Este conteúdo foi desenvolvido em parceria com a Lafaete Locação
A estrutura de uma edificação é uma dos elementos fundamentais que compõem a obra, afinal, é ela quem irá garantir segurança, durabilidade e funcionalidade à obra.
Por isso, é também uma etapa que tem grande impacto nos custos de um projeto, requerendo profissionais altamente capacitados para equilibrar qualidade com custo.
Os 3 tipos de estruturas na Construção Civil mais comuns são: estruturas metálicas, concreto armado e madeira, sendo que cada um apresenta suas vantagens e desvantagens no mercado da Engenharia.
Há ainda sistemas estruturais híbridos ou mistos que combinam soluções integradas em mais de um dos materiais citados.
Para saber qual é a melhor opção para a obra, o profissional precisa levar alguns pontos em consideração, como tipo de solo da fundação, porte da construção, tipo de obra, condições ambientais e, claro, orçamento disponível para a construção.
Todos esses pontos irão influenciar diretamente na atuação do material escolhido!
Ficou interessado em saber mais sobre os tipos de estruturas na construção civil?
Para te ajudar, desenvolvemos este guia. Vamos abordar todos os detalhes e aplicações dos 3 tipos de estruturas mais comuns da construção civil.
3 Tipos de estruturas na construção civil
Estrutura 1# Estrutura Metálica
Sendo um dos mais famosos métodos de construção nos Estados Unidos, a estrutura metálica, surgiu no setor metalúrgico.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o aço se tornou um material abundante no mercado e visado para a utilização em obras, principalmente na construção de residências.
Esse tipo de estrutura na construção civil se refere a uma construção a seco, ou seja, é utilizado menos recursos como matéria-prima, água e mão de obra, proporcionando assim grandes ganhos na racionalização de processos e sustentabilidade.
O que impacta de forma positiva no ambiente, além de promover economia para a construção.
A estrutura metálica permite ainda que os demais sistemas que compõem a edificação sejam concebidos com alto nível de racionalização, pois podem ser projetados e instalados com excelente precisão e baixo índice de desperdício, como por exemplo:
- uso de vedações por sistemas de placas de compósitos de gesso acartonado;
- placas cimentícias;
- materiais sintéticos dentre outros mais.
O uso do Oriented Strand Board (OSB), painéis produzidos com camadas de madeiras sobrepostas e placas cimentícias, é muito comum nas estruturas metálicas.
O sistema de estrutura metálica pode ser aplicado em:
- construções residenciais (desde casas populares até condomínios de alto padrão);
- construções industriais;
- grandes empreendimentos padronizados;
- ginásios;
- pavilhões esportivos e para eventos;
- instituições de ensino;
- unidades hospitalares;
- canteiro de obras e alojamentos e outros projetos.
As construções em steel frame possibilitam uma redução de 75% de custos. Por ser uma construção a seco, todos os materiais utilizados nos processos de fechamento, cobertura e isolamento termoacústico vêm prontos de fábrica garantindo alta produtividade no término da obra, bem como baixíssimo nível de desperdício.
Sua estrutura modular é de fácil manuseio e só é necessário retirar a placa cimentícia para fazer a manutenção, colocando-a posteriormente no mesmo lugar. O sistema evita bagunça e custos gerados com a troca de tubulações, instalações elétricas e hidráulicas que tanto estamos acostumados na construção tradicional com vedações em alvenaria.
Outro ponto positivo é a capacidade de apresentar excelente isolação térmica, que mantém a temperatura interna mais aconchegante, e diminui a transmissão de sons no interior do imóvel se devidamente projetada.
Estrutura 2# Concreto armado
O concreto armado, combinação do concreto com barras de aço, é um dos tipos de estruturas na construção civil mais comum para a construção, por conta da sua eficácia, durabilidade e flexibilidade executiva.
O concreto é produzido a partir da junção de cimento, agregados e água. Entretanto, existem diferentes tipos de concreto, em que podem ser acrescentados mais componentes ou mudar a proporção de cada elemento.
Dentre as principais características do concreto armado estão:
- Os insumos podem ser encontrados facilmente em qualquer loja de construção;
- maior custo-benefício em mão de obra;
- a produção do cimento consome alta quantidade de energia;
- o concreto se adapta a todas as formas.
O concreto armado exige maior tempo de cura, com isso algumas partes da obra ficam paralisadas. A edificação pode ser executada no próprio local e precisa de vários materiais, o que pode resultar em custo maior de compra. Contudo, existem alternativas mais racionais com o uso de pré-moldados.
São necessários armadores, carpinteiros, pedreiros, eletricistas e ajudantes para poder fazer a estrutura de concreto armado, o que demanda mais tempo para a finalização do projeto, principalmente se for de grande escala.
No entanto, se a obra for pequena e simples, o custo será baixo e a construção poderá ser mais ágil. Contudo, se o projeto se tratar de uma alta arquitetura, o custo-benefício tende a ser mais alto.
Estrutura 3# Madeira
A estrutura de madeira é usada em qualquer construção, mesmo em condições de estrutura exposta a intempéries. Além de ser um dos materiais mais antigos e utilizados em todo o mundo.
A aplicação dessa estrutura é bastante comum em coberturas de edificações, telhados, estruturas de fôrmas, construções contemporâneas etc.
A madeira apresenta alta relação resistência mecânica por peso, sendo mais modelável e bastante estável. É uma matéria-prima, usada para isolante térmico e acústico, assegurando menos gastos com energia após a obra.
As madeiras mais indicadas para os tipos de estruturas na construção civil são:
- parte externa: ipê, peroba, itaúba, teca e garapeira;
- interior e telhado: garapeira, cambará, itaúba e peroba;
- pisos: peroba-rosa, angico-preto, aroeira, macacaúba, pau-amarelo, pau-de-arco e ipê;
- estrutura: peroba-rosa, rosadinho, itaúba, angico-preto, eucalipto e taipa.
Em março de 2009, foi criado um programa chamado “Madeira é Legal” no estado de São Paulo. O projeto surgiu com a necessidade de prevenir o descontrole no consumo dos recursos naturais para matéria-prima da construção.
A certificação da madeira, além de incorporar licenças, possui sólida verificação e garante a sustentabilidade das florestas, das comunidades e das áreas regionais.
Além da certificação da madeira, há o licenciamento ambiental, que regula somente a extração, sem considerar os aspectos sociais, econômicos e trabalhistas da região. Por não haver rigidez na fiscalização, o licenciamento ambiental facilita algumas práticas ilegais, aumentando o desmatamento.
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