecânica

Representatividade feminina no segmento de Engenharia Mecânica

Formada em engenharia mecânica pela Universidade Federal de São João Del Rei, Larissa Milena Caldeira ingressou como trainee na mineradora multinacional Anglo American no início de 2012.

Desde então, sua trajetória profissional e pessoal tem sido pautada por uma série de novas descobertas e grandes desafios, onde ela tem conseguido imprimir respeito e competência, em um meio prioritariamente composto por homens.

Seu ingresso na mineradora se deu na área de manutenção de máquinas pesadas em um programa para jovens talentos, que durou um ano e meio. Com a efetivação na empresa,  logo foi promovida a engenheira de manutenção e passou a atuar dando suporte à coordenação de manutenção de máquinas pesadas. Neste momento de sua carreira, ela teve contato com ações tanto de planejamento quanto de execução das atividades de manutenção.

Em 2015, contando apenas três anos de empresa, foi convidada a assumir a equipe de planejamento de manutenção de máquinas pesadas. Uma ano antes, Larissa Milena havia ingressado no MBA Gestão de Projetos onde buscou ampliar seus horizontes profissionais e continuar investindo na sua qualificação.

Com a promoção, ficou claro que eu estava no caminho certo ao aproveitar toda chance disponível para ampliar meus horizontes”, afirma.

A escolha pela qualificação em primeiro lugar

Assim que definiu como prioridade para sua carreira a realização de um MBA, Larissa Milena se empenhou em encontrar cursos que dessem sequência na ampliação da sua visão operacional, teórica e estratégica da profissão.

Estudei vastamente as opções do mercado e, diante da necessidade de fazer um segundo MBA, o IPOG me pareceu o mais apropriado ao englobar aspectos teóricos, práticos, técnicos, sociais e até psicológicos pertinentes à boa formação de um líder”, argumenta.

Partindo dessa reflexão, a engenheira optou como segunda especialização o MBA Gestão da Manutenção no IPOG.

Em sua leitura sobre o mercado da mineração, há um grande potencial de investimento no Brasil, porém o grande desafio para o segmento está na necessidade de se reinventar e repensar estratégias necessárias para manter a competitividade, caminhar aliado à sustentabilidade e ser capaz de desenvolver comunidades em seu entorno.

Progressão profissional e acadêmica

Este ano a engenheira foi alçada ao posto de coordenação de toda área de manutenção. Hoje, ela é responsável pela condução de 73 profissionais, que cuidam do pleno funcionamento de uma frota de 183 equipamentos de pequeno e médio porte.

Como desafios, sua equipe tem que atender a disponibilidade física projetada, dentro do custo esperado e com a performance requerida, como foco na confiabilidade, rendimento e produtividade. Para se ter uma ideia da dimensão da rotina de trabalho de Larissa e sua equipe, passamos a palavra a ela:

“Na rotina da equipe fazemos manutenção preventiva, preditiva e corretiva, atuando diretamente com assuntos da área da:

  • mecânica
  • elétrica
  • borracharia
  • lubrificação
  • abastecimento
  • solda
  • caldeiraria

Tais equipamentos movimentam toda a massa de minério retirado da mina, e que alimenta a planta de beneficiamento de Barro Alto e de Niquelândia”.

Como produto final, tal minério resulta na liga de ferro níquel, sendo a maior parte destinada à exportação. Logo, a indisponibilidade dos equipamentos que cuidamos pararia toda a produção da usina, impactando diretamente nas relações mantidas com o mercado internacional, e até na balança comercial brasileira, ao fazermos uma análise macroeconômica”, explica.

Para garantir a confiança depositada pela empresa com a recente promoção, ingressou em sua segunda especialização, o MBA Gestão da Manutenção no IPOG. Ela ainda está nos módulos iniciais deste novo curso, mas já consegue colher resultados positivos a cada aula que assiste.

Os módulos da pós são diretamente passíveis de serem aplicados ao meu dia a dia. Como gestora da manutenção, consegui desde o primeiro módulo, que trouxe a temática da estatística e probabilidades aplicadas à manutenção, vislumbrar oportunidades para implementar iniciativas mais arrojadas no meu trabalho”, analisa.

Outro aspecto que a profissional considera um diferencial da pós do IPOG são os módulos dedicados ao desenvolvimento humano. Segundo Larissa Milena, tal abordagem permite tanto o seu desenvolvimento quanto um olhar mais humano sobre o desempenho da equipe como um todo.

A gente aprimora a leitura do ser humano, e aprende a olhar com mais honestidade para si mesma”, reflete.

Larissa considera que a pós graduação do IPOG abre inúmeras possibilidades para se traçar paralelos com a realidade. E isso se faz possível pois, segundo ela, a maioria das teorias repassadas são exemplificadas em cases, muitas vezes experienciados pelos próprios professores.

E para finalizar, o networking estabelecido em sala enrique a aula e os contatos profissionais, tornando a troca de experiências e de cartões de visita um exercício valioso para o crescimento profissional de todos.

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Larissa Milena: Formada em engenharia Mecânica pela Universidade Federal de São João Del Rey, especialista em Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas e especializada em Gestão da Manutenção pelo IPOG.