Neuroarquitetura escolar: projetos que valorizam o desenvolvimento e a criatividade por meio da neurociência

A neuroarquitetura escolar volta os esforços para entender os impactos de projetos arquitetônicos no desenvolvimento acadêmico de estudantes, especialmente nas primeiras décadas de vida.

Apesar de a neuroarquitetura também gerar impactos em jovens e adultos, ela apresenta grande diferencial em idades iniciais. Isso porque, em idades um pouco mais avançadas, a percepção em relação ao ambiente já está formada.

Já no caso de crianças e adolescentes, as tendências cognitivas estão em formação. Portanto, a missão é entregar projetos que gerem impactos positivos em todas as fases do desenvolvimento, especialmente em relação à escola.

Ou seja, a neuroarquitetura escolar usa fatores da neurociência para aplicar técnicas que favoreçam o aproveitamento estudantil e transforme a escola de acordo com a percepção de quem usa o ambiente todos os dias: os alunos.

Para entender mais sobre como se dá esse processo e responder às principais dúvidas sobre o tema, o IPOG explica, neste artigo, como a neuroarquitetura escolar colabora no processo de aprendizagem para crianças. Confira!

Como a criança percebe o ambiente?

Mesmo em tenra idade, a criança não é neutra ao estar em um ambiente. Desse modo, a sua absorção das tantas informações que um único local, principalmente nos primeiros anos, pode acompanhá-la por toda a vida.

Essa percepção não se limita apenas à visão. Pelo contrário, a compreensão do espaço também se dá pelo tato, pelo olfato e pela audição.

Entenda, a seguir, como as crianças percebem o ambiente onde estão e como isso pode influenciar os arquitetos na construção de espaços infantis.

1. Visão

A visão é a principal porta de entrada para informações do ambiente. Na neuroarquitetura em escolas, ela gera percepções por meio das cores, da iluminação e da composição do espaço onde a criança está.

Para cada tipo de impacto, a neuroarquitetura tem uma técnica que busca a sinergia entre ambiente, criança e objetivo do espaço. Tudo isso ajuda a controlar emoções e a promover experiências positivas entre o ser humano e o ambiente.

2. Tato

Tanto entre crianças quanto em adultos, o tato gera impressões em relação ao ambiente.

Sendo assim, as texturas podem incentivar a curiosidade nos pequenos ou até mesmo remeter a outros ambientes externos, como selvas, castelos e espaços lúdicos. Ou seja, é uma opção a ser explorada pelos arquitetos para adaptar as escolas e estimular o desenvolvimento infantil.

3. Audição

A audição é outro poderoso sentido nos ambientes escolares. No entanto, engana-se quem acredita que ela pode ser trabalhada apenas com sons e músicas.

Especialmente na neuroarquitetura em escolas, o silêncio tem um papel tão importante quanto músicas e contações de histórias. Por isso, o projeto arquitetônico também precisa levar em consideração o isolamento acústico e a propagação do som, de acordo com a necessidade do espaço.

4. Olfato

A neurociência já tratou da memória olfativa, capacidade de ativar campos cerebrais de acordo com aromas específicos.

Sendo assim, ao tratar de crianças e espaços dedicados à aprendizagem, deve-se considerar a importância do cheiro e da futura sensação que determinado aroma proporcionará ao pequeno.

Essa é uma área que requer estudo e profissionais que detêm esse conhecimento se destacam entre os concorrentes. Por isso, ao apresentar um projeto para escolas, o ideal é que esse ponto seja pensado e divulgado como um diferencial construtivo.

Qual é a diferença entre a arquitetura tradicional e a neuroarquitetura escolar?

Enquanto a arquitetura tradicional em escola se limita à oferta de salas de aulas e espaços comuns, a neuroarquitetura escolar busca compreender os objetivos de cada ambiente e criar gatilhos cognitivos para despertar sensações nos estudantes.

Em instituições de ensino projetadas por meio da neuroarquitetura, os ambientes levam em consideração um número limite de ocupação. Assim, por ser um espaço controlado, é possível repensar a criação e a experiência do estudante no local.

Por outro lado, as escolas construídas baseadas no tradicionalismo construtivo focam em ambientes que apenas comporte as necessidades básicas dos estudantes. Isso resulta em uma menor capacidade de personalizar ambientes e trabalhar as percepções dos ambientes por parte das crianças.

Ou seja, em espaços de ensino mais recentes ou recém-reformulados, a neuroarquitetura beneficia estudantes, professores e demais funcionários com técnicas que garantem um ambiente próprio para o aprendizado – com iluminação, texturas, uso biofílico e outras tantas possibilidades.

Benefícios da neuroarquitetura escolar infantil

A neuroarquitetura escolar infantil gera percepções que acompanham o aluno por toda a vida e, por isso, sua importância é inegável. Por isso, mesmo em curto prazo, as escolas concedem benefícios valiosos, tanto aos estudantes quanto às próprias instituições.

Isso porque os alunos ficam mais envolvidos com o plano pedagógico, evitando a fadiga escolar e o sentimento relacionado ao desgaste dos estudantes em relação ao ambiente durante todo o ano.

Já na perspectiva da instituição, a escola se beneficia por investir em um aspecto pouco explorado, trazendo diferenciais em relação às outras instituições.

Entre os principais benefícios da neuroarquitetura escolar, podemos citar:

  • facilidade de envolvimento dos estudantes;
  • estímulo ao aprendizado;
  • redução da fadiga escolar;
  • diminuição de faltas e retenção de alunos;
  • quebra paradigmas relacionados ao ambiente escolar;
  • estímulo à criatividade e ao desenvolvimento cognitivo de forma natural;
  • personalização de acordo com a faixa etária;
  • criação de experiências e possibilidade de conexão com o meio;
  • aumento da qualidade de vida.

