De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), entre 1990 e 2010, o número de pessoas que tiveram acesso à energia elétrica aumentou em 1,7 bilhão. Esse fato se deu, principalmente, pelo aumento da população mundial.
Ao refletir sobre as principais fontes de energia que não são renováveis, mas oriundas de processos ameaçadores ao meio ambiente, pensar em energia limpa para o desenvolvimento seguro do planeta deixa de ser uma alternativa e passa a ser uma obrigação.
Por esse motivo, em 2015, a ONU definiu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que têm como intuito avançar em áreas essenciais para uma sociedade justa e igualitária. Desses objetivos, o 7º foi destinado a “energia limpa e acessível” à população mundial.
Para entender melhor como a energia elétrica e a sustentabilidade funcionam juntas, desenvolvemos este artigo! Aqui, você irá encontrar:
- últimas novidades na área da energia elétrica sustentável;
- Green Building;
- acessibilidade da energia elétrica alternativa;
- viabilidade do planejamento enérgico em cidades;
- o papel do engenheiro eletricista nesse cenário.
Quais são as últimas novidades na área da energia elétrica sustentável?
Quando falamos em sustentabilidade é impossível não tocar na problemática entre progresso, desenvolvimento e meio ambiente.
Por isso, nos últimos anos, diversos estudos e projetos foram feitos com o intuito de modernizar a energia e tornar o desenvolvimento algo sustentável. Hoje, já é possível usufruir de diversas alternativas, como é o caso da Internet das Coisas, das placas fotovoltaicas e da biomassa.
Internet das Coisas (IoT)
A Internet das Coisas possibilita o acionamento remoto de redes através da internet. Dessa forma, ela tem auxiliado projetos de iluminação pública e residencial no que se refere à automação. Essa rede pode ser chamada de Smart Grid.
Uma casa ou sistema de iluminação pública pode, automaticamente, ligar ou apagar as luzes ao notar o movimento de pessoas. Também é possível ajustar a iluminação de acordo com o ambiente, entendendo que em espaços claros não é necessário luzes acesas.
Placas Fotovoltaicas
As placas fotovoltaicas são superfícies que conseguem absorver a luz do sol e transformar em eletricidade, logo, abastecem o ambiente com energia solar.
Apesar de não serem exatamente uma novidade, com o maior uso elas passaram a ser acessíveis à população. Desse modo, não é incomum encontrar construções que possuem essa tecnologia ou, até mesmo, moradores que decidem instalar em suas casas.
Biomassa
A biomassa é usada desde os primórdios para a obtenção de energia elétrica e, atualmente, corresponde a pouco mais de 9% da eletricidade consumida no Brasil. No entanto, ela entra como uma novidade pelo seu crescente uso e por ser uma forte tendência para o futuro.
Hoje, grande parte das empresas que produzem a própria energia estão começando a pensar fora da caixa e utilizar energias alternativas. A principal biomassa utilizada no país é o bagaço da cana-de-açúcar, no entanto, é possível usar casca de arroz, madeira e até caroço de açaí.
Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), afirma que o Brasil avançou cerca de 10 anos em 2 quando o assunto é energia sustentável. O que significa dizer que o país está efetivamente trabalhando para alcançar a meta da ONU.
Além das novas alternativas, outra mudança em relação ao tema é o processo de consciência energética voltado para a minimização da utilização de recursos.
O fator econômico também é uma influência, já que cada vez mais há uma busca maior por eficiência, o que significa gerar mais resultados com o mesmo ou menor consumo de energia.
Green Building: empreendimentos que contribuem com o meio ambiente
Pouco a pouco o ramo das construções abriu espaço para a sustentabilidade. Hoje, não é raro encontrar prédios residenciais e empresariais com tecnologias que auxiliam o meio ambiente.
A tendência tem vindo com tanta força que até ganhou um termo: Green Building, que, ao pé da letra, significa construção verde.
São edifícios que foram planejados para ter processos de consumo de água e energia conscientes e se preocupam com a saúde e o conforto dos seus moradores.
Em geral, eles definem projetos que irão otimizar o consumo energético desses edifícios. Uma opção comumente utilizada é o uso de placas fotovoltaicas em painéis solares, telhados verdes e equipamentos desenvolvidos para diminuir o consumo energético.
Também oferece benefícios às construtoras e moradores
Além dos benefícios para o meio ambiente, as construções sustentáveis são benéficas em outro sentido: estudos realizados pela GBCI (Green Building Council Institute) perceberam que um imóvel sustentável aumenta de 5% a 10% a valorização frente aos clientes.
Isso é notado não só pela preocupação da sociedade com os impactos ambientais, mas pela possibilidade de economia para esses moradores. Projetos sustentáveis podem diminuir em até 70% o consumo de água e eletricidade com a utilização de placas fotovoltaicas.
Como a minha construção pode ser Green Building?
Para a construção ser Green Building não basta apenas se denominar assim. É necessário que o planejamento do empreendimento siga uma série de exigências acerca dos aspectos ambientais e energéticos.
Essas regras são desenvolvidas pelo GBCI, um sistema internacional que é seguido por 143 países e tem o intuito de incentivar e estimular a construção de edificações sustentáveis.
