O volume de crimes digitais em empresas tem aumentado. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Thomson Reuters, as empresas brasileiras gastam R$ 6,4 bilhões por ano (4,9% da sua receita anual) na prevenção e combate de crimes financeiros, sendo os ataques cibernéticos o crime mais comum. O aumento de fraudes no ambiente virtual corporativo no Brasil é a nova realidade para a atuação da perícia digital.
A frenética evolução da tecnologia também contribui para que as invasões sejam mais avançadas com a utilização de novas táticas para fraudar o sistema de segurança virtual das instituições. Um ataque cibernético pode causar prejuízos à empresa e expor dados de clientes para serem utilizados em outros golpes.
Um levantamento realizado pela consultoria Gartner indica que, até 2020, cerca de 30% das 2000 maiores empresas do mundo serão atingidas por cibercriminosos. Os golpes virtuais que necessitaram da atuação da perícia digital geralmente são feitos por meio da disseminação de vírus e malwares para ter acesso aos dados e controle dos computadores, celulares e outros dispositivos digitais.
O phishing, por exemplo, é uma prática criminosa muito utilizada, que influencia o usuário a clicar em links maliciosos e tem o objetivo de captar informações, como dados pessoais, senhas de cartões bancários, números de documentos por meio de mensagens, sites e outra plataforma de inserção de informações.
Com o grande volume de casos relacionados ao vazamento de dados no ambiente corporativo, as companhias têm conseguido identificar crimes eletrônicos e punir os responsáveis pelas fraudes por meio de técnicas da Computação Forense.
As ferramentas utilizadas na Comutação Forense permitem a coleta e análises de dados em meios digitais para investigação e identificam os criminosos responsáveis pelo delito.
A procura por especialistas da Computação Forense para atuar no setor empresarial tem crescido. “As companhias estão preocupadas com o aumento de crimes cibernéticos e estão investindo em equipes para detectar e investigar um ataque de modo ágil”, afirma o coordenador do curso de pós-graduação em Computação Forense do IPOG, José Walber Pinheiro.
Atuação da Perícia Digital no processo de investigação
A primeira etapa do processo de processo de investigação que envolve a perícia digital é coletar e isolar o equipamento que será analisado. Após isso, utiliza-se ferramentas com tecnologia forense para extrair todos os dados e registros presentes no armazenamento do dispositivo. Todos os dados captados são preservados e duplicados para outro equipamento.
A partir daí, a análise e cruzamento das informações e acessos serão realizadas. Com as análises e laudos prontos, a empresa consegue acionar a justiça para tomar as providências necessárias contra o infrator.
Devido o aumento de crimes na internet, a computação forense é tendência no ramo empresarial, visto que, todo o sistema está integrado a computadores, servidores, celulares, tablets e nuvens. “Para investigar fraudes cometidas no ambiente virtual, o perito digital precisa ter formação especializada, técnica e legal”, complementa José Walber.
Dicas de proteção
Para proteger e prevenir ataques de hackers ao sistema é preciso investir na segurança da informação da empresa, estabelecer uma política eficaz de acessos, fazer backups e monitoramento diário, instalar um excelente antivírus e promover ações de conscientização para os colaboradores sobre a forma correta de utilizar as tecnologias do local de trabalho.