Direito Digital: Proteção de Dados e Inteligência Artificial no Ep. 15 do IPOG Cast
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Direito Digital: Proteção de Dados e Inteligência Artificial no Ep. 15 do IPOG Cast

Vivemos em uma era onde a tecnologia está presente em praticamente todas as áreas da nossa vida. À medida que o uso de ferramentas digitais se expande, surgem também novas questões jurídicas que demandam soluções rápidas e eficientes. É nesse contexto que o Direito Digital ganha cada vez mais relevância. Ele é responsável por regulamentar o uso da internet, as transações online, a proteção de dados e as interações no ambiente virtual, impactando diretamente a maneira como empresas e indivíduos operam no mundo digital.

Seja para proteger consumidores em compras pela internet, regulamentar o uso de dados pessoais ou combater crimes cibernéticos, esse ramo do direito está diretamente ligado à vida moderna.

Por isso, entender esse tema e estar atento às suas implicações é crucial para qualquer cidadão que interaja com o ambiente digital, garantindo que suas informações estejam protegidas e que suas atividades sejam realizadas dentro dos limites da lei.

O Direito Digital, Práticas em Proteção de Dados e Inteligência Artificial foi o tema do episódio 15 do IPOG Cast, cujo bate-papo foi conduzido pelo nosso CEO, Ronan Maia. Neste episódio, os convidados Camilla Pinheiro, especialista em Direito Digital e professora no IPOG, e Rodrigo Dias, juiz do trabalho e coordenador no IPOG, discutiram os desafios e as oportunidades desse novo cenário jurídico, especialmente em relação à proteção de dados e às novas tecnologias como a inteligência artificial.

Descubra neste artigo os desafios e oportunidades do Direito Digital no IPOG Cast, com foco em proteção de dados e inteligência artificial.

O que é Direito Digital?

De maneira objetiva, o Direito Digital é um ramo do direito que regula as relações jurídicas que acontecem no ambiente virtual, abrangendo questões como a proteção de dados, crimes cibernéticos, e-commerce e as regulamentações tecnológicas. Diferentemente do direito tradicional, que está consolidado há séculos, o Direito Digital exige uma constante adaptação às novas tecnologias, assegurando que as normas acompanhem as mudanças rápidas e contínuas do cenário digital.

No episódio, os convidados enfatizaram que o Direito Digital é uma interseção entre diversas áreas jurídicas, tornando-se essencial para todos os profissionais que atuam no setor. Rodrigo Dias, coordenador no IPOG, destacou que “a evolução tecnológica nos impõe um desafio constante de adaptar o ordenamento jurídico.” Esse desafio é um dos principais pilares que justificam a criação e expansão do Direito Digital, pois à medida que novas tecnologias emergem, novas regras e regulamentações precisam ser implementadas para garantir a segurança jurídica de indivíduos e organizações.

Como afirmou Rodrigo Dias, “o Direito Digital não é um ramo isolado, mas sim uma junção entre o Direito tradicional e as novas tecnologias”. Essa característica faz com que este campo se destaque como uma área do direito que requer uma visão inovadora e atualizada, abrangendo questões complexas e emergentes, desde a regulamentação da inteligência artificial até os desafios impostos pela cibersegurança.

Principais desafios no Direito Digital

Um dos pontos destacados no episódio foi a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que ainda está em processo de amadurecimento no Brasil. O desconhecimento da população sobre o uso de seus dados, somado à falta de regulamentação clara em certos casos, complica o cumprimento da lei e a proteção eficaz dos consumidores. A implementação de medidas de segurança da informação e a prevenção de incidentes de segurança são ações essenciais que ainda precisam ser reforçadas.

O coordenador Rodrigo Dias declarou no bate papo que “a LGPD é uma clara evolução do direito. Tudo que foi disposto anteriormente, não se aplica ao mundo digital, porque são mundos diferentes, mas não me parece que seja um rompimento absoluto com o que tinha antes, ao contrário, é uma atividade de adaptação.”

