Desenvolvido por O. H. Albrecht, em 1929, o luminol é uma substância química que emite luz azulada quando entra em contato com íons de ferro presente na hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue.
O luminol é muito usado em cenas de crime pelo perito forense, com o objetivo de identificar a presença de sangue em locais que foram limpos e/ou lavados.
Neste artigo, você descobrirá mais informações acerca do seu uso, como ele funciona, sua importância para as investigações policiais, assim como suas aplicações. Acompanhe!
Como funciona o luminol?
O luminol é uma substância em pó, utilizada em possíveis cenas de crime, que é composta de átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio — apresentando a seguinte fórmula: C8H7N3O2.
No entanto, ele é diluído em água e água oxigenada para o uso prático. A solução em contato com pequenas quantidades de íons ferro (catalisador da oxidação do luminol) desenvolve uma reação química chamada de quimiluminescência.
É devido a essa reação de oxidação do luminol catalisada por íons de ferro que surgem manchas azuladas no local onde havia sangue, possibilitando sua identificação pela perícia forense. A reação é tão sensível que mesmo lavando a área onde tinha sangue, a pequena quantidade de sangue residual contendo átomos de ferro é suficiente para desencadear a reação.
Como é feita a aplicação do luminol?
Como o luminol é uma substância em pó, a aplicação em campo é feita pela diluição do composto químico em água e água oxigenada e armazenamento em um borrifador especial.
A identificação de vestígios latentes de sangue é possível graças ao surgimento de manchas azuladas nas áreas onde havia sangue antes da limpeza, fortes o suficiente para serem vistas a olho nu em locais pouco iluminados.
Desse modo, para a aplicação em campo, é necessário que o ambiente seja um pouco escurecido, facilitando a visualização dos vestígios azulados.
Em quanto tempo o luminol detecta o sangue?
Na verdade, a reação luminosa se inicia a partir do contato do luminol com a água oxigenada (peróxido de carbono), mas, devido à lentidão dessa reação, não é possível notar a cor azulada.
Contudo, ao entrar em contato com o ferro presente no sangue — que age como catalisador —, a reação é acelerada, fazendo com que as manchas azuis surjam 5 segundos após a aplicação da substância no local.
No mais, vale salientar que o luminol consegue identificar sangue mesmo que o local tenha sido limpo com produtos de limpeza pesada ou que tenham se passado até 6 anos.
Por esse motivo, esse produto é muito eficaz e ajuda a solucionar diversos crimes, sobretudo se for aplicado da maneira correta.
Quais são as aplicações do luminol na perícia?
Quem assiste filmes ou séries policiais como CSI e Criminal Minds já pôde visualizar a aplicação mais famosa do luminol na perícia forense: identificar sangue em local de um crime que foi alterado (lavado ou limpo).
Afinal, por mais que o criminoso limpe o ambiente cuidadosamente, basta um espirro da substância que todo o sangue é iluminado.
Além disso, essa substância também pode ser aplicada em diversos itens, como roupas, acessórios, tapetes e bancos de carros.
Qual é a importância do luminol para a perícia forense nas cenas de crime?
O luminol é essencial durante as investigações policiais, uma vez que ele auxilia a perícia forense a verificar a existência de rastros sanguíneos que podem indicar o local do crime ou até mesmo a passagem da vítima ferida.
Por exemplo, pode ser que o crime tenha ocorrido em determinado ambiente, mas o assassino removeu o corpo do local, de modo a dificultar as investigações.
Outra possibilidade é que a vítima tenha sido atacada em um determinado local, mas tenha conseguido escapar, deixando um caminho de rastros sanguíneos que ajudam a polícia a traçar o decorrer dos fatos.
Ademais, o uso do luminol na perícia forense também possibilita a coleta de DNA do sangue encontrado no local ou item, o que pode levar a polícia até a vítima ou ao criminoso.
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