Muito tem se falado sobre produtividade no trabalho vinculada ao estímulo de desenvolvimento de competências, no entanto, quais são os fatores que mobilizam esse sentimento de querer fazer mais e melhor? Como as empresas têm investido em contratação e no aperfeiçoamento de seus colaboradores para incentivar um ambiente de trabalho mais produtivo, satisfatório e desenvolvido?
Em busca de um melhor entendimento sobre o assunto, a Google, segunda empresa mais valiosa do mundo, iniciou uma pesquisa em 2014 para decifrar qual é a fórmula de sucesso de funcionários eficientes e o que explica a química de equipes que dão bons resultados.
O envolvimento de times de alta performance, de acordo com os pesquisadores, está relacionado a como as pessoas se sentem na dinâmica do trabalho, principalmente quando se trata de frequência e a clareza de feedback entre líderes e liderados. Entende-se que os colaboradores precisam se sentir confortáveis para contribuir com suas percepções em relação ao trabalho, sem ameaças e críticas.
Outra forma de perceber como tem funcionado essa relação nas novas formas de contratações e produtividade dos colaboradores está vinculada a transformação digital e avanço da Inteligência Artificial (I.A), que impactam todas as áreas e pessoas. Isso porque, de acordo com pesquisa do Fórum Econômico Mundial, estima-se que ocorra a diminuição de cinco milhões de empregos até 2020.
E mais, até 2030, com a inserção de robôs (físicos e digitais), mais de 400 milhões de empregos podem ser extintos, evidenciando a necessidade de analisar de forma mais apurada quais são as características e habilidades mais requisitadas no mercado de trabalho.
Luciano Meira, especialista em Liderança e Gestão Organizacional e coordenador do curso de Liderança Integral e Gestão Organizacional do IPOG, alerta sobre a importância de oferecer mais do que conhecimento técnico, e investir também em habilidade como a inteligência emocional.
“O momento é ideal para falar de trabalho colaborativo. Uma boa dica para as empresas e também para profissionais que querem se preparar para essa realidade é apostar nas soft skills, que são habilidades sociais, emocionais e comportamentais que complementam conhecimentos muito específicos”, explica.
Estamos nos referindo a capacidades que provocam engajamento, motivam colaboradores, os fazem comunicar bem, incentivam adaptação mais facilmente e colaboram para um modo de pensar mais voltado à resolução de problemas. Além disso, essas habilidades contribuem para que equipes aprendam a lidar com a transformação digital, cada vez mais presente nas empresas, bem como a administrar melhor a carreira profissional e viver mais feliz e melhor.
Carências
Segundo Levantamento da edição de 2017 do Capgemini Digital Transformations Institute Survey, cerca de 60% das empresas passam por certas carências de soft skills como, por exemplo, a paixão por aprender, colaboração, habilidade organizacional, mentalidade empreendedora, capacidade de gerar mudanças, dentre outras. São capacidades não técnicas, mas que provocam um efeito benéfico na eficiência de um colaborador ou de uma equipe.
É possível aprender essas habilidades?
Para Luciano Meira, pode e não pode ser possível. Isso vai depender de um amadurecimento da pessoa, se ela consegue identificar a importância dessas habilidades para a sua existência ou se ela ainda tem outras prioridades anteriores a serem resolvidas.
Isso é perfeitamente compreensível, pois como não se trata de competências técnicas, não são todos os colaboradores que irão desenvolver amplamente a soft skills.
Ao considerar esse fato, pode ser que muitas empresas e gestores não enxerguem vantagens na contratação de treinamentos e coaching que tragam abordagens sobre as habilidades emocionais, sociais e comportamentais. Contudo, Luciano acredita ser válida a aderência a esses cursos, desde que sejam de um bom “pedigree”.
“Mas cuidado com as expectativas. Não espere que as habilidades tenham a mesma aderência para todos. Para os que estão prontos, as iniciativas surtirão efeito rápido. Para muitos, o efeito poderá levar mais tempo”, afirma o professor.
Ele também chama a atenção para que os gestores expliquem aos seus colaboradores o que é o desenvolvimento humano, como ele acontece, quais são os nossos principais potenciais e o que é a maturidade.
Desenvolvendo habilidades
Considerando a importância de desenvolver essas habilidades em profissionais das mais diversas áreas e fazendo jus ao seu compromisso de capacitar pessoas integralmente, o IPOG insere em todos os seus cursos o módulo transversal de Desenvolvimento Integral do Potencial Humano.
Trata-se de uma metodologia inspirada em Havard, uma das universidades mais prestigiadas do mundo, que apresenta ferramentas baseadas em teses científicas e contribuem com o autodesenvolvimento de cada ser humano ao estimular o florescimento de potencialidades e habilidades.
Denominado Plenitude, esse módulo tem por objetivo simples levar os alunos a descobrirem os seus propósitos, além de oferecer a eles ferramentas que os façam desenvolver suas competências e aplicá-las tanto no mercado de trabalho, quanto na vida pessoal. E se quiser saber mais sobre como funciona essa metodologia, assista ao webinar Plenitude: a jornada para o desenvolvimento integral do potencial humano.
Seguindo essa mesma visão educacional, a Instituição busca focar na experiência de aprendizagem do aluno e, para isso, todos os professores são capacitados a partir de um conjunto de procedimentos e referências pedagógicas que compõem o Método IPOG, o qual tem como ponto de partida as recomendações da UNESCO para a educação do Século XXI.