Técnicas de neuroarquitetura escolar na prática

A neuroarquitetura escolar é uma tendência crescente e que merece atenção nos próximos anos. Por isso, os arquitetos devem estar atentos às principais técnicas e exigências ao trabalhar com projetos que envolvem a neurociência aplicada a escolas e outras instituições de ensino.

Para facilitar, o IPOG separou as três técnicas mais comuns da neuroarquitetura em escolas de educação infantil. Confira!

1. Método Montessori

A neuroarquitetura escolar se beneficia do método Montessori, idealizado pela pedagoga italiana Maria Montessori. Nesse formato, destaca-se a liberdade e o estímulo dentro da sala de aula a partir de métodos colaborativos de ensino.

Aplicado à neuroarquitetura, esse método fica mais eficaz por conta do uso assertivo da composição do espaço e da adequação das cores e da iluminação do ambiente.

2. Pedagogia Waldorf na arquitetura

A pedagogia Waldorf é um formato de ensino que segue conceitos antroposóficos, nos quais o aprendizado tem valores holísticos, isto é, relacionados ao pensar, ao sentir e ao agir.

No caso do conceito Waldorf na arquitetura, esses valores são transmitidos em projetos e escolhas dos ambientes. Portanto, cada espaço deve dar a percepção aos alunos de vivências que seguem padrões de idade, de fase e, acima de tudo, do ciclo de desenvolvimento.

3. Arquitetura sob a óptica construtivista

No ensino construtivista, defende-se a ideia de crianças que formam opiniões e chegam às conclusões a partir de estudos, debates e vivências intrínsecas. Indo além desses valores, há também a necessidade de construir ambientes que gerem engajamento e não criem qualquer tipo de separação entre alunos e professor.

Em projetos de neuroarquitetura, o profissional considera uma releitura para não criar ambientes nos formatos tradicionais. Ou seja, quebram a ideia de que mesas e cadeiras devem estar voltadas ao professor, mas sim de que os ambientes devem ser mais convidativos.

Diferenciais do profissional que entende de neuroarquitetura

Todo conhecimento específico gera novas oportunidades, e no caso da neuroarquitetura escolar não é diferente. Com saberes especializados, você assume projetos mais afunilados e gera competências exclusivas para o seu currículo.

Especialmente ao tratar da neuroarquitetura em escolas, ter qualificações extras na hora de concorrer aos projetos é uma ótima forma de ganhar vantagem em relação aos concorrentes. São diferenciais que podem ser o acréscimo que falta para conseguir grandes projetos e levar inovações para as instituições de ensino.

Mesmo assim, é importante destacar que a neuroarquitetura não se limita ao ambiente escolar. Empresas diversas, hospitais e até mesmo ambientes domésticos têm acompanhado essa tendência do mercado de arquitetura para criar espaços personalizados e mais humanizados.

Assim, tornar-se um especialista não aproxima você somente de projetos aplicados à educação, mas sim de uma longa lista de segmentos.

Conheça o MBA em Neuroarquitetura do IPOG

O MBA em Neuroarquitetura do IPOG apresenta os principais avanços da neurociência aplicada ao mercado da arquitetura, ensinando técnicas e mostrando exemplos práticos de uso a partir dos principais nomes do mercado.

Além disso, o curso é ministrado em duas modalidades: remota (online e ao vivo) e presencial. Tudo para que o estudante escolha o que melhor se adapta à sua necessidade.

Abaixo, você encontra as características exclusivas deste MBA que o qualifica para as melhores oportunidades do mercado.

1. Módulos do curso

  • Introdução à Neurociência Aplicada;
  • Psicologia: o Comportamento Humano impresso nos Ambientes;
  • Fundamentos de Utilização de Biossensores e Métricas de Neurociências em Arquitetura;
  • Design Biofílico;
  • Neuroiluminação;
  • Neuroarquitetura Aplicada a Ambientes Residenciais;
  • Neuroarquitetura Aplicada a Ambientes Corporativos;
  • Neuroarquitetura Aplicada a Ambientes Comerciais;
  • Neuroarquitetura Aplicada a Ambientes de Saúde;
  • Neuroarquitetura Aplicada a Ambientes de Ensino;
  • Neuromarketing e Neurobusiness;
  • Venture Lab.

2. Professores com sucesso profissional

O IPOG acredita que o professor não se resume à competência pedagógica e, por isso, confia apenas nos docentes com capacidade acadêmica e que já têm sucesso profissional na área.

Sendo assim, o MBA em Neuroarquitetura traz professores pós-graduados, mestres e doutores, que estão à frente dos principais projetos arquitetônicos do país.

3. Metodologia inovadora

A metodologia do IPOG é pensada na rotina do estudante já formado e proporciona ao futuro especialista em neuroarquitetura toda a flexibilidade necessária para conciliar estudos e projetos.

Dessa forma, o curso respeita o mercado cada vez mais exigente e se adapta para sempre entregar o melhor aos estudantes.

4. Visão holística do estudante

Todos os saberes aprendidos em sala de aula não são limitados à teoria. Isso acontece por conta da visão holística em relação aos alunos, que têm metas e objetivos a partir da futura especialização em neuroarquitetura.

Os professores são dedicados a relacionar teoria e prática para obter o melhor aproveitamento dos saberes, sempre tendo como foco o desenvolvimento dos estudantes.

5. Instituição reconhecida

O IPOG é uma instituição reconhecida pelo MEC e que se destaca pela qualidade do ensino oferecido. A pós-graduação é certificada, e, ao obter o diploma, ele será reconhecido e valorizado em todo o Brasil.

Somos responsáveis