IPOG Cast Ep. 12 - Liderança de Impacto: Habilidades para ser um Líder Influente
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IPOG Cast Ep. 12 – Liderança de Impacto: Habilidades para ser um Líder Influente

Em um cenário onde as mudanças são constantes e a inovação é uma exigência, a capacidade de liderar de forma eficaz se torna um diferencial no mundo corporativo. Mas quais são as habilidades que tornam um líder verdadeiramente influente? Esta questão foi tema do episódio 12 do IPOG Cast o podcast que coloca sua inteligência em movimento.

Conduzido por Ronan Maia, CEO do IPOG, e com a participação especial de Edson Teixeira, coordenador dos cursos de liderança na instituição, o episódio mergulha fundo no tema Liderança de Impacto: Habilidades para ser um líder influente”. Eles exploram como as soft skills, cada vez mais valorizadas no mercado, podem ser desenvolvidas para potencializar a capacidade de líderes gerenciar, engajar e motivar equipes.

Além disso, o episódio destacou a importância da responsabilidade, da flexibilidade, do autoconhecimento e da habilidade de gerenciar pessoas como pilares para uma liderança bem-sucedida.

Definição de liderança eficaz

O conceito de liderar por muito tempo foi construído na base do comando e controle. Esse era o comportamento adotado por muitos líderes da geração baby boomer, por exemplo, e ainda é utilizado em diversas organizações. Com as gerações atuais, que buscam, principalmente, segurança psicológica dentro das empresas e uma liderança mais humanizada, esse tipo de abordagem não funciona mais no contexto atual.

Ao longo da conversa, Edson Teixeira redefine o significado de líder eficaz. Para ele, liderança é muito mais do que apenas alcançar metas; é sobre como esses objetivos são atingidos e o impacto que isso gera nas pessoas envolvidas. Segundo o coordenador, liderança eficaz é aquela que entrega resultados por meio das pessoas, gerenciando recursos de forma eficiente e inspirando mudanças.

Mais do que equilibrar a gestão de negócios, é necessário ter a compreensão do comportamento humano como um todo na liderança. Uma vez que, “a parte humana, comportamental, precede aos processos. Se não tiver resolvido, eu posso ter uma empresa com ótimos processos, bem desenhados, alta tecnologia, sistema de informação, tudo funcionando perfeitamente, mas se o humano, que está sentado na cadeira e que interage com tudo isso não funciona, a probabilidade do negócio não rodar bem é alta. A empresa precisa ter clima e uma cultura saudável para que as pessoas queiram estar motivadas, engajadas e queiram jogar o bom jogo. Nisso, o líder tem um papel fundamental”, observou o coordenador durante o encontro.


A crise global de liderança

Uma enquete realizada pelo Forúm CEO Brasil 2018 apontou que para a maioria dos presidentes de empresa entrevistados (76%), o “apagão de lideranças” é uma realidade. Essa crise é evidenciada principalmente pela falta de líderes capazes de inspirar, motivar e guiar suas equipes de maneira eficaz em tempos de mudanças rápidas e incertezas, além disso, muitas pessoas não querem assumir cargo de chefia, fazendo com que a sucessão de liderança empresarial fique cada vez mais comprometida.

Teixeira enfatizou durante o bate papo que a responsabilidade de um líder não se limita apenas à entrega de resultados, mas também à condução de sua equipe de forma ética e inspiradora, para mudança de percepção e consciência.

“As pessoas estão menos engajadas, motivadas e menos aderentes. Está tudo muito volátil, é possível ver atualmente a intenção das pessoas de estabelecerem vínculos afetivos, está melindrada, ninguém está querendo assumir nada, ninguém quer responsabilidade. Quando a gente fala de formar líderes, que é um outro desafio, encontra-se a dificuldade que as pessoas não estão querendo assumir cargos de liderança. Por quê? Porque tem as agruras do negócio, e os desafios de lidar com pessoas que vivem todos esses processos, que não sabem esclarecer o que elas querem, e estão ali na empresa somente para fazer renda e pagar boleto”, pontuou o convidado.

“Se o líder não tem a ideia de que existe toda essa construção dentro de cada ser humano que ele convive, fica muito mais difícil. Aí o líder fica tentando a ferro e fogo, na ordem, cobrança e na ameaça fazer o resultado chegar. Contudo, se não mudar a consciência do liderado que está trabalhando com ele, esse resultado não vai acontecer nunca”, complementou Edson.


O coordenador do curso Executivo em Liderança e Gestão Empresarial compartilhou também sua visão sobre o que significa ser um líder, destacando a importância de alcançar consistentemente os objetivos com a equipe, mas sempre da maneira certa. Ele trouxe uma perspectiva única ao relatar sua transição do mundo dos negócios para a psicologia, motivada pela observação de como os conflitos interpessoais impactam a eficácia da liderança. Essa mudança de carreira o levou a explorar profundamente o comportamento humano, o que se mostrou essencial para aprimorar sua habilidade de liderar.