Dessa forma, para o edifício ser reconhecido como Green Building, é preciso receber o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que é fornecido pelo GBCI.
É verdade que a energia elétrica sustentável não é acessível?
Os avanços tecnológicos foram cruciais para que soluções sustentáveis chegassem ao setor elétrico. No entanto, a indústria da tecnologia não é barata, ainda mais quando o fator novidade faz com que a produção não seja em massa, barateando custos.
Nesse sentido, alternativas elétricas sustentáveis foram inacessíveis para grande parte da população por muito tempo. Atualmente, o cenário melhorou, mas ainda é difícil afirmar que é uma opção totalmente acessível.
O que impede a valorização é o alto preço inicial
A dificuldade da implementação de placas fotovoltaicas, por exemplo, é ter que investir alto no equipamento, que, em média, custa mais de R$ 10 mil.
Ainda que seja sabido que a energia solar pode gerar economia de até 90% na conta de luz, o payback (período necessário para a recuperação do investimento inicial) dura anos.
Por esse motivo, ainda que seja possível pessoas físicas terem energia elétrica sustentável, não é a maior parte da população brasileira que pode disponibilizar desse valor de uma só vez.
Programas de incentivo financeiro é uma solução
Nesse sentido, o uso da energia renovável é um benefício tanto para o morador quanto para o próprio governo. Por isso, pensar em incentivos financeiros, como aporte de recursos, isenções fiscais e crédito barato para que um grupo maior de pessoas possam se beneficiar da tecnologia é uma saída viável.
Isenção de ICMS
Hoje, o Brasil possui um programa de isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para energia solar presente em 24 estados e Distrito Federal.
Funciona da seguinte forma: a energia gerada pela microgeração que não foi utilizada pelo consumidor, será reinjetada na rede de distribuição e se transforma em uma espécie de crédito de energia.
Então, quando essa “sobra” é reinjetada, ela vem sem o ICMS. No momento de cobrar a energia, a geradora descontará os impostos desses kWh.
Projetos como esse colaboram para a disseminação e barateamento do consumo da energia elétrica sustentável. Ainda que não seja tão popular quanto o necessário, é um passo adiante para um consumo mais acessível.
Criar um planejamento energético em prol do desenvolvimento sustentável de uma cidade é financeiramente viável até que ponto?
Bom, a viabilidade financeira de um projeto é definida em função da abrangência dele.
Um ponto importante a ser mencionado é que o problema no Brasil não está, exatamente, na viabilidade dos projetos, mas na forma política que se dá, em particular, no âmbito municipal.
Hoje, é difícil encontrar políticas municipais, estaduais e federais em prol disso. Normalmente, encontramos regulamentos e ações que ficam em vigência apenas durante o período de governança.
Para que projetos sustentáveis sejam viáveis, é preciso que tais políticas se mantenham válidas de forma permanente. Afinal, é necessário um longo período de desenvolvimento e implantação desses projetos.
Qual o papel do engenheiro eletricista na sustentabilidade?
O progresso de uma nação está ligada diretamente ao seu desenvolvimento. No entanto, desde a descoberta deste continente até os dias de hoje, o progresso também rendeu um desequilíbrio entre o ser humano e a natureza.
Nesse sentido, o papel do engenheiro eletricista é pensar no uso sustentável de recursos energéticos e aspectos como prevenção da poluição e a proteção da biodiversidade.
Para isso, é importante que o profissional esteja atento às novidades correntes da área e, também, esteja disposto a buscar formas de solucionar essas problemáticas.
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Conheça o MBA Execução e Controle da Engenharia Elétrica
O aumento da demanda do setor produtivo de energia, especialmente nas opções renováveis, identificou um mercado carente de profissionais habilitados na área.
Por isso, profissionais engenheiros eletricistas têm investido na especialização como forma de aprofundar o conhecimento em determinados temas e angariar essas vagas.
De olho nisso, o Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG) desenvolveu um MBA com o intuito de tornar profissionais aptos na execução e controle de projetos na área de Engenharia Elétrica.
O MBA Execução e Controle da Engenharia Elétrica é um curso inédito no mercado e o primeiro a ofertar um módulo voltado somente para a Proteção e Automação Elétrica. Ele foi desenvolvido para engenheiros que têm em seu plano de carreira, com a perspectiva de atuar em posições gerenciais.
Por isso, os objetivos são:
- promover excelente capacitação para interessados nas áreas de Gestão, Projetos Elétricos, Proteção Elétrica e Energias Alternativas e Sustentabilidade;
- oferecer curso com embasamento técnico-científico sólido, necessário à capacitação de profissionais de alto nível;
- promover reciclagem do profissional atuante na área;
- formar e capacitar novos especialistas em Gestão, capazes de trabalhar em equipe e liderar projetos;
- desenvolver competências na área de Gestão Estratégica, Gestão de Projetos e no Desenvolvimento do Potencial Humano;
- oferecer ferramentas que permitam o desenvolvimento de projetos, sua execução e controle;
- oferecer estratégias e alternativas de energia renovável e sustentável.
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- Por que vale a pena atuar na área de geração e transmissão de energia?
- Sustentabilidade no seu negócio: esse pode ser o diferencial!
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IPOG – Instituto de Pós-Graduação e Graduação
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