A ascensão das redes sociais possibilitou uma nova forma de se trabalhar a relação das empresas com seus clientes, com o advento do Marketing de Influência. Vivemos um mundo onde as relações Costumer to Costumer (C2C) estão cada vez mais fortalecidas devido à influência de personalidades virtuais que foram alçadas ao patamar de Digital Influencers. Evoluímos para um mundo de pós-confiança, onde os consumidores se amparam em outros consumidores para definirem suas decisões de compra.
Neste ambiente onde o exemplo e a experiência alheia valem mais do que a publicidade convencional, as empresas têm entendido o qual eficaz tem sido associarem suas marcas a essas celebridades virtuais. Nichos diversos de mercados podem ser explorados pelas redes sociais dessas personalidades digitais como, por exemplo:
– Destinos turísticos;
– Experiências gastronômicas;
– Tendências fitness;
– Moda e tendências;
– Artigos para casa e decoração;
– Entre outros
A gama de áreas a se beneficiarem das redes sociais dos influenciadores é infinita. De olho nesta forte tendência, e em sua eficácia perante os consumidores, a empresa norte-americana Linqia se especializou em inserir produtos e oportunidades entre influenciadores que impactam o público almejado pelos empresários.
Recentemente, a Linqia coordenou uma pesquisa que mensurou a assertividade das ações de marketing de influência empreendidas e se deparou com dados altamente positivos sobre a sua eficácia.
Benefícios imediatos possibilitados pelo Marketing de Influência:
– Baixo custo das ações;
– Associação da marca à popularidade do influenciador digital;
– Relevância perante o público almejado;
– Facilidade para se compartilhar na rede de contatos as experiências escolhidas como interessantes;
– Apresentação do produto ligado à experiência real do influenciador.
Poder mensurado pela pesquisa sobre o Marketing de Influência: um raio X da pesquisa
1. Custo benefício
Segundo a pesquisa da Linqia intitulada “The State of Influencer Maketing 2018”, 39% dos profissionais de marketing ouvidos planejam aumentar em cerca de 30% o orçamento destinado para ações de marketing de relacionamento durante 2018. Isso corresponde a gastos na ordem de até US$30 mil para estas estratégias. 25% deles informaram que vão destinar até US$100 mil para esses canais de influenciadores. Apenas 5% disseram que vão diminuir o orçamento destinado a esse nicho de publicidade.
2. Utilização da estratégia
Cerca de 86% dos gestores entrevistados adotaram essa estratégia em 2017, sendo que 92% deles disseram terem alcançado seus objetivos.
3. Redes sociais mais eficientes
Quase a totalidade dos gestores entrevistados, cerca de 92%, consideraram o Instagram a rede mais eficiente para associarem suas marcas. Em seguida, aparece o Facebook com 77% da preferência. Em terceiro lugar ficaram os blogs, correspondendo a 71% da preferência, o que configurou um grande salto quando comparado aos meros 48% de preferência mensurados em 2016.
4. Estratégias previstas
O Marketing de Influência já é uma realidade consolidada nos departamentos de comunicação das principais empresas. Portanto, já desponta no planejamento anual de mídia traçado pelos gestores. Cerca de 52% dos executivos entrevistados já contam com programas que incluem vários tipos de influenciadores como parte das estratégias.
Outros 44% já se planejam para recorrer a tais influenciadores para melhorar o desempenho de seus canais próprios de vendas; e 36% vão aproveitar o Marketing de Influência para integrá-lo a seu conteúdo de e-commerce.
5. Desafios do Marketing de Influência
Chegamos ao ponto de se testar o alcance do conteúdo criado pela própria empresa versus aquele produzido pelos influenciadores, para mensurar quais das plataformas representam maior assertividade diante do público. As ferramentas e as métricas disponibilizadas são um forte auxílio nesse processo.
Essa mensuração também será importante na hora de se delimitar como a verba do Marketing de Influência será distribuída, entre quais influenciadores. Muito se questiona sobre a verdadeira influência das celebridades virtuais. Grande parte apresenta números relevantes de seguidores, mas não trabalham adequadamente o conteúdo proposto pelas empresas.
Por outro lado, existem aqueles que não agregam tantos seguidores, mas possuem uma audiência qualificada, com altos índices de interação e assertividade nas indicações propostas.
O grande desafio para os gestores de marketing que se enveredam por essa área será definir qual a melhor estratégia a ser aplicada nas suas campanhas: se a de massificação com menor potencial de engajamento; ou a de segmentação delimitada e de maior poder de convencimento.
Por sorte, a tecnologia e as métricas estão ai para contribuírem com essa árdua tarefa. O avanço das ferramentas de monitoramento e as ações nas plataformas próprias são o passo inicial para o amadurecimento dessa estratégia, que deixará de ser feita na base da confiança para ser cada vez mais analítica.