Desafios atuais e o desenvolvimento contínuo

Os desafios enfrentados pelos líderes de hoje foram pontos levantados na discussão. Edson destacou que a liderança não é sobre comandar, mas sim sobre se autoliderar e gerenciar suas próprias emoções e ações. Ele destacou que o desenvolvimento contínuo é crucial para escalar os diferentes níveis de liderança, desde liderar uma pequena equipe até gerenciar uma grande organização. A flexibilidade cognitiva, ou seja, a capacidade de perceber situações sob diferentes ângulos e adaptar-se a novos contextos, foi apontada como uma habilidade vital para qualquer líder moderno.

Edson explicou que “quando se fala de flexibilidade, é importante tratar os conceitos, porque o ser humano é um ser conceitual e consensual. Flexibilidade não é frouxidão, não é abrir mão de coisas que são importantes, é eu me dar o espaço psicológico de enxergar de maneira diferente aquilo que eu não enxergava até agora. É ver aquilo de uma forma que até então eu não compreendia e passo a compreender, porque eu fiz o esforço deliberado de buscar entender”.

A Importância do Autoconhecimento

Um dos principais temas abordados foi o autoconhecimento, considerado por Edson como o maior desafio enfrentado por líderes. Ele sugeriu que o autoconhecimento pode ser aprofundado por meio de práticas como a psicoterapia, que ajuda líderes a entenderem melhor suas próprias emoções, motivações e comportamentos. A psicoterapia, segundo ele, não é apenas para tratar questões de saúde mental, mas também para manter o bem-estar psicológico e, por consequência, melhorar a eficácia na liderança.

De acordo com Teixeira, o autoconhecimento é um aspecto crítico da liderança e do desenvolvimento pessoal, afinal “a base de uma boa liderança é a capacidade do indivíduo se autoliderar e se auto conduzir. Parece simples de entender, mas é um trabalho para a vida inteira. A gente se autoconhecer para saber em que somos bons, em que não somos, que momento de vida estamos, que tipo de valor governa as minhas decisões, que tipo de escolha eu fiz lá atrás e que eu não faria agora, isso é um mundo interno.”

Ele finalizou o pensamento alegando que “essa capacidade do indivíduo manejar esse conhecimento depende do trabalho pessoal de autoconhecimento. Se fosse colocar dentro de uma escala para facilitar o entendimento, a liderança está calcada na capacidade do indivíduo se auto conduzir, se autoliderar e se autogerenciar, mas a autogestão depende em primeira instância da capacidade de se autoconhecer.”


Liderança e cultura organizacional

Outro ponto crucial do episódio foi a relação entre liderança e a criação de uma cultura organizacional saudável. Ronan e Edson discutiram como líderes têm a responsabilidade de moldar a cultura dentro das organizações, influenciando diretamente a motivação e o engajamento dos colaboradores. Um líder que investe em seu próprio desenvolvimento pessoal, seja por meio da filosofia, da psicoterapia ou de uma prática religiosa saudável, está mais bem preparado para liderar com empatia, compreensão e flexibilidade.

“O que o líder tem que fazer em uma base diária é criar clima e cultura saudáveis para as pessoas quererem estar ali e jogar o jogo com pegada, com vontade. Esse é o papel crucial, e ele só faz isso se primeiro fizer um trabalho consigo mesmo em uma base constante”, destacou Teixeira durante o encontro.

Dito isto, é fundamental que as empresas priorizem uma cultura de desenvolvimento de novos líderes, além de prepará-los para o seu papel de liderança e gestão dentro das organizações, afinal, a construção de uma cultura organizacional forte e bem-vista, envolve ter pessoas preparadas.

Reflexões Finais

Em tempos de mudanças rápidas e desafios constantes, os líderes precisam estar sempre em busca de autoconhecimento e flexibilidade para se adaptarem às novas realidades. A liderança não é um fim, mas uma jornada contínua de crescimento pessoal e profissional. O episódio 12 do IPOG Cast nos lembra que, para ser um líder de impacto, é necessário não apenas dominar habilidades técnicas (hard skills), mas também desenvolver um profundo entendimento de si mesmo e dos outros (soft skills).

A busca pelo autoconhecimento, o desenvolvimento contínuo e a construção de uma cultura organizacional saudável são os alicerces de uma liderança que realmente faz a diferença. Se você deseja ser um líder influente e inspirador em sua organização, não deixe de assistir ao episódio completo no nosso Youtube e Spotify, ele está repleto de insights valiosos que com certeza agregará na sua jornada profissional.

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