Energia fotovoltaica para construções: como definir a viabilidade econômica
Os avanços tecnológicos e a maior produção de células solares e materiais semicondutores ajudaram a popularizar o uso da energia fotovoltaica em empreendimentos. Em 2015, por exemplo, foi produzido em todo o mundo 230 gigawatts (GW) de energia solar, um aumento de 40 vezes se comparado aos dados de 2006.
Apesar do aumento, quem trabalha no meio sabe que a implementação de sistemas elétricos a partir de energias alternativas ainda tem um custo inicial elevado em relação aos métodos convencionais, mesmo que o payback possa ser recuperado em alguns anos.
Por esse motivo, profissionais que trabalham com empreendimentos que prezam pela sustentabilidade estão sempre preocupados em buscar maneiras de viabilizar projetos sustentáveis e em manter o orçamento dentro do padrão.
Neste artigo, vamos explicar os meios para tornar isso possível! Você irá conferir:
- a situação da energia fotovoltaica no Brasil;
- qual o seu custo hoje;
- como definir a viabilidade financeira na implementação.
Entenda a situação da energia fotovoltaica no Brasil
Em 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) regulamentou a geração distribuída de energia no Brasil.
Nesse modelo, através do sistema de compensação, a energia adquirida e não utilizada poderia ser reinjetada na rede elétrica com o valor da tarifa básica. Internacionalmente, esse processo é conhecido por net metering.
Atualmente, existe um valor mínimo de consumo em kWh que as faturas devem ter. Elas são:
É a partir desse ano também que os consumidores passaram a ter a opção de gerar a própria energia com sistemas fotovoltaicos conectados à rede.
Esses dois fatores, somados à maior consciência da população em relação ao uso de energia renovável, amplificou o uso no Brasil.
Em uma entrevista dada à Época Negócios, o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, diz que o Brasil deverá ter um salto de 44% na capacidade instalada de energia solar. Os números também confirmam: de 2017 a 2018, a geração distribuída expandiu 172%.
Estados com maior número de conexões à rede elétrica estão no sudeste
De acordo com a ANEEL, os estados de Minas Gerais e São Paulo são os que possuem maior número de conexões à rede elétrica no país, com 22.974 e 17.822 respectivamente.
Os estados das regiões Norte, por sua vez, ainda não dispõem de números tão expressivos, porém, com bastante espaço para crescimento.
Qual o custo de instalação da energia fotovoltaica?
Como mencionado anteriormente, a popularização e maior procura por sistemas fotovoltaicos barateou os custos da instalação. De acordo com a Comerc Energia, nos últimos dois anos, o custo de instalação teve queda de 50%. No entanto, o valor ainda é alto para muitas pessoas e empresas.
Além do preço médio, é possível constatar uma grande variação entre os fornecedores. Isso acontece por conta da qualidade dos componentes utilizados, do tamanho da empresa e da complexidade da instalação. Todos esses fatores irão influenciar diretamente no custo final.
Em 2018, a Portal Solar realizou uma pesquisa com 4.500 empresas cadastradas em seu sistema em relação a preços de instalação nos mais diferentes tipos de empreendimentos e residências.
De acordo com uma pesquisa realizada em julho de 2019 pela Greener, empresa de tecnologia sustentável, de janeiro de 2019 até julho, houve uma redução de 8,9% no preço final dos sistemas fotovoltaicos.
As placas fotovoltaicas são o maior custo na instalação de um sistema de geração de energia solar. O segundo elemento de maior custo é o inversor, seguido pela instalação, e depois a proteção.
Os aspectos que irão influenciar o cálculo da viabilidade financeira de um sistema fotovoltaico são:
- tarifa de energia elétrica;
- imposto cobrados sobre fatura;
- bandeira tarifária;
- irradiação solar no local;
- tipo de telhado ou perfil do local para instalação do sistema.
Os tributos citados são decorrentes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). O valor total de impostos cobrados pode chegar até 40% do valor total da tarifa.
Além desses fatores, a bandeira tarifária também irá interferir no valor dos kWh. Ela é o custo sazonal, o que significa que o valor irá mudar a depender da época do ano, volume de chuva, disponibilidade hídrica e outros.
Como definir a viabilidade financeira da implementação da energia fotovoltaica?
No momento de pensar no projeto arquitetônico de empreendimentos ou residências, os profissionais costumam utilizar alguns parâmetros para determinar a viabilidade financeira de sistemas elétricos de energia fotovoltaica, como:
- Taxa Mínima de Atratividade (TMA);
- Valor Presente Líquido (VPL);
- Taxa Interna de Retorno (TIR);
- payback;
- análise de sensibilidade.
Entre os indicadores citados, o VPL é um dos mais utilizados. Através de cálculos, será possível entender se o investimento financeiro feito será recuperado daqui alguns anos. Isso é feito a partir do fluxo de caixa, entendendo cada entrada e saída em cada período de tempo do projeto.
A análise de sensibilidade é outra parte bastante importante no momento de fazer as probabilidades. Quando os indicadores são aplicados, não é possível ter total certeza de algumas variáveis, como ciclo de vida, quantidade de energia gerada, modelo tarifário do futuro e outros.
Por isso, na hora de realizar os cálculos, é importante contar com cenários prováveis, do pessimista ao otimista.
Procurar por programas de incentivo é uma possibilidade
Para incentivar o uso, o governo possui alguns programas de incentivo para empresas e moradores. A isenção do ICMS, por exemplo, é um incentivo que deixa de cobrar impostos dos kWh reinjetados na rede de distribuição.
Além dos custos em si, é importante pensar no perfil do cliente
Os gastos financeiros são decisores na hora de pensar a viabilidade financeira de um projeto de energia fotovoltaica, no entanto, pensar o perfil do cliente também é crucial.
Existem diversos motivos para o desejo de implementar um sistema assim: estética, política, consciência ambiental e até marketing. Por isso, conhecer o seu perfil de cliente também é um ponto considerável.
Além disso, é importante pensar que a energia solar fotovoltaica é, acima de tudo, um investimento. Ainda que o valor inicial seja grande, com a economia gerada no consumo energético, é possível recuperar o valor em alguns anos.
Todos esses incentivos tornam a viabilidade da energia fotovoltaica cada vez mais real. Nesse sentido, o profissional que deseja ingressar na área sustentável e trabalhar com materiais ecológicos irá experimentar um mercado abrangente e convidativo no futuro.
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Para entender mais sobre o tema, também indicados estes outros artigos:
- Engenharia Elétrica: conheça as principais oportunidades para profissionais
- Por que vale a pena atuar na área de geração e transmissão de energia?
- Cogeração de energia em edifícios: benefícios e desafios
Até a próxima!
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