O desenvolvimento de atividades baseadas em projetos é uma prática cada vez mais comum em todos os setores do mercado de trabalho e até mesmo no nosso cotidiano. O volume de empreendimentos sob a forma de projetos tem crescido rapidamente e envolve as mais diversas áreas do conhecimento.
Na área educacional, este crescimento pode ser verificado em todos os setores dos sistemas educacionais público e privados. O que representa um caminho seguro para a introdução de mudanças e inovações no setor. O ponto positivo do projeto é que os processos decorrentes desta metodologia fornecem estrutura, foco, flexibilidade e controle, dentro de prazos e recursos pré-definidos em busca de um resultado.
Olhando a nossa volta, podemos identificar projetos voltados para as mais variadas finalidades, como, por exemplo, projetos de reforma do sistema educacional em seus diferentes níveis, abrangendo organizações curriculares, conteúdos e métodos; projetos de inclusão de novas tecnologias da informação e comunicação nas escolas e nos processos pedagógicos; projetos dirigidos para a formação e capacitação de professores de nível básico e superior, entre outros.
O que podemos perceber é que este recurso é um caminho seguro para a introdução de mudanças e inovações nas organizações humanas. Muitos resultados decorrentes de projetos educacionais dificilmente seriam alcançados apenas com a manutenção e ajustes das atividades de rotina.
O que é um Projeto?
É um empreendimento finito, com objetivos claramente definidos em função de um problema, oportunidade ou interesse de uma pessoa ou organização. É uma sequência de tarefas com um início e um fim que são limitadas pelo tempo, pelos recursos e resultados desejados.
Antes de iniciar o projeto e colocar a ‘mão na massa’, é preciso pensar nos seguintes quesitos:
- Foco – Realização de objetivos específicos
- Unicidade – Tempo de duração bem definido
- Finitude – Realização de algo único
- Riscos – Dimensões de complexidade e incertezas
- Motivação – Decorrente de problemas, necessidades
- Limitações – Recursos disponíveis
Quais são as fases de um projeto que devem ser seguidas?
Os processos de gestão, em geral, consideram a existência de 5 fases, abrangendo todo o percurso, desde a concepção até o encerramento ou conclusão de um determinado empreendimento ou trabalho.
1. Inicialização – Desenvolvimento de visão geral do Projeto
Reconhecer que vale a pena efetuar um Projeto, identificando e definindo o problema ou situação geradora. Nessa fase tem de se determinar o que o projeto vai realizar, sendo assim precisa-se definir a sua abrangência.
2. Planejamento – Definição de objetivos, resultados esperados, recursos, estimativa de custos, prazos
Essa é fase de refinar e detalhar o escopo do Projeto, listar as atividades e tarefas necessárias aos resultados desejados, sequenciar as atividades da maneira mais eficiente possível, definir um cronograma e atribuir recursos a cada atividade programada.
3. Execução – Organização, coordenação e direção de equipes
Organizar e coordenar equipes, atribuir tarefas, resolver conflitos e problemas, manter comunicação efetiva com os envolvidos no projeto e garantir o provimento de recursos para realizar o planejamento.
4. Controle – Acompanhamento da execução do projeto
Monitorar a execução e identificar desvios em relação ao plano, adotar ações corretivas para manter o curso planejado e adequar recursos disponíveis e/ou abrangência do projeto.
5. Encerramento – Avaliação dos resultados do projeto
Na última fase tem que se verificar, analisar e avaliar os resultados alcançados, elaborar relatórios finais, disseminar os resultados, consolidar o aprendizado como projeto e formular novas propostas.
Na prática, esses processos não se realizam de forma linear ou sequencial, ou seja, a fase de controle não ocorre somente após a conclusão da fase de execução, são processos que acontecem simultaneamente. Da mesma forma, a fase de planejamento não é interrompida assim que se inicia a fase de execução.
Essas interações se devem ao processo gerencial de controle, com suas ações corretivas em função de desvios da execução em relação ao que foi planejado. Eventualmente, as ações de controle são correções no próprio planejamento do projeto, revendo atividades cuja especificação, dimensionamento ou prazos demandam reajustes.