Você deve saber como a tecnologia alterou o modo como os profissionais de Geociências lidam com a profissão, não é?
Os novos equipamentos prometem otimizar o tempo de execução das atividades e ainda aumentar a precisão de medidas. Uma das práticas que melhorou consideravelmente foi a fotogrametria.
Apesar de não ser uma atividade exatamente nova para a área, a evolução dos drones a tornou mais acessível e popular.
A prática permite que grandes dimensões possam ser medidas através da escala de imagens fotográficas. Podem ser terrenos, cadastro municipal, loteamentos, áreas rochosas etc.
Desenvolvemos este artigo para entender melhor como a fotogrametria funciona e quais são os seus benefícios. Aqui, você vai entender o que é, sua utilidade e como auxilia na área de geociências.
Boa leitura!
O que é fotogrametria?
A etimologia desta palavra significa “medição através da luz”.
Nessa técnica, basicamente, são feitas fotografias de terrenos ou objetos com o intuito de identificar a sua métrica através da escala vista na fotografia. É uma forma rápida e precisa de adquirir essa informação.
A atividade pode ser exercida de diversas formas, já que o processo e o equipamento utilizado podem variar. Alguns exemplos são a fotogrametria digital, analógica, aérea, terrestre etc.
A primeira é feita a partir de câmeras fotográficas digitais, na qual a foto pode ser acessada posteriormente de forma instantânea em um software. Já a analógica, é feita com máquinas desse estilo e é necessária a revelação da foto para ver o seu conteúdo.
O processo analógico é o menos utilizado atualmente, já que existem equipamentos mais tecnológicos no mercado. Um exemplo é a fotogrametria aérea, que tem sido largamente utilizada, pois as fotografias são feitas a partir de satélites em órbita (sensoriamento remoto), aviões ou VANTS (veículo aéreo não tripulado), comumente conhecido como drone.
Uma curiosidade é que, apesar de parecer uma novidade tecnológica, a fotogrametria tem mais de um século de uso. Antigamente, até mesmos os pombos auxiliavam nessa questão: pequenas câmeras eram amarradas nesses animais para que os estudiosos tivessem acesso a imagens aéreas de forma barata.
(Reprodução: Blog O Espaço da Geografia)
Como funciona a fotogrametria?
A fotogrametria funciona retratando as dimensões e posições do objeto ou terreno no espaço em que está localizado. Essas medidas são obtidas por meio da intersecção de fotografias tiradas através da representação tridimensional.
Quando falamos exclusivamente sobre geociências, a fotogrametria é principalmente aplicada para o sensoriamento remoto.
Se você leu até aqui, já deve ter uma noção de como o processo acontece, mas daremos mais alguns detalhes de como funciona a fotogrametria.
Primeira etapa: tirar as fotos
Na primeira etapa são feitas as fotos. Elas podem ser realizadas por drones, satélites e aeronaves caso o intuito seja imagens aéreas. Se o objetivo é a captação de objetos próximos ou pequenos, pode ser feito de forma manual com uma câmera digital.
Aqui, é importante salientar que as fotos não são tiradas de forma aleatória. Para que seja possível realizar a leitura das informações por um software é necessário que elas sejam tiradas de acordo com normas e técnicas pré-estabelecidas, além de serem sobrepostas para que o conceito de estereometria seja aplicado.
Segunda etapa: transferir as fotos para um equipamento de leitura
Em um segundo passo, as fotos devem ser transferidas da câmera para um software de leitura.
A partir daí, as centenas de fotos tiradas serão sobrepostas a fim de obter detalhes como profundidade e conseguir entender exatamente a topografia da região. É mais ou menos como uma imagem 3D funciona.
A representação de superfícies através de fotos depois de tratamento digital é chamada de Ortofoto. O projeto ortogonal é importante para garantir a reprodução sem efeito de perspectiva, que traria prejuízos para extrair informações reais.
Dessa forma, será possível colocá-las em ordem e organizá-las de modo que a planície ou o objeto de estudo sejam fidelizados.
Esse passo é extremamente importante. Caso as fotos não sejam disponibilizadas de forma fiel à topografia original, isso induzirá o profissional ao erro.
Terceira etapa: análise das informações
Para fazer a leitura analítica das informações e reprodução do que foi retratado é necessário o auxílio de softwares. A escolha do programa irá depender do recurso utilizado, já que é possível fazer a coleta de fotografias de diversas formas, como vimos anteriormente.
Existem dois principais softwares que são popularmente utilizados no mercado de trabalho para a leitura dessas imagens, são eles: Pixel 4D e o Metashape. Apesar de aparecerem somente aqui, também são utilizados na segunda etapa, no processamento das imagens.
