IPOG na InterFORENSICS: confira as principais atrações do primeiro dia do congresso
Nesta semana, de 23 a 25 de maio, a capital do Brasil recebe o maior evento integrado de Ciências Forenses da América Latina, a InterFORENSICS – Conferência Internacional de Ciências Forenses. E o IPOG está presente nesse grande congresso para acompanhar o que há de mais atual em métodos e técnicas de investigação, no Brasil e no mundo, na área das ciências forenses.
O congresso é realizado pela Academia Brasileira de Ciências Forenses e pela Sociedade Brasileira de Ciências Forenses e reúne diversos profissionais dos diversos campos de atuação do setor, como peritos criminais, médicos-legistas, policiais civis e federais, juízes, membros do Ministério Público, defensores públicos, advogados, pesquisadores e estudantes.
O primeiro dia da InterFORENSICS foi um sucesso. Mais de 1.100 pessoas participaram do evento. A programação do congresso contou com a apresentação de trabalhos, simpósios e workshops de várias temáticas.
Os participantes do evento também tiveram a oportunidade de conferir mais de 35 palestras, ministradas por profissionais nacionais e internacionais, de temas como: Documentoscopia; Genética Forense; Informática Forense (ICyber); Multimídia Forense (ICMedia); Justiça e Sociedade; Medicina, Odontologia, Antropologia e Comportamental Forenses; Perícias Externas; Perícias Financeiras (ICFinancialCrimes); Perícias em Meio Ambiente e Engenharia Legal e Química e Toxicologia Forense (ENQFOR).
Vários professores e alunos do IPOG de todo o Brasil estão participando do congresso. A aluna do curso Perícia Criminal e Ciências Forenses da unidade de Florianópolis, Daniela Pacheco, está muito otimista com o evento. “Eu estou amando o curso. A perícia criminal foi algo que simplesmente me fascinou pela busca contínua da verdade. É muito gratificante participar da InterFORENSICS para adquirir aperfeiçoamento intelectual”, ressalta a estudante.
O coordenador do curso de pós-graduação em Computação Forense e Perícia Digital do IPOG, José Walber Pinheiro, também está participando do congresso e contou para nós a sua expectativa com a InterFORENSICS e também apresentou os principais desafios da ciência forense no Brasil. Confira na entrevista abaixo:
Quais são suas expectativas para esses três dias de evento?
Esse congresso é fantástico. Temos a oportunidade de ter contato com profissionais que estão fazendo uma ótima produção acadêmica no mundo inteiro. Também podemos rever bons amigos e fomentar a criminalística e as ciências forenses no Brasil, tanto na parte dos alunos e profissionais presentes e no âmbito acadêmico. A expectativa é que tenhamos um crescimento muito grande da visão um pouco mais social da ciência forense.
O IPOG é uma das maiores instituições de especialização na área de ciências forenses do Brasil. A participação do IPOG nesse evento dessa magnitude é muito importante. É um diferencial acadêmico que promove o fortalecimento da marca nessa área.
Qual a importância desse evento para o mercado e para a área de atuação dos profissionais envolvidos?
O congresso tem algumas funções básicas. Uma delas é a integração entre a área científica e a atuação direta dos peritos com a área de pesquisa.
A criminalista está muito voltada para crimes e para dentro das polícias. Tentamos mostrar com a pós-graduação que essa área tem que sair da polícia e ir para estrutura da sociedade. Se nós observarmos, na Europa, por exemplo, a ciência forense está mais voltada para área social e não para a área policial.
O intuito do congresso é fazer com que as pessoas estudem e pesquisem a área de ciências forenses para conseguirmos ter uma percepção penal um pouco mais humana. A partir do momento que a sociedade entende melhor os seus direitos, e que temos profissionais preparados para atender essas novas demandas, vamos ter uma melhoria na qualidade da percepção penal do Brasil.
Quais são principais desafios das ciências forenses no Brasil?
É um desafio cultural. Precisamos integrar as universidades, faculdades e especializações que trabalham com ciências forenses no meio jurídico. Hoje existe uma distância muito grande entre essas instituições. A partir do momento que isso culturalmente ficar estabelecido e integrado, vamos ter uma mudança muito boa e uma melhoria na qualidade em todas as áreas envolvidas.
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