Ser um bom líder vai muito além de manter responsabilidades e dar ordens. Montar uma equipe e direcioná-la é um grande desafio para quem deseja ter sucesso em seus resultados. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup, apenas 30% dos funcionários americanos estão, de fato, engajados em seus trabalhos. Ao redor do mundo, o índice é ainda menor: só 13% dos profissionais contratados por alguma empresa estão engajados.
Mas se estes números parecem desesperadores, outro dado do mesmo instituto também chama a atenção: os líderes são responsáveis por 70% da variação dos níveis de engajamento dos funcionários. Logo, fica claro, como numa simples regra de três, que se os líderes possuem tamanha influência sobre o engajamento dos funcionários, mas os mesmos continuam agindo de forma contraproducente, a busca por uma liderança mais eficaz e que traga resultados nunca foi tão necessária.
Mas afinal, o que é liderança?
Há muitas teorias sobre liderança, mas o que predomina no mundo contemporâneo é a ideia de que liderar é sinônimo de influência. Isso significa que, para ser um líder, a pessoa não precisa necessariamente estar em uma posição formal, ter um cargo específico, mas apresentar qualidades que o façam ser reconhecido como líder.
Um belo exemplo de alguém que não tinha uma posição formal, mas agia como um líder exemplar foi Mahatma Gandhi. Além de ser um líder espiritualista indiano, ele se tornou um líder político, mesmo sem ocupar nenhum cargo oficial. A influência dele sobre a população da Índia era tamanha, que resultava muito mais no país do que a atitude de qualquer outro político por lá, fosse ele deputado, presidente ou ocupasse qualquer outro cargo de destaque.
Para o professor especialista em Liderança e diretor de Metodologia do IPOG, além de sócio fundador da empresa Caminhos – Vida Integral, Luciano Meira, para que alguém atinja tamanho grau de influência, essa capacidade precisa estar estruturada sobre o próprio desenvolvimento do líder.
Esta pessoa precisa ser alguém que amadureceu, resolveu questões internas, evoluiu. Tem alto grau de autocontrole e autoconhecimento. Ele precisa destes resultados para conseguir influenciar as pessoas”, explica.
Daí a importância da constante busca pela atualização profissional e por ser uma pessoa melhor. Já que na visão do especialista, o líder contemporâneo não apenas se atém à influência, mas busca ser um líder integral. “Nós temos construído programas de liderança no IPOG que atendam a essa necessidade”, pontua.
A instituição que já conta com cursos de sucesso na área como o MBA Executivo em Liderança e Gestão Empresarial e o MBA Executivo em Liderança e Gestão Organizacional (FranklinCovey), sempre se atualiza oferecendo mais especializações na área, inclusive cursos de curta duração. Para Luciano Meira, “o líder integral tem uma capacidade muito ampla e precisa assumir muito bem três funções”:
1) Dar direção:
Ser capaz de indicar rumos, de uma tomada de decisão rápida durante uma crise (momentos político-econômicos difíceis, situações sob pressão), de criar propósitos para a equipe e para a empresa;
2) Capacidade de executar os planos:
Muitos líderes são exímios planejadores, mas na hora de executar têm dificuldade. Precisa garantir em todas as fases do processo, que o planejamento seja executado;
3) Capacidade de criar ambientes de trabalho interessantes:
Traduzindo, proporcionar um ambiente em que os funcionários sejam engajados. As pessoas precisam se sentir bem onde estão trabalhando. As empresas e os líderes precisam se atentar para isso.
De acordo com Meira, o grande desafio da liderança é construir um relacionamento que ele chama de “sujeito-sujeito” e não “sujeito-objeto”. O que isso significa? Como todos são movidos em busca de resultados, a tendência de um líder é enxergar as pessoas como instrumentos para alcançar as metas colocadas. Quando na verdade, o desejo deve ser atingir resultados através de um trabalho conjunto com essas pessoas.
Ele acredita, que no futuro, as empresas terão que ser escolas do florescimento do desenvolvimento humano.
Para isso acontecer, as empresas vão ter que se realinhar, inverter uma lógica que hoje ainda é muito forte, de que nós precisamos de resultados e as pessoas estão aqui para atingirmos isso, sendo que a lógica do futuro é: “queremos pessoas mais desenvolvidas e felizes porque os resultados virão como consequência deste processo”.