Metodologia BIM: aplicação a projetos de infraestrutura de transportes
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Metodologia BIM: aplicação a projetos de infraestrutura de transportes

A moderna metodologia BIM – Bulding Information Modeling – que foi inicialmente desenvolvida para ser utilizada em projetos ligados à construção civil – começa a ser adotada em obras de maior porte, como as de infraestrutura rodoviária, por exemplo.

O MBA Infraestrutura de Transportes e Rodovias, oferecido pelo IPOG, e do qual sou o coordenador, é o primeiro do Brasil a apresentar essa metodologia aplicada a esse segmento rodoviário.

Por dentro da Metodologia BIM

O Bulding Information Modeling (BIM) teve sua aplicação inicial voltada a integração de diferentes processos de edificações. Quando pensamos na projeção de um edifício, por exemplo, temos que contemplar os seguintes projetos:

  • Arquitetônico;
  • Estrutural;
  • Elétrico;
  • Hidráulico;
  • De climatização;
  • De segurança (bombeiros)

Ou seja, a soma de todos esses projetos resulta na edificação final, na obra completa.

Antes da metodologia BIM ser desenvolvida, cada projeto era feito de forma autônoma, sem a interação entre as partes. Com este método, foi possível vislumbrar a integração multidisciplinar de cada um dos diferentes projetos elaborados, em tempo real. Com isso, cada profissional envolvido passou a ter acesso aos projetos dos demais.

Eficiência no planejamento

A metodologia BIM permitiu que o planejamento de uma obra passasse a ser em 3 dimensões. E a cada modificação feita durante sua execução, cada um dos demais profissionais serem avisados, para que possam realizar os ajustes necessários em suas áreas.

Isso acontece porque o método foi pensado para fazer a comunicação imediata das alterações a todos os demais envolvidos. Logo, é possível que os ajustes sejam feitos de forma atrelada e mais eficiente.

Inteligência orçamentária

O método também permite que se façam os cálculos dos custos de produção conforme as etapas são projetadas. Logo, cada etapa já apresenta o seu orçamento pronto instantaneamente. É possível saber, antes de começar a executar a obra, quanto será gasto, e de que forma os recursos serão aplicados. Durante cada nova alteração é possível visualizar o custo acarretado.

Ao se adotar a metodologia BIM verificou-se que se dispôs de um tempo um pouco maior para se projetar, mas houve um ganho de eficiência no tempo aplicado à execução. Isso significa que a projeção leva um prazo maior por permitir que se veja a obra de forma completa, em todas as suas etapas, conferindo ganho ao próximo passo, que é a sua concretização. Esse método está em ascensão nos países mais desenvolvidos do mundo.

A metodologia BIM permite:

  • Acompanhamento da obra em sua linha do tempo de execução;
  • Em suas diversas dimensões;
  • Ajuste do orçamento em tempo real;
  • Visualização de cronograma ou seja, a projeção do término de cada uma das etapas;
  • Dentre outros benefícios.

Profissão do Futuro – Master BIM

O desenvolvimento da metodologia BIM depende de um profissional que saiba como promover a interação dos vários softwares utilizados para desenhar os diferentes projetos que compõem uma obra completa. Esse profissional foi denominado Master BIM e está em ascensão na atualidade.

Os profissionais estão atentos à eficiência que essa metodologia agrega ao seu trabalho, portanto essa habilidade tem sido amplamente procurada. Uma valiosa dica posicionamento de mercado para quem pretende ter um diferencial competitivo em sua atuação como engenheiro.

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Sobre Edésio Lopes

Doutor engenharia civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na área de Infraestrutura Viária, onde também obteve o seu mestrado, graduado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). É coordenador do MBA de Infraestrutura de Transporte e rodovias do IPOG; MBA Geociências e Geotecnologias; MBA Planejamento Urbano Sustentável; MBA Executivo em Logística de Distribuição e Produção. É colaborador na IDP engenharia (empresa sediada na Espanha) em projetos voltados para infraestrutura de transportes, logística e mobilidade urbana. Atuou por 9 anos como pesquisador no LabTrans/UFSC em projetos relacionados a infraestrutura de transporte em órgão federias e estaduais. Atuou como professor no setor de Geodésia no departamento de engenharia civil da UFSC e trabalhou no Laboratório de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto em projetos de auxílio à execução de planos diretores municipais.