Simulador virtual permite maior autonomia ao investidor na hora de direcionar seus investimentos
O Tesouro Direto lançou uma ferramenta para ajudar o investidor a decidir o destino de suas aplicações. Trata-se de um simulador que permite estabelecer comparações entre os títulos públicos disponíveis e as demais aplicações como poupanças, CDB, LCI/LCA e fundo DI. Em um primeiro momento, a ferramenta foi disponibilizada no site oficial do Tesouro Direto. Mas em 2018, ela passará a ser acessada via aplicativo móvel.
Segundo o Governo, a ferramenta foi desenvolvida com os seguintes propósitos:
- Conferir autonomia aos investidores;
- Ampliar poder de decisão sobre o destino dos investimentos;
- Aumentar a transparência e acesso aos rendimentos previstos;
- Vislumbrar modalidades diferentes de investimentos e compará-las.
Mas antes de explicarmos melhor suas funcionalidades, que tal recordamos conceitos sobre o Tesouro Direto?
O que é o Tesouro Direto?
Criado em 2002, o Tesouro Direto é um programa desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em parceria com a BM&F Bovespa, que permite a venda de títulos públicos federais diretamente para pessoas físicas, via internet. A intenção foi democratizar o acesso aos títulos públicos, que antes só eram fornecidos às pessoas físicas indiretamente, como parte da composição de fundos de renda fixa que, por cobrarem taxas de administração, acabavam comprometendo sua atratividade. Com o desenvolvimento do Tesouro Direto, foi permitido iniciar aplicações sem intermediários, tendo em mãos a partir de R$30.
O Tesouro Direto foi uma forma importante de diversificação e complementação das alternativas de investimentos disponíveis no mercado, ao oferecer diferentes tipos de:
- rentabilidade pré-fixada (vinculada à variação da inflação ou da taxa básica de juros Selic);
- prazos de vencimentos;
- fluxos de remuneração.
Acessibilidade e liquidez diária fazem do Tesouro Direto um atrativo para investidores de todos os portes.
O que são os títulos públicos
Os títulos públicos são ativos de renda fixa, ou seja, onde seu rendimento é vislumbrado no momento do investimento, ao contrário das ações, que dependem das oscilações do mercado de capitais. Por isso, os títulos públicos foram considerados um investimento mais conservador e de menor risco assumido.
Quando se compra um título público, o investidor está emprestando dinheiro ao governo brasileiro, em troca de receber no futuro o dinheiro corrigido pelo“juros” referente a esse empréstimo. Eles são negociados apenas escrituralmente, ou seja, não existe um documento físico que o representa, mas sim um protocolo gerado a cada operação e título adquirido, que fica registrado no CPF.
Como utilizar o simulador do Tesouro Direto?
Agora que você entendeu as vantagens de ter acesso ao Tesouro Direto, que tal descobrir as funcionalidades dessa nova ferramenta? Por meio dela, será permitido ver sugestões de aplicações em títulos públicos, tendo como base o perfil indicado pelo próprio investidor.
Para isso, será preciso preencher um questionário respondendo importantes perguntas sobre o prazo da aplicação, propósito do investimento (aposentadoria, estudos, aquisição da casa própria), como pretende fazer o resgate, entre outros detalhes que ajudam a traçar o perfil).
Ao processar tais informações, a ferramenta elenca uma série de títulos que melhor se adequam ao seu perfil, permitindo com isso que se faça as simulações de aplicações e as compare com as demais opções do mercado. A grande facilidade é que o resultado da consulta pode ser enviado por email, para que possa analisar junto ao consultor financeiro, se for o caso.
Informações importantes sobre o Tesouro Direto
Sempre que se pensa em aplicar o dinheiro, é natural que se tenha em mente apenas os ganhos futuros obtidos. Mas não podemos nos esquecer que, na maioria dos casos, há a cobrança de impostos no ato do resgate. No Tesouro Direto, assim como nos fundos de investimentos, há cobrança de Imposto de Renda. Em ambos os casos, a alíquota é regressiva, ou seja, diminui quanto maior o período do investimento. Veja:
- até seis meses é cobrada alíquota de 22,5%
- entre seis meses e um ano, 20%
- superior a um ano e antes de completar dois, 17,5%
- acima de dois anos, 15%
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