A manipulação de quimioterápicos é uma responsabilidade crucial no âmbito farmacêutico, que demanda atenção meticulosa devido à natureza altamente potente e tóxica desses medicamentos.
O papel dos farmacêuticos na preparação e no manuseio adequado de quimioterápicos é fundamental para garantir a eficácia do tratamento oncológico e a segurança, tanto dos pacientes quanto dos profissionais envolvidos.
Nesse contexto, a compreensão aprofundada dos protocolos de manipulação segura, o uso de técnicas assépticas avançadas e a adoção de medidas de proteção são elementos cruciais que serão abordados neste contexto, visando à promoção da saúde e à minimização de riscos.
Confira, neste artigo, o que é a manipulação de quimioterápicos, as normas que regem a atividade e como o profissional pode se especializar para oferecer um atendimento mais assertivo no âmbito oncológico.
O que é a manipulação de quimioterápicos?
É a técnica de preparação personalizada de medicamentos quimioterápicos, também conhecidos como antineoplásicos.
Esses remédios são utilizados para o tratamento de câncer, oferecendo cuidado curativo ou paliativo. Portanto, são compostos com substâncias inibidoras de crescimento e disseminação das células cancerígenas. Devido a essa característica, seu preparo exige uma fabricação especializada.
Quem pode manipular quimioterápicos?
Apenas farmacêuticos são autorizados a manipular esses medicamentos. A produção começa a partir da entrega do planejamento terapêutico, que garante as informações adequadas sobre a medicação, como quantidade e tipo de substâncias, doses etc.
O que diz a legislação sobre a manipulação de quimioterápicos?
Quando se trata da fabricação desses medicamentos, temos uma série de legislações que orientam tanto a sua produção, quanto o uso. A começar pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 220/2004, determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nela, estão os padrões de preparação dos quimioterápicos.
Depois, há a Resolução nº 288/1996 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que determina quem deve ser o encarregado pela manipulação, atribuindo ao farmacêutico.
Então, em 2013, tivemos a Resolução nº 565, também do CFF, que redefiniu quais são as responsabilidades da farmácia oncológica, determinando os processos adequados para exercer a função.
Quatro anos depois, em 2017, chegava a Resolução nº 640, que definiu quais são os critérios para o preparo dos antineoplásicos, tornando obrigatório que o profissional deveria atender a pelo menos um dos quatro requisitos:
- ter o título de especialista emitido pela Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia (Sobrafo);
- ter feito residência na área de Oncologia;
- ter entrado em um programa de pós-graduação reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) relacionado à Farmácia de Oncologia;
- ter experiência comprovada na área por pelo menos três anos.
Cuidados e atenção sobre a farmácia de manipulação em quimioterápicos
Por ser uma área bastante delicada da farmácia hospitalar, é fundamental que o profissional esteja atento ao processo de manipulação e desenvolvimento dos remédios. Principalmente, para garantir melhores resultados na produção dos medicamentos.
Aqui, vamos conhecer dois pontos que merecem atenção. Confira!
1. Manuseio
É essencial cuidado redobrado no manuseio desses medicamentos, especialmente para impedir o contato desnecessário com o conteúdo das embalagens, evitando, assim, a contaminação.
2. Equipamentos de segurança
Outro ponto de atenção está no uso de equipamentos, como máscaras e luvas; nesse caso específico, é fundamental o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) feitos com os materiais adequados e a utilização constante durante a manipulação.
Como o farmacêutico pode se preparar para evitar erros em processos?
O conhecimento das principais técnicas de manipulação e das legislações é um tema essencial para que o farmacêutico esteja preparado. No entanto, boa parte desses conhecimentos somente é fornecida por meio de uma especialização. Essa é a melhor maneira de garantir a aprendizagem adequada para exercer a função de forma qualificada.
Qual é a importância da pós-graduação na área?
A pós-graduação na área de manipulação de quimioterápicos é crucial para garantir a segurança e eficácia no tratamento do câncer. Aprofundar o conhecimento nesse campo permite aos profissionais dominar técnicas avançadas de preparação e manuseio, reduzindo riscos de contaminação e erros.
Além disso, a especialização contribui para o desenvolvimento de terapias mais personalizadas, promovendo melhores resultados e qualidade de vida para os pacientes oncológicos.
Ofereça mais segurança técnica com uma especialização em Farmácia Oncológica e Hospitalar
Para quem está procurando uma forma de estar nesse mercado e entrar na área de farmácia de manipulação em quimioterápicos, a pós-graduação remota em Farmácia Oncológica e Hospitalar do IPOG foi feita para você.
O objetivo do curso é garantir o desenvolvimento de habilidades de gestão hospitalar e farmacêutica, de forma que os profissionais possam obter melhor preparo para assistência de pacientes, além de melhor tomada de decisão no uso de medicamentos.
Módulos do curso
- Organização Farmacêutico-Hospitalar: Estruturação, Logística, Sistemas de Distribuição, Padronização e Dispensação de Medicamentos e Produtos para a Saúde
- Ferramentas da Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica
- Farmacovigilância: Segurança do Paciente Focada nas Reações Adversas, nas Interações Medicamentosas e nos Erros de Medicação
- Farmacocinética Clínica Aplicada à Farmácia Oncológica e Hospitalar
- Fisiopatologia do Câncer e Biologia Molecular das Doenças Neoplásicas
- Terapia Baseada em Medicamentos Biológicos e Biossimilares
- Farmacoterapia e Cuidados ao Paciente Oncológico
- Antibioticoterapia e Controle de Infecção Hospitalar
- Farmacoterapia das Doenças Prevalentes em Instituição Hospitalar
- Central de Manipulação I: Quimioterápicos
- Central de Manipulação II: Quimioterápicos
- Central de Manipulação: Terapia Nutricional
Diferenciais da pós-graduação
A pós-graduação em Farmácia Hospitalar e Oncológica tem como principal diferencial preparar o profissional para entender as diretrizes legais da profissão. Especialmente, as relacionadas às padronizações de procedimentos.
Nesse sentido, o aluno conhecerá profundamente as Resoluções nº 492, 598, 623 e 640. Além disso, estará a par da Portaria n° 4.283/2010 e da Lei Federal nº 13.021/2014.
Por que escolher o IPOG?
O IPOG tem experiência comprovada quando o assunto é ensino de qualidade. Oferecendo aulas remotas (on-line e ao vivo) e presenciais e com um corpo docente de mestre e doutores, a instituição é voltada para formar profissionais qualificados que sabem aplicar a teoria e estão preparados para os desafios diários.
Além disso, tratando-se da pós-graduação em Farmácia Hospitalar e Oncológica, os estudantes estarão expostos a módulos que ensinarão diversos tópicos importantes não só sobre as leis, mas também sobre organização farmacêutica hospitalar, estruturação, logística e sistemas de distribuição.
Fale com nossos consultores de carreira
A manipulação de quimioterápico é um processo fundamental para o tratamento de câncer. No entanto, ela não pode ser realizada por qualquer profissional da saúde: é fundamental que, além de ser um farmacêutico, seja alguém especializado em Oncologia.
Se você está pensando em entrar no setor, conheça mais a pós-graduação em Farmácia Hospitalar e Oncológica.
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