Outro ponto levantado foi sobre a importância da adequação à legislação de proteção de dados. A especialista em Direito Digital, Camilla Pinheiro indagou: “O que eu posso fazer de cá enquanto empresa? A adequação à LGPD por exemplo, aqui no Brasil, começa do básico. Se você não passou por um projeto de adequação na mão do especialista, sua empresa não está de acordo. E aí, essa adequação, ela vai contemplar conformidade com algumas questões legais como documentação, necessidade de treinamento, medidas de segurança da informação. Então o primeiro ponto é esse, incidente de segurança não é se, é quando. O que eu tenho que fazer para me resguardar o máximo possível para que esse quando seja postergado? E que, quando acontece os impactos sejam menores.”

Além disso, o episódio abordou a crescente preocupação com cybercrimes, como ataques de ransomware e fraudes eletrônicas, que afetam tanto empresas quanto consumidores. Um exemplo recente citado pela professora Camilla, foi o sequestro de dados de uma empresa americana localizada em Goiás, destacando que ataques podem vir de locais inesperados, como Rússia e Ucrânia. Para enfrentar esses desafios, a adequação às regulamentações de segurança cibernética e a implementação de medidas técnicas e administrativas são fundamentais para minimizar os impactos e proteger as organizações e seus dados.

O Papel do advogado especialista em Direito Digital

O advogado especialista em Direito Digital desempenha um papel cada vez mais relevante em um cenário marcado pela transformação tecnológica. Durante o encontro, os convidados destacaram a importância de advogados estarem preparados para lidar com questões complexas que envolvem privacidade, proteção de dados, crimes cibernéticos e regulamentações tecnológicas.

A educação em Direito Digital se torna primordial, como mencionado pela especialista na área, Camilla Pinheiro. “O Direito Digital é um único futuro possível do direito, não tem como você escapar, a gente não vai deixar de usar tecnologia, a sociedade não vai retroceder, a tendência é que isso avance de forma cada vez mais acelerada.” Ressaltou a professora ao falar da necessidade de preparar profissionais para enfrentar esses desafios e aproveitar as oportunidades no mercado.

Oportunidades no Direito Digital

A atuação do profissional é ampla, abrangendo desde consultoria jurídica até litígios envolvendo temas como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a responsabilidade civil na internet e a regulamentação de tecnologias emergentes como a inteligência artificial (IA).

Durante o episódio, foi mencionado que a LGPD representa uma clara evolução no direito, e a necessidade de adaptação constante às inovações tecnológicas se faz evidente. Um advogado especializado nessa área precisa não apenas compreender o arcabouço legal, mas também as tecnologias que impactam diretamente a vida das empresas e indivíduos. O episódio abordou ainda a criação de novos cursos de Direito Digital, enfatizando a importância de se preparar com práticas em proteção de dados e responsabilidade civil.

Com o crescimento exponencial dos crimes cibernéticos e o aumento das preocupações relacionadas à privacidade e ao uso de dados, o advogado especializado em Direito Digital torna-se um consultor essencial para empresas que buscam se adequar às exigências legais. Como discutido no IPOG Cast, as empresas estão se adequando às normas, implementando projetos de conformidade com a LGPD e tomando medidas técnicas para garantir a segurança da informação. Isso reflete a importância de um profissional capacitado para orientar a adoção de boas práticas de compliance digital, prevenindo incidentes e reduzindo os riscos jurídicos.

O mercado de trabalho no Direito Digital está em plena expansão, com inúmeras oportunidades para profissionais que buscam se destacar em áreas como proteção de dados e privacidade. No encontro, foi ressaltado pela Camilla: “Não feche as portas para novas possibilidades,” sugerindo que aqueles que possuem uma visão abrangente do direito digital podem se destacar no mercado.

Rodrigo Dias também observou, “as oportunidades do Direito Digital estão todas abertas, tem muito espaço, muita procura por profissionais dessa área. Tem uma gama de oportunidades para quem resolver enveredar por esse caminho, justamente por ser totalmente novo.”

Além disso, a globalização e a regulamentação de dados em diferentes países, como exemplificado no caso do Twitter, também abrem portas para profissionais com certificações internacionais, consolidando o Direito Digital como uma área promissora no cenário jurídico atual.

Se você deseja se aprofundar ainda mais no tema e ficar por dentro das discussões mais atuais, o episódio 15 do IPOG Cast é uma excelente fonte de conhecimento. Assista ao episódio completo no nosso Youtube ou ouça no Spotify.

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