Sthephane Godoi, especialista em Formação de Professores pelo IPOG, atua como professora de ensino médio e graduação, e recentemente foi convidada para ministrar módulos de pós-graduação em uma instituição do interior de Goiás.
Dedicação, carinho e muito amor são palavras expressas nos gestos de Sthephane ao contar como se realizou profissionalmente ao seguir carreira na docência.
Formada em Artes Visuais, pela Universidade Federal de Goiás – UFG, a especialista conta que foi durante a graduação que encontrou suas atribuições voltadas para a Sala de Aula.
Eu me envolvi tanto com as disciplinas na parte de licenciatura que em questão de seis meses eu desisti do designer, sonho que tinha antes da graduação”, conta.
Sthephane vive atualmente os desafios de lidar com o ambiente da sala de aula na era da complexidade, em que as relações humanas passam por profundas transformações e compreende que a escola não é o único espaço educativo.
A realidade atual necessita de um olhar mais crítico e com efetiva ação sob o indivíduo afim de integrá-lo, formá-lo e capacitá-lo para a vida e para o mundo do trabalho.
Possibilidade de crescimento
A professora conta que é muito comum os profissionais da docência se prepararem para atuar dentro de um modelo tradicional de ensino, a partir do planejamento das aulas e aplicações de avaliações para mensurar o desempenho do aluno.
Entretanto, quando me deparei com a metodologia de projeto, descobri que era possível fazer mais que uma simples aula. É possível usar todo o ambiente, interior e exterior da sala de aula, para estimular a aprendizagem”, aponta Sthephane Godoi.
A especialista é uma utilizadora das novas metodologias e ferramentas educacionais que permitem o avanço no ensino e na docência. São exemplos:
- Metodologias Ativas
- Gamificação
- Storytelling positivo
- Sala de aula invertida
- E outros…
A especialista em Formação de Professores assegura que sua paixão está no desenvolvimento aplicado ao aprendizado dos alunos.
Aquele modelo de aula tradicional é algo que eu não consigo desenvolver mais. Tanto que os meus primeiros anos dentro da sala de aula como professora foram muitos sofridos. Apenas me senti bem quando eu comecei a trabalhar com recursos mais palpáveis para o desenvolvimento do aluno”.
Após a especialização no IPOG, Sthephane começou a ampliar a sua linha de conhecimento e perceber que existem muitos recursos tecnológicos que estão presentes no nosso dia a dia que podem ser utilizados no processo de aprendizagem.
Hoje, a especialização consegue trabalhar isso muito melhor do que um mestrado ou doutorado. Essas são linhas de pesquisa muito específicas e bem direcionadas, diferente da especialização, que oferece uma abertura maior de conhecimento, alinhado com as reais demandas de mercado”.
Sthephane conta que foram as suas necessidades que impulsionaram o sucesso na sua carreira. “Quando comecei a pós-graduação no IPOG, em 2016, escolhi essa opção por conta de título profissional, mas hoje eu descobri que não é a quantidade de titulação que define sucesso e melhores oportunidades de trabalho. A especialização é um diferencial em relação a conhecimento”, assegura.
A especialização do IPOG oferece essa possibilidade de pensar no mercado de trabalho. Assim, podemos sair do campo teórico e partimos para a prática.
Uma empresa contrata um funcionário olhando para as pessoas mais abertas ao pensamento crítico. Nesse sentido, em uma análise de mercado, o profissional que possui apenas a graduação, tem menor chance de adquirir uma oportunidade de trabalho diante de pessoas que possuem especializações”.
Desafio da tecnologia na sala de aula
A professora ministra aulas para alunos com idades variadas – entre 15 e até maiores de 40 anos – do ensino médio a especialização. Sthephane aponta que essa distinção etária retrata uma realidade que ainda está em construção no que tange o uso das tecnologias.
Hoje um dos maiores problemas dentro da sala de aula, principalmente no ensino médio, se refere ao uso do celular”.
Por incrível que pareça, é o uso deste aparelho o precursor da mudança. (Leia também Metodologia Ativa: uma realidade para Nativos Digitais). A maioria dos alunos possui um celular, e com internet, independentemente de ser a instituição ou o próprio aluno que forneça esse acesso. Então, por que não utilizar esse recurso ao favor da aprendizagem?
E é por isso que Sthephane investe no novo e, inclusive, trabalha com a produção de vídeos para os seus alunos. Ela explica que os estudantes acessam os conteúdos previamente e chegam na sala de aula muito mais preparados para debater os assuntos das disciplinas.
“O uso da tecnologia é maravilho! Quando todas as salas de aula possuem retroprojetor digital, com acesso à web, posso utilizar vídeos no youtube. Assim, a aula é transformada aos poucos. Se estou em uma aula de 50 minutos, em vez de gastar todo esse tempo com um documentário, eu gasto apenas dois ou três minutos. Assim quebro o clima de aula tradicional e permito que haja um ambiente em que a aula flua com maior dinamismo”.
Sthephane também utiliza as redes sociais com seus alunos. “Ao invés de deles entregarem produções manuais, solicito que sejam digitais”. Os alunos realizam as postagens no Instagram, em contas específicas criadas para a turma. Já a parte artística de legenda e autoria da obra são colocadas na descrição da imagem.
Com essas metodologias voltadas para as práticas do dia a dia, os alunos se sentem mais familiarizados com os conteúdos e, consequentemente, ampliam o desempenho.”
Gostou de conhecer um pouco da história profissional da Sthephane Godoi? Então confira também qual a relação entre teatro e sala de aula e conheça o curso de Formação de Professores na Era da Complexidade do IPOG.