Liderança Positiva é uma nova forma de liderar. Entenda

A definição de Liderança Positiva está baseada nos conceitos da Psicologia Positiva, a qual procura entender, através de estudos científicos, como uma visão mais apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas contribuem para tornar as pessoas mais saudáveis, mais felizes e prontas para se superarem.

A partir do fundamento filosófico, teórico da Psicologia Positiva se criou uma aplicabilidade desse pensamento que é a Liderança Positiva.

Segundo Flavio Costa, professor da disciplina sobre este tema no MBA Executivo em Desenvolvimento Humano & Psicologia Positiva do IPOG e Psicólogo Organizacional, a Liderança Positiva nada mais é do que a antiga liderança com base no princípio da Psicologia Positiva. Ele explica que essa forma de liderar pode ser aplicada não apenas em organizações do trabalho, mas também em contextos como Terceiro Setor, Escolas, enfim, qualquer ambiente onde exista a necessidade do líder. Ou seja, praticamente todos.

Flávio Costa pontua que primeiro nasceu a Psicologia Positiva, com Martin Seligman, e com base nesse pensamento se adaptou a ideia ao pensar sobre como essa forma de pensamento poderia refletir em uma atitude de liderança nas organizações. Surgiu então a Liderança Positiva.

O que a Liderança Positiva traz da Psicologia Positiva?

A essência da Psicologia Positiva

“Entender o ser humano na visão daquilo que ele tem de melhor: de potencial, de crescimento. Eu digo que é o olhar positivamente para o ser humano”, esclarece o professor do IPOG.

Flávio Costa explica que é possível liderar com ênfase na melhoria daquilo que o membro da equipe tem como competências. “O que a Psicologia Positiva fala é que melhorar meus pontos fracos, não faz de mim uma pessoa diferenciada, mas sim o aperfeiçoamento do que tenho de bom”, destaca.

Como exemplo, o professor cita Pelé. Segundo Flávio Costa, se o jogador resolvesse melhorar sua competência musical para tocar violão e fazer música, ele não seria a referência que conhecemos.

Ele é o que é porque investiu no que tinha de melhor: aptidão para o futebol”.

Nós temos coisas em que podemos melhorar e outras, em que somos muito bons. A questão é: por que não focar em ser excelente, naquilo em que somos bons, ao invés de melhorar um pouco naquilo em que não somos tão bons assim?

É a proposta de um olhar diferente

Na maioria das escolas, por exemplo, o comum é haver aulas de reforço para os alunos com dificuldades em determinadas disciplinas. Dificilmente são oferecidas aulas de aperfeiçoamento, para que aqueles que já se destacam, fiquem ainda melhores.

“E quando a liderança passa a ver seus liderados com esse olhar, ela potencializa resultados, não só para o desenvolvimento profissional, mas resultados da equipe e, consequentemente, das organizações”, pontua Flávio Costa. E isso acontece porque, literalmente, o líder estará colocando o melhor de cada um, na melhor das posições de acordo com o perfil da equipe.

Realização Plena no Trabalho

A Liderança Positiva é uma prática de liderança, no que diz respeito à Gestão de Pessoas, a uma Gestão Estratégica, mas com base no crescimento profissional e pessoal de cada um, de acordo com o que a Psicologia Positiva traz. Exemplo disso é a busca pela realização plena no trabalho, pela entrega total ao que se faz, pela gestão do clima no ambiente onde se atua. Afinal, motivar a equipe é um desafio diário dos líderes e nós já conversamos sobre o porquê disso. “Tudo isso com base nas emoções positivas, numa comunicação positiva, que me valorize, me reconheça, me desafie a crescer”. destaca.

É uma linguagem da Psicologia Positiva adaptada ao contexto das organizações na prática de Liderança”.

Qual a diferença da Liderança Positiva com a antiga forma de liderar?

De acordo com Flávio Costa, na antiga proposta de liderança, o líder avaliava o que o membro da equipe tinha como fraqueza, procurava por fragilidades. Já na Liderança Positiva, o líder foca no que a pessoa tem de potencial para crescer mais ainda. Afinal, mapear talentos é um excelente caminho para a produtividade.

O professor ainda reforça mais uma vez que não se trata de ignorar o que se tem como ponto fraco, mas potencializar os pontos fortes. Dando atenção, por exemplo, às chamadas Forças de Caráter.

“Isso já se aplica com pacientes de psicologia no ambiente clínico, com alunos buscando melhorias no rendimento escolar, e por que não fazer isso também com equipes na organizações, com uma liderança voltada para o contexto do trabalho?”, questiona Flávio Costa.

É mudar o foco. A luz sai do que foi a falha e passa a valorizar o positivo”.

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Flávio Costa: Especialista em Gerência Empresarial com ênfase em execução, Formação em storytelling (Storytelleres) (McSill Studios), Formação em Eneagrama (Instituto Treinare) e professor de técnicas de teatro e ciclo de aprendizado experiencial para professores do curso de práticas docentes do IPOG.