É importante que o profissional tenha proximidade e entendimento do programa a ser utilizado. Por esse motivo, estar por dentro das novidades e necessidades do mercado é crucial para quem deseja trabalhar com fotogrametria.
E, se esse for o seu caso, iremos mostrar como a fotogrametria tem auxiliado e contribuído para a área de geociências.
Como a fotogrametria auxilia na área de geociências?
Como falamos ao longo do artigo, o maior benefício que a fotogrametria pode trazer para a área da geociências é a agilidade e precisão de resultados.
Nesse sentido, a fotogrametria teve grande contribuição no mapeamento da superfície brasileira. É graças a técnica que podemos saber como era o relevo na época de 1960, 1970, 1980 e 1990 e fazer uma comparação com os dias de hoje.
Imagine que se a técnica não existisse, para conseguir essas informações, seria necessário um grande investimento de tempo e esforço mecânico.
Monitoramento florestal
A fotogrametria é amplamente utilizada para o monitoramento florestal que, com a técnica, consegue alcançar resultados rápidos e precisos.
A fotografia aérea aplicada ao monitoramento florestal pode auxiliar na medição de árvores, variabilidades de florestas, andamento de colheitas etc.
Restituição digital
A restituição digital reconstrói imagens antigas com informações atuais. Isso é feito a partir de fotografias registradas do atual estado do objeto ou local e pesquisas e análises colhidas anteriormente.
Construção de modelos
Este caso tem o processo semelhante ao da restituição. Ele é útil para construir novos modelos de equipamentos funcionais para a rotina do profissional de agronegócio. Essa construção pode ser feita a partir de fotos de modelos pequenos que darão vida a grandes projetos.
Nesse ponto, ter essa técnica a seu favor evita o desperdício de material e tempo.
Elaboração de imagens em 3D
Através da fotogrametria é possível construir nuvens de ponto em 3D e ter acesso a As Built, que consiste no levantamento de dados de todas as dimensões e características da planta.
Pesquisas
Quando falamos em fotogrametria, é comum que o primeiro pensamento esteja ligado aos projetos práticos. No entanto, a prática também pode ser utilizada para o auxílio de pesquisas, já que torna mais fácil o trabalho com simulações.
Viu quantas possibilidades? Apesar dos benefícios que o método proporciona hoje, nem sempre foi assim. A popularização dos drones trouxe novas perspectivas e possibilidades para o campo.
A evolução da fotogrametria após a inserção dos drones
A fotogrametria está em evolução desde a criação dos equipamentos fotográficos. Cada vez que surgia uma máquina mais nova, surgia também uma possibilidade de fazer registros mais limpos, com mais informações e fotos impressionantes.
Devido a isso, com o passar dos anos, outros equipamentos acabaram se inserindo na lógica da fotogrametria, como os VANT’s.
Um exemplo amplamente conhecido de VANT é o drone, que tornou popular a fotografia aérea já que, ainda que existisse antes, não era acessível por ser realizada por satélites e helicópteros.
Além disso, a acessibilidade não foi apenas financeira. O drone é mais fácil de trabalhar do que outros equipamentos, mas isso não quer dizer que qualquer pessoa possa fazer. Como falamos anteriormente, para alcançar o resultado esperado, as fotos devem seguir parâmetros bem específicos.
A inserção dos drones facilitou, em especial, atividades no setor da construção civil, meio ambiente, mineração, infraestrutura e agrícola.
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A área de geociências tem evoluído, no entanto, a oferta de cursos de especialização e profissionalizantes ainda é pequena. Esse aspecto impede a evolução do mercado e produz a carência de profissionais aptos a ocupar certos cargos.
Notando isso, o IPOG estruturou o MBA Geociências e Geotecnologias, que tem como intuito promover visão ampla, qualificação e atuação na área.
No curso, o profissional terá acesso aos procedimentos inovadores, além de aprender a aplicação de pesquisas, planejamentos e implementação de medidas para a solução de problemas. Além disso, o ensino de novas técnicas é prioridade.
Algumas das disciplinas promovidas pelo curso são:
- Utilização de novos equipamentos para topografia;
- Noções de Geodésia – geométrica, física e espacial;
- Sensoriamento Remoto – análise e classificação de imagens de satélite;
- Geoprocessamento para Análise Ambiental;
- Bancos de Dados Espaciais;
- Utilização de Tecnologias BIM e outros;
- VANT´s – Veículo Aéreo Não Tripulado;
- Utilização Prática na Fotogrametria;
- Georreferenciamento de Imóveis Rurais – INCRA – Lei 10.267/01
O curso do IPOG diferencia dos demais à medida que oferece inovação em conteúdos, tendências atuais e novas tecnologias. Além disso, oferta o aprendizado multidisciplinar e técnico extremamente novo no Brasil.
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Até a próxima!