Porque você deve começar a usar o Storytelling na Sala de Aula
4 minutos de leitura

Porque você deve começar a usar o Storytelling na Sala de Aula

Storytelling na Sala de Aula

Você sabia que o Storytelling na sala de aula pode ser uma importante ferramenta para auxiliar no processo de aprendizagem?

A arte de contar histórias pode ser uma importante ferramenta para quem precisa conquistar algum público e alcançar resultados (vendas, apresentações e até na sala de aula).

Storytelling na Sala de Aula

Mas como será que o Storytelling na sala de aula pode impactar a performance dos professores?

Tudo começa com o contar histórias, segundo Daniel Vieira. Um costume que todos temos e algo que os humanos já fazem ao longo das gerações.

O professor lembra que a própria cultura não veio primeiramente a partir da escrita, mas a partir das histórias que eram transmitidas de maneira oral. Antes mesmo da escrita existir, era através das histórias contadas que as tradições eram ensinadas para as diferentes gerações e por causa disso, tantas culturas sobreviviam e sobrevivem até hoje.

Trazendo para o contexto da sala de aula, Daniel Vieira explica o quanto é importante que o professor tenha como objetivo oferecer ao aluno uma experiência significativa no processo de aprendizagem. Ele, que já deu mais de 100 aulas em cursos de pós-graduação em diferentes cidades brasileiras, confessou que nem sempre se lembra dos alunos. No entanto, o mais comum é que os alunos sempre se lembrem do professor.

Se nós não tivermos uma experiência significativa em sala de aula, o meu aluno sai da aula como quem sai de um período todo de aula e sequer se lembra do nome do professor”, destaca Daniel Vieira.

A importância de atrair atenção

Para falar sobre a importância de reter a atenção do público, Daniel Vieira cita Thomas Davenport. O professor explica que seguindo a ideia do teórico, percebe-se que o que a gente consome no fim das contas é a atenção.

É muito importante estar aqui hoje. Só que mais importante do que estar presente aqui, é estar atento ao que está acontecendo”.

Nesse sentido, fazer uso de técnicas que atraiam e retenham a atenção das pessoas se torna algo essencial no dias de hoje. E se o Storytelling já tem sido uma ferramenta eficaz, imagine se aplicarmos conceitos da Psicologia Positiva, gerando envolvimento emocional e sensação de pertencimento?

Mas calma, que falaremos sobre isso mais adiante.

O que tira a nossa atenção?

Tecnologia:

Estamos cercados o tempo todo por smartphones, tablets. Conectados 24 horas por dias. Tudo o que falamos pode ser transmitido rapidamente. O problema é que, tão envolvidos, muitas vezes não percebemos o quão distraídos também ficamos.

Opções de entretenimento:

Sem dúvida, existem muitas opções que nos atraem mais que uma sala de aula. São diversas alternativas que também nos distraem do que é importante. Por isso, tornar a sala de aula um ambiente mais atrativo também, se tornou um desafio.

Volume de Informação:

Todos nós estamos expostos diariamente a um alto volume de informação. Recebemos “conteúdos” por todos os lados que, na maioria das vezes, nos dão uma falsa sensação de conhecimento. E nesse emaranhado de informações que chegam é preciso ter cuidado para não sair do foco. Pois o que mais se vê hoje são pessoas que pensam saber de tudo, porém vivem na superficialidade.

Desafio do professor

Segundo Daniel Vieira, lidar com a expectativa do aluno talvez seja a parte mais desafiadora da rotina de um professor. Ele explica que o aluno entra na sala de aula esperando receber muito. O aluno espera que além do conteúdo que será ministrado, o fim de semana da pós-graduação (no caso do formato de aulas do IPOG, por exemplo) seja fantástico. Ele quer sair da sala de aula com uma experiência muito boa e não apenas com um conteúdo muito bom. E o storytelling na sala de aula pode ajudar nessa missão.

“Isso acontece com todo mundo e em qualquer parte do planeta. Porque a gente espera muito. A internet, o excesso de informação tem feito isso com a gente”, alerta.

Em contrapartida, Daniel Vieira explica que como consequência vem a baixa afetividade em sala de aula. “Falta bom humor, gentileza. Basta olhar para como as pessoas se comportam no cotidiano nas cidades. Em um prédio, por exemplo, muita gente sequer espera pelo vizinho para subirem juntos no elevador. Não se esforça nem para cumprimentar”, chama a atenção.

Daniel ainda acrescenta que na sala de aula esse também é um relfexo. As pessoas não se cumprimentam. O professor conta que muitos alunos estudam por vários módulos de uma pós-graduação ao longo de dois anos, mas ao final desse período, encerram o curso sem nunca terem trocada uma palavra.

Essa alta expectativa também provoca uma redução nos processos de atenção. Tudo precisa ser interessante demais para mantê-lo atento.

O aluno assiste a aula e ao mesmo tempo está conectado à internet. “O que te chama mais atenção? Aquilo que te agrada mais”, esclarece o professor. Segundo ele, não se trata necessariamente de ser o que é mais útil, mas sim o que chama mais atenção.

Daniel Vieira explica que o desafio do professor é: como reter a atenção dos alunos por horas em sala de aula em tempos de tantas distrações? E essa equação pode ser resolvida a partir do uso do Storytelling na sala de aula.

Isso porque são alunos com baixa receptividade, uma vez que a maioria deles já está cansada e em muitos casos, seque acha mais o conteúdo interessante, o tema parece enfadonho.

Vantagens do Storytelling na sala de aula

  • Gera identificação
  • Gera conexão emocional
  • Retêm a atenção dos alunos
  • Promove sensação de pertencimento

É por isso e muito mais que a cada dia aumenta o número de professores interessados em aprender a utilizar o Storytelling na sala de aula. Recentemente, o próprio professor Daniel Vieira esteve em Portugal apresentado um novo conceito criado por ele a partir de seus estudos a respeito do Storytelling na sala de aula e a Psicologia Positiva. É o Storytelling Positivo. Mas essa já é uma conversa para outro texto!!

Sobre Daniel Vieira

Mestre em Desenvolvimento e Planejamento Territorial com foco em economia da experiência e coordenador do curso de MBA EaD Gestão Empresarial, Inovação & Estratégia Competitiva do IPOG.