Saiba como o curso de pós-graduação contribuiu para o sucesso profissional de Felipe Inecco no mercado farmacêutico

Closeup of pharmacist's hands taking medicines from shelf at the pharmacy

O mercado farmacêutico é referência no desenvolvimento econômico global. E no Brasil, mesmo diante das oscilações da economia, o setor movimentou em 2016 cerca de 69 bilhões de reais segundo o levantamento feito pelo IMS Health. Além disso, a expectativa da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) é que o Brasil conquiste a 5ª posição no faturamento mundial do mercado farmacêutico nos próximos três anos.

É evidente que esse é um cenário favorável para os profissionais que já atuam ou desejam construir uma carreira na área farmacêutica. E para compartilhar com você uma trajetória profissional de sucesso no mercado farmacêutico, entrevistamos Felipe Inecco, aluno IPOG do curso de pós-graduação em Assuntos Regulatórios.

Confira o bate-papo com o aluno IPOG sobre a atuação no mercado farmacêutico:

IPOG: Qual a sua trajetória profissional e as principais atividades desenvolvidas no setor farmacêutico?

Sou farmacêutico bioquímico, formei no ano 2000, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Sou também Farmacêutico Clínico e Hospitalar. Já atuei em todas as áreas pertinentes ao âmbito do profissional farmacêutico, desde farmácias /drogarias, farmácia hospitalares, manipulação de medicamentos, manipulação de bolsas de nutrição parenteral total (NPT) e quimioterápicos. Também atuei como bioquímico, com ênfase em imunologia e hematologia, tanto em laboratórios particulares, como instituições públicas voltadas para pesquisa e desenvolvimento de imunobiológicos, utilizando técnicas de radioimunoensaio, com utilização de radioisótopos e radiofármacos.

Já trabalhei em transportadoras de produtos para saúde, onde montei a filial do Rio de Janeiro, fui o responsável técnico, providenciei os documentos relativos ao seu licenciamento e funcionamento pleno. Atualmente tenho uma empresa de consultoria e assessoramento, onde providencio as documentações pertinentes ao licenciamento e ao seu pleno funcionamento de atividades fiscalizadas pelas vigilâncias sanitárias, conselhos de classes pertinentes, obtenção do Certificado de Regularidade Técnica (CRT).

Assim como demais documentos, como alvará da prefeitura, “habite-se”, licença do corpo-de-bombeiros (AVCB), laudo técnico de aprovação, com as plantas baixas e os memorias aprovados, licenças das companhias de água (CEDAE), IBAMA (quando aplicável), além dos órgãos federais, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Autorização de Funcionamento (AFE), Autorização Especial (AE), Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Dependendo a objeto fabril, são necessárias autorizações da Policia Federal, Civil e do Exército Brasileiro.  Além de providenciar todos os formulários e procedimento operacionais padrões (POPs), relativo a realidade de cada empresa, assim como, os manuais de treinamento dos colaboradores e todas as “ferramentas” sanitárias constantes no Manual de Boas Práticas de Fabricação e Controle, limpeza de caixa d`água, controle de pragas, monitorização da temperatura e umidade, sou também responsável técnico por uma distribuidora e importadora de produtos para saúde e correlatos, onde estou implantando a unidade no Rio de Janeiro.

IPOG: Sobre a sua atuação na área de farmacêutica, o que te inspirou ou te motivou em trabalhar na área de assuntos regulatórios?

Essa resposta é a mais simples de todas. Desde o meu primeiro emprego, em 2001, fui chefe do Serviço de Farmácia do Instituto Fernandes Figueira – FIOCRUZ e responsável pelas compras, obedecendo a Lei Federal 8.666/90 que regulamenta as licitações públicas. Portanto, para habilitar uma empresa, indústria ou distribuidora, a participar do pregão, era obrigado a fazer toda a pesquisa documental apresentada pelas mesmas, somente as que haviam apresentado todos os documentos estariam habilitadas a cotar o que havia sido solicitado. Além disso, licenciei várias farmácias/drogarias junto aos órgãos pertinentes. Só faltava mesmo uma pós-graduação em Assuntos Regulatórios, afim de poder apresentar mais credibilidade

IPOG: A Instituição teve alguma influência na sua atuação voltada para a atuação na área de assuntos regulatórios?

Posso dizer que o IPOG foi a mãe disso tudo, pois não só me ensinou conceitos mais específicos na área regulada, como me ensinou a procurar e pesquisar as Leis, Decretos-Leis, Instruções Normativas (IN), Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) e Portarias. Enfim todas as legislações que estão sempre sendo atualizadas. Não basta somente assistir aula e “colar” as legislações que a docente ministra em sala de aula, mas sim saber do que se trata o assunto e procurar as suas atualizações, pois estão sempre sendo atualizadas e muitas vezes até mesmo na semana seguinte que aquele módulo foi ministrado.

IPOG: Como você acredita que está o mercado hoje para farmacêuticos que desejam atuar na área de assuntos regulatórios?

