Acredite! O mercado de RH está recheado de boas oportunidades. E sabe onde elas podem estar? Justamente nas pequenas e médias empresas, principalmente. Segundo Ronaldo Loyola, Professor do IPOG no MBA Gestão de Pessoas por Competências, Indicadores e Coaching, o mercado para profissionais de RH é muito promissor, porque tanto o pequeno, como o médio e grande empresário necessitam ter um profissional.
E sabe por que? Porque onde existem pessoas, existem conflitos e problemas. E não saber gerenciá-los e contorná-los pode atrapalhar seriamente a rentabilidade de uma empresa. “Onde existem problemas, existe a necessidade de alguém para gerenciar tudo isso, todo esse processo”, pontua.
Ronaldo Loyola explica que o profissional de RH nas empresas precisa buscar trabalhar com a tríade:
- Atração
- Retenção
- Desenvolvimento de Pessoas
O professor explica que o foco hoje deve estar nessa tríade, pois não existe mais a visão de empresários da década de 80 e início de 90, do RH apenas como o Departamento Pessoal, que só gerava despesas. Atualmente, ele assumiu uma posição estratégica.
O trabalho do RH reflete na rentabilidade da organização.
É claro que o empresário quer hoje um RH de resultado e resultado para ele, significa aumento da rentabilidade. Mas segundo o professor do IPOG, é bem possível que o profissional de RH consiga trazer esse aumento de rentabilidade trabalhando essa tríade.
No caso da atração, por exemplo. Quando um processo de recrutamento e seleção é assertivo, é possível medir uma diminuição da rotatividade nas empresas e, consequentemente, um aumento de rentabilidade.
Da mesma maneira, se você faz um bom trabalho de desenvolvimento, de reter os melhores talentos, com certeza isso também vai impactar no aumento de produtividade. Porque você está retendo os melhores, e muitas vezes, aqueles profissionais que se você perdê-los, com certeza, farão muita falta.
Abaixo, listamos alguns motivos que comprovam o quanto o mercado de RH precisa de profissionais qualificados e como estas pessoas altamente qualificadas trazem resultados consideráveis para as empresas. Vamos lá?
Mercado para Profissionais de RH: como agir diante de uma crise?
O professor Ronaldo Loyola explica que muitas empresas que não sabem demitir, inclusive em momentos de crise. Existem empresários, que em períodos financeiros difíceis, simplesmente pegam a folha de pagamento, identificam os maiores salários e cortam.
Essa é uma visão muito míope do empresário.
“Eu costumo falar que no nosso país, crises são períodos sazonais. O Brasil tem épocas de crise desde Dom Pedro I. Então a gente tem altos e baixos com uma periodicidade. É lógico que dessa vez sentimos mais porque culminou uma crise econômica com uma crise política, mas vai passar. Como outras já passaram”.
No entanto, a maioria dos empresários em momentos de retração, acaba cortando pessoas, salários e consequentemente, jogam no mercado os melhores profissionais que têm em suas empresas. “Só que esses profissionais são verdadeiros diamantes. O que significa que ele (o empresário) está perdendo diamantes, que vão ficar à disposição da concorrência”, chama a atenção o professor do IPOG.
É aí que um profissional de RH verdadeiramente qualificado se torna tão importante. Ele precisa ter condições de argumentar e explicar para o empresário que caso ele haja da mesma maneira que a maioria, quando a economia voltar a fluir de maneira positiva, será muito mais difícil trazer este profissional de volta.
A saída, muitas vezes, será recomeçar. O que implica em novas contratações, começar do início o trabalho de desenvolvimento, lapidação. O que custa muito dinheiro.
Importância do Profissional de RH em Pequenas e Médias Empresas
As pequenas e médias empresas são a grande maioria no Brasil. Nelas, o olhar do RH estratégico deve ser voltado para mostrar para o empresário o lado mais vulnerável dele, que é o bolso.
Então se o profissional de RH mostrar para ele que em algumas ações ele está se precipitando, seja em atração de talentos, recrutamento ou retenção, será possível mensurar, criar indicadores e dizer: “Você vai perder muito dinheiro”, ou então, “Vai deixar de ganhar”. “E é nessa hora, quando ele sente no bolso – ponto mais vulnerável do pequeno e médio empresário – que o empresário acorda e entende o que está fazendo”.
Só que existem muitos gestores, muitos líderes de RH que ainda não têm essa visão estratégica. No entanto, é essa visão mais sistêmica que vai dar a ele condições de argumentar e convencer o empresário.
Toda empresa precisa do acompanhamento de um profissional de RH
Ronaldo Loyola explica que o RH é a área mais fundamental de uma empresa. Porque todo e qualquer negócio precisa de pessoas.
Seja em uma empresa comercial, industrial ou de serviços, as pessoas vão ser o início, meio e fim de qualquer processo dentro de uma organização.
O RH tem que estar presente, tem que mostrar para o empresário que não se trata do RH apenas como departamento de Recursos Humanos, mas do RH como “estratégico da companhia”.
No caso de empresas familiares, é muito comum que filhos ou irmãos assumam os departamentos, sem que necessariamente estejam capacitados para tais funções. Nesses casos, quase sempre, o RH é esquecido ou não recebe o devido valor e atenção.
Mas para situações assim, o professor do IPOG faz um sério alerta. “O desafio é mostrar para os donos, para os filhos e para todos os envolvidos, que se ninguém abrir o olho para esse processo de profissionalização, que eu chamo de Governança em RH, a empresa vai ficar pra trás e acabará fechando as portas. Porque vai perder mercado.”
É uma questão de tempo para que a empresa seja engolida pelo concorrente.
Mas como provar sua importância no Mercado de RH?
Ronaldo Loyola destaca que o RH deve estar pronto para estar sempre em busca de qualificação. Sempre buscar conhecimento. Dentro do contexto de RH, deve buscar qualificação não só na área de Pessoas, mas principalmente em conhecimentos sobre estratégias de empresas, sobre gestão estratégica,
“Eu falo que o profissional de RH não pode ser apenas um especialista. Além de sê-lo, de conhecer todos os sub-sistemas de RH, ele tem que ser como um “clínico-geral”, que seria exatamente o Gestor Estratégico. Aquele que conhece um pouco de cada área dentro da empresa”, explica.
E como dica final, o professor do IPOG ressalta: “Estude para se tornar muito mais que um especialista, mas um clínico-geral em RH. Assim, você terá muito mais condições de argumentar com um líder em uma empresa a respeito de estratégias de recursos humanos”.