Como pensar a construção sustentável com uma visão smart
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Engenharia e Arquitetura
5 minutos de leitura
19 de agosto de 2019

Construção sustentável e edifícios inteligentes: as Smart Cities são a nova aposta para o futuro

Construção sustentável e edifícios inteligentes: as Smart Cities são a nova aposta para o futuro
Leitura focada

Como pensar em cidades inteligentes sem pensar em construção sustentável? 

Para o futuro, esses são os dois conceitos que irão nortear a construção civil. A união desses pontos irá garantir o progresso responsável e ecológico.

Por isso, cada vez mais é comum se deparar com o termo “Smart Cities”, que se refere aos projetos arquitetônicos capazes de conciliar tecnologia, sustentabilidade e bem-estar aos moradores no momento de criar a infraestrutura de uma cidade. 

Ao contrário do que aconteceu ao longo da história, a expectativa é que no futuro as cidades sejam planejadas e não surjam de forma desordenada.

Contudo, ainda que estejamos falando no futuro, sabia que algumas cidades já contam com os preceitos das Smart Cities? É possível, inclusive, encontrar alguns exemplos no Brasil, com iniciativas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

Para entender mais como as Smart Cities estarão alinhadas à construção sustentável, preparamos este artigo! Aqui, você encontrará:

  • o que é construção inteligente?
  • Smart Cities como uma aposta para o futuro;
  • a construção sustentável dentro das cidades inteligentes;
  • como essas iniciativas podem ser financeiramente viáveis?

O que é construção inteligente?

As construções inteligentes são edifícios que aliam sustentabilidade, praticidade, tecnologia e economia. Com sistemas integrados e automatizados, elas visam o bem-estar das pessoas que irão usufruir dos seus benefícios.

Construção sustentável e edifícios inteligentes

Todos esses benefícios fazem com que os edifícios inteligentes se tornem cada vez mais presentes nos projetos de construção. Segundo relatório desenvolvido pela IDC Energy Insights, as maiores organizações mundiais já são incentivadas a implementar construções smarts.

A pesquisa também traz o dado de que os gastos mundiais com edifícios inteligentes vêm aumentando a cada ano, sinalizando a popularidade da tecnologia. Em 2014, os gastos anuais ficaram em US$ 6,3 bilhões, já em 2019, a expectativa é de US$ 17,4 bilhões, um crescimento de 22,6%. 

A tendência é que esses números aumentem e não fiquem reclusos somente aos edifícios. Na infraestrutura de uma cidade, o conceito smart pode ser replicado em diversas construções, como parques, viadutos, sistemas de iluminação etc.

Confira, a seguir, as Smarts Cities.

Smart cities: a aposta do futuro

Apesar das smart cities começarem a se popularizar agora, não é um conceito novo. Ele surgiu por volta dos anos 1990. No entanto, naquele momento, a tecnologia ainda não era suficiente para colocar as ideias em prática.

Esse último ponto, inclusive, foi um dos motivos impulsionadores para os planos saírem do papel. Cidades com mais pessoas e, portanto, menos espaçosas, requerem melhor estrutura em mobilidade, alimentação, consumo de recursos naturais e outros.  

Como essas cidades inteligentes vão começar a surgir?

Bom, se tornar ou criar uma cidade inteligente é algo que não pode ser feito do dia para a noite. Por isso, a União Europeia (UE) desenvolveu o programa Smart Cities and Communities, que irá investir financeiramente em cidades para que elas se aprimorem de forma inteligente.

O intuito é que, com o passar do tempo, o resto do mundo comece a aderir a ideia. Atualmente, cidades da Ásia também já começaram a se atentar para a tendência e construíram cidades do zero. Um exemplo é Songdo, na Coreia do Sul, é uma cidade planejada para ter tecnologia de ponta.

Songdo: cidade do futuro

Songdo é fruto de um investimento privado, feito pela empresa norte-americana Gale International. Foi destinado um total de US$ 40 bilhões para a construção sustentável e tecnológica da cidade, que tem a intenção de ser um distrito internacional de negócios.

Ainda em construção, a expectativa é que, quando pronta, chegue a abrigar 300 mil pessoas. Ela foca no ideal de mobilidade, por isso, foi projetada para que prédios, escritórios e parques fossem integrados, evitando tráfego intenso. Além disso, Songdo possui 50 milhas de ciclovias e 40% da sua área total é destinada aos espaços verdes.

Smart cities brasileiras

Como mencionado no início deste artigo, o Brasil não fica para trás quando o assunto é Smart Cities. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba investem cada vez mais em sua estrutura. 

Curitiba, por exemplo, possui os EcoElétricos, que são carros ecológicos que prestam serviços públicos à cidade. Já a cidade de São Paulo tem investido na mobilidade urbana, ampliando a sua malha rodoviária e metroviária e implementando novas ciclovias.    

Outro exemplo já presentes em cidades é a cogeração de energia e reaproveitamento de água, que ajudam a descentralizar os investimentos em infraestrutura pública e tornar os núcleos urbanos mais independentes.

É importante ressaltar também que a iniciativa pública tem sido um importante parceiro criando exigências urbanísticas que amenizam os impactos urbanos dos empreendimentos que compensam seus entornos com melhorias. Muitas prefeituras acabam por criar mecanismos de incentivo fiscal aos que optam por práticas sustentáveis em obras.

