Como reduzir os custos logísticos da sua empresa?

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O sonho de todo gestor é “fazer mais se gastando menos”. Independente da área que se atue, essa máxima tem sido perseguida por todos. E sempre que ela é alcançada sua fórmula de sucesso passa a ser cobiçada pelos demais profissionais.

Nessa postagem buscamos elencar alguns dos métodos adotados por grandes empresas de logística, focados em reduzir os custos logísticos sem impactar na qualidade e eficiência do serviço prestado. Mas antes de iniciarmos com as valiosas dicas, que tal entendermos melhor como é composto o custo logístico?

Como calcular e reduzir os custos logísticos

Em muitos casos as empresas não sabem diferenciar os custos logísticos daqueles que envolvem a produção e a armazenagem da mercadoria. Quando não se tem a noção exata do custo revertido para a sua logística, fica praticamente impossível planejar formas de barateá-lo.

Para entender de forma precisa o que influencia no custo logístico é preciso ao gestor fazer o mapeamento dos processos logísticos, preferencialmente no formato de fluxos, da seguinte forma:

  • Estoque: recurso financeiro empregado para garantir o estoque de matérias-primas e do produto final;
  • Movimentação interna: gastos inerentes à movimentação da mercadoria durante o processo produtivo, podendo constar gastos com empilhadeiras, aquisição de maquinários, equipe de funcionários, entre outros;
  • Armazenamento: recursos investidos para receber, armazenar e despachar produtos e matérias-primas em geral, na espera pelo despacho em portos, entre outros;
  • Transporte: valor investido para promover o deslocamento das mercadorias para os centros de distribuição, operadores logísticos, portos, lojistas.

Agora que você tem tudo mapeado, é preciso colocar todos esses custos em uma planilha para analisar passo a passo, conforme as dicas que daremos a seguir, como será possível reduzi-los. Vamos à próxima etapa?

Eficiência financeira e logística

Um dos custos que mais onera as empresas são os envolvidos no transporte e armazenamento das mercadorias. Portanto, elencamos a seguir uma série de ações que visam otimizar os recursos sem que se perca a eficiência do trabalho.

1. Invista em recursos avançados

Hoje em dia há no mercado uma série de recursos tecnológicos voltados para a conferência de mercadorias. Muito mais assertivos e ágeis do que o controle manual, susceptível a erros.

Os leitores de código de barras e sua técnica de conferência por rádio frequência (RFID) é uma inovação que deve constar na sua lista de investimentos em melhorias logísticas. Ela permite que se faça rapidamente a identificação e conferência dos itens, de forma precisa, e a distância.

2. Embalagens apropriadas

Um custo quase nunca levantado pelas empresas diz respeito ao percentual de produtos devolvidos por conta de danos sofridos no transporte e/ou acondicionamento incorreto. É de fundamental importância que o quesito embalagem receba uma atenção especial no seu planejamento de custos.

Adotar embalagens adequadas à proteção integral da mercadoria é um investimento inteligente que vai evitar gastos futuros com a inutilização de produto danificado.

Hoje em dia são disponibilizados diversos invólucros, materiais anti impacto e recipientes adequados que fazem a proteção correta da mercadoria. Além de melhor acondicionar a mercadoria, essas embalagens ainda evitam o desperdício de dinheiro toda vez que ela é danificada.

Só para você ter uma ideia da importância desta etapa, veja quais gastos são implicados a cada mercadoria danificada:

  • retrabalho com a logística reversa (devolução do produto danificado);
  • custo para produção de um nova mercadoria;
  • novo transporte da mercadoria não danificada;
  • risco de perder o cliente final insatisfeito com tempo maior de espera pelo produto.

3. Rotas inteligentes

Toda capacidade de planejamento de um operador logístico deve ser utilizada neste momento de traçar as rotas de escoamento da mercadoria. Esse será um diferencial fundamental e de destaque dos gestores que entendem o que fazem, daqueles que não investem na inteligência logística.

O bom profissional sabe calcular:

  1. a menor distância a ser percorrida;
  2. as melhores condições da malha viária;
  3. os modais mais adequados que oferecem melhor custo benefício;
  4. organizar demais entregas no decorrer do caminho e
  5. gerenciar riscos.

Uma rota bem planejada é crucial para a eficiência na entrega e a redução dos custos envolvidos com o transporte das mercadorias. Falando em transporte rodoviário no Brasil, hoje em dia é fundamental levantar o risco inerente de cada trecho adotado, pois infelizmente estamos muito vulneráveis ao roubo de cargas.

4. Central de inteligência de operações

Da entrada ao depósito à sua entrega no destino final, a mercadoria deve ser rastreada com confiabilidade. Para isso, sistemas que coordenam esse fluxo auxiliam o gestor logístico a acompanhar a sua trajetória. Esse controle se faz necessário pois o produto passa por várias mãos até chegar ao seu destino final. Sistemas automatizados como o ERP (Sistema integrado de gestão empresarial) podem contribuir neste controle.

5. Terceirização da frota

Antes de adotar essa medida bastante popular nos dias de hoje, faça um levantamento preciso dos seus custos operacionais envolvendo transporte de mercadorias.

Com esses gastos em mãos, é possível compará-los com os orçamentos apresentados pelas empresas terceirizadas. Não esqueça de incluir no seu levantamento os custos envolvidos com a manutenção da frota. Neste caso o ideal é fazer um estudo de viabilidade que vai dar subsídios para identificar se vale mais a pena terceirar ou não.

Em regra geral, a terceirização costuma reduzir os custos operacionais da seguinte forma:

  • encargos sociais com a contratação de funcionários e motoristas;
  • combustível, pedágios e diárias;
  • manutenção da frota;
  • pagamento de multas e de indenizações diante da perda de carga.

Fique por dentro do funcionamento da cadeia de suprimentos.

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Edésio Lopes: Doutor engenharia civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na área de Infraestrutura Viária, onde também obteve o seu mestrado, graduado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). É coordenador do MBA de Infraestrutura de Transporte e rodovias do IPOG; MBA Geociências e Geotecnologias; MBA Planejamento Urbano Sustentável; MBA Executivo em Logística de Distribuição e Produção. É colaborador na IDP engenharia (empresa sediada na Espanha) em projetos voltados para infraestrutura de transportes, logística e mobilidade urbana. Atuou por 9 anos como pesquisador no LabTrans/UFSC em projetos relacionados a infraestrutura de transporte em órgão federias e estaduais. Atuou como professor no setor de Geodésia no departamento de engenharia civil da UFSC e trabalhou no Laboratório de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto em projetos de auxílio à execução de planos diretores municipais.