Acredito que é uma área que se encontra em expansão devido ao grande apelo da sociedade em regulamentar todas as atividades sujeitas a uma regulação sanitária. Portando atualmente autarquias como a ANVISA juntamente com a preocupação com a saúde pública, o mercado se torna cada vez mais exigente, através das criações das Leis, Decretos-Leis, RDC, IN, Portarias e a sua busca constante pela segurança, eficácia e rastreabilidade. A fim de evitar que uma empresa que não esteja devidamente regularizada e possa ser uma amaça a saúde da população.

IPOG: Como era a sua realidade antes de começar o curso? O que te fez tomar a decisão de investir em mais conhecimento?

Antes de iniciar o curso eu tinha uma visão mais generalista, atualmente, após o curso, sou um profissional mais minucioso, onde estou sempre procurando uma atualização, que pode ser através de sua revogação ou inclusão na legislação. Aprendi que nada que está escrito é eterno, mas sim, que a qualquer momento tudo pode ser alterado. Quanto a minha decisão de investir mais conhecimento, se aplicada na minha formação acadêmica, desde que me formei nunca fiquei acomodado, sempre procurei novos cursos, dentro do âmbito farmacêutico, para me aprimorar cada vez mais. Fazendo um Raio X desde quando me formei no ano 2000, muita coisa mudou e no que diz respeito a vigilância sanitária, cada vez que os anos passam a tendência é ficar mais exigente, isso levando em conta, a segurança, eficácia e rastreabilidade.

IPOG: Como você tem aplicado o conhecimento adquirido em sala de aula?

Todos os conhecimentos adquiridos em sala de aula estão presentes no meu dia a dia. O fato determinante da sala de aula não foi saber qual legislação se aplica a um determinado assunto, mas sim saber como faço para obter a legislação relativa aquele tema.

IPOG: Como avalia a importância na área de assuntos regulatórios hoje e quais os desafios para o futuro?

Acredito que como a nossa sociedade está cada vez mais exigente quando o tema é medicamentos ou produtos para saúde, os atuais órgãos regulatórios não estão estagnados. Vejo que ferramentas, como QR Code e a própria internet, não só facilitarão no que diz respeito à segurança e rastreabilidade, mas também contribuirão para facilitar o processo como todo, onde o principal beneficiado será a sociedade.

IPOG: Qual a importância de ter profissionais especializados em assuntos regulatórios para a área farmacêutica?

Isso é primordial. Porém, não existe um profissional melhor, podemos afirmar que o engenheiro químico ou de produção, ou até mesmo o advogado, pode atuar decisivamente dentro da área de assuntos regulatórios. A diferença é que o farmacêutico é um profissional da área de saúde, portanto, o seu olhar visa saúde, minimizando demais riscos que possam colocar em xeque a saúde de uma população.

IPOG: Quais são as principais diferenciais do curso de Assuntos Regulatórios do IPOG?

O que mais me chamou a atenção no curso de assuntos regulatórios do IPOG foi profissionalismo. Conheci uma turma repleta de profissionais, onde a maioria já atuava na área. A excelência estava também no corpo docente, onde era multiprofissional, desde farmacêuticos, advogados e administradores. A maioria era composto de profissionais convidados que faziam parte de órgãos regulatórios, como ANVISA e MAPA, além de pesquisadores atuantes no mercado, onde puderam contribuir em muito como a minha atual formação

IPOG: O que os profissionais e o mercado ganham com esta formação?

Os profissionais têm um ganho imensurável, no que tange não o conhecimento de sala de aula, mas também uma escola de vida. Já o mercado ganha com a formação de profissionais que poderão atuar não somente na área regulada de uma empresa, ou até mesmo em prestação de serviços, como consultoria e assessoramento, mas também podem atuar em órgãos regulatórios, através de concursos públicos.

IPOG: Quais são as dicas para quem deseja seguir nessa área?

Nunca desistir na primeira dificuldade, estar sempre atualizado com as legislações vigente e jamais ficar acomodado, pelo contrário, buscar, questionar, participar das consultas públicas e sempre ler muito, tanto as legislações e a literatura atualizada.

IPOG: Resuma sua jornada profissional com uma única palavra ou frase?

Insistência e perseverança

A trajetória profissional de Felipe Innecco é bastante inspiradora e é sinônimo de sucesso. Se você também tem o sonho de construir uma carreira bem sucedida, aproveite as grandes oportunidades do mercado farmacêutico e seja um especialista na área que deseja atuar.

O IPOG também pode te ajudar a conquistar altas posições no mercado com os cursos de pós-graduação em diversas frentes da área farmacêutica:

Assuntos Regulatórios, Atenção Farmacêutica & Farmácia Clínica,  Farmácia Oncológica & Hospitalar, Nutrição Clínica, Estética, Esportiva & Prescrição de Fitoterápicos e MBA em Gestão Industrial Farmacêutica. Especialize-se!

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Felipe Vieira Innecco: Farmacêutico bioquímico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Farmacêutico Clínico e Hospitalar pela UNISUAM, pós-graduação em Gestão da Qualidade e Gerenciamento do Risco no Serviço de Saúde pelo Instituto Racine, Habilitação em Análises Clínicas pela UNIGRANRIO, pós-graduação em Formação em Docência Superior e MBA em Assuntos Regulatórios pelo IPOG.