A construção sustentável nas smart cities

Um ponto em comum entre as Smart Cities, além da tecnologia, é o viés de construção sustentável. Afinal, como detalhado no artigo, é insustentável pensar em um futuro em que a preocupação com o meio ambiente não seja prioridade.

A Organização das Nações Unidas (ONU) apontou que em 2050 a população mundial atingirá 9,7 bilhões de pessoas, demandando maior estrutura em todas as áreas necessárias para a sociedade. Além disso, a organização também estima que até 2030, 70% da população mundial ocupe centros urbanos. 

Por isso, não é mais sustentável que cidades se desenvolvam de forma desordenada, como acontece hoje. Para abrigar toda essa gente, é necessário pensar em formas inteligentes, que sejam menos dependentes de recursos esgotáveis e capazes de oferecer maior conforto.

Também é importante ter em mente que é necessário ter uma preocupação real na integração do edifício com o meio urbano. Um edifício inteligente precisa ser pensado para que funcione em harmonia com a infraestrutura do seu entorno e colabore com a qualidade de vida dos seus usuários, não o contrário.

Alguns exemplos de como isso pode ser possível é a edificação projetada de forma a agregar serviços e utilidades comunitárias que trazem a sensação de conforto público, empreendimentos de múltiplo uso com sistemas eficientes de consumo de água e energia são uma opção.

Nesse sentido, a Internet das Coisas (IoT) vem facilitando o trabalho desses profissionais ao conciliar tecnologia, sustentabilidade e conforto.


Masdar: sustentável e tecnológica 

Cidades inteligentes que tenham foco na sustentabilidade já são, inclusive, uma realidade! Como é o caso da cidade de Masdar, localizada nos Emirados Árabes.

A cidade demorou 3 anos para ser construída e recebeu investimento de US$ 1,4 bilhão. Apesar de pequena, já é conhecida como a cidade mais sustentável do mundo. A sua energia é proveniente de uma grande torre eólica, já que a região apresenta fortes ventos, e também através de painéis solares, responsáveis pela maior parte de energia da cidade.

A energia e a luz proveniente do sol também figuram em outros dois projetos na cidade: a dessalinização da água com um equipamento movido a energia solar e o uso de espelhos como forma de catalisar a luz solar e aquecer grandes quantidades de água.

O compromisso com a sustentabilidade é auxiliado por sistemas conectados: quando é detectado o consumo anormal de energia, como em chuveiros elétricos, luzes e eletrodomésticos em funcionamento por muito tempo, a informação é enviada à central da cidade e, então, eles são desligados automaticamente.

Como a construção sustentável e os edifícios inteligentes podem ser financeiramente viáveis

A pergunta que fica é: será que é financeiramente viável a construção sustentável com edifícios inteligentes? Tanta tecnologia não seria ainda intangível para países emergentes?

Construir edifícios com tecnologia de ponta ainda não é mais barato do que os convencionais, no entanto, é uma alternativa vantajosa ao pensar os gastos posteriores. Com sistemas inteligentes de eficiência energética, por exemplo, é possível reduzir a conta de luz em mais da metade.

Nesse sentido, um grande investimento inicial pode ser recompensado pelo maior número na busca de compradores quando falamos em edifícios residenciais e empresariais.

Além disso, a maior demanda por materiais tecnológicos e mão-de-obra especializada fazem com que o preço que hoje é alto, reduza.

Outra alternativa para garantir a viabilidade financeira de uma construção sustentável e inteligente é a parceria com empresas eco-friendly e órgãos governamentais. Não é incomum encontrar projetos de patrocínio e suporte para a edificação dessas iniciativas.   

Por isso, cidades inteligentes e construções sustentáveis são palavras cada vez menos distantes e mais tangíveis. Em um futuro próximo, as cidades serão todas interligadas e autossuficiente, sendo cada vez menos dependentes de recursos naturais e materiais dispensáveis para o meio ambiente.

Ainda ficou com alguma dúvida sobre o tema? Entre em contato conosco!

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Até a próxima!

Gostou do artigo? Esses e muitos outros assuntos, você pode conferir no blog do IPOG!

 

 

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Sobre Sérgio Botassi dos Santos

Doutor em Construção Civil pela UFRGS; Engenheiro Civil e Mestre em Estruturas pela UFES; Consultor em estruturas de concreto e Gestão de riscos pela empresa SBS Consultoria em Engenharia; Perito em obras civis; Engenharia de barragens por Furnas Centrais Elétricas; Experiência em Controle Tecnológico e acompanhamento de obras; Professor de Pós-Graduação desde 2008; Possui mais de 30 artigos nacionais e internacionais publicados na área de construção civil; Coautor de Capítulos de Livro sobre Tecnologia do Concreto pelo IBRACON; Autor do Livro "Fluência do Concreto - Análise nas Primeiras Idades e Efeitos de Adições e Aditivos" pela Editora NEA; Colaborador na segunda edição do Livro Internacional Concreto: Microestrutura, Propriedades e Materiais dos autores Paulo Monteiro e Kumar Mehta. Agraciado com o título de Melhor Tese de Doutorado do Ano de 2011 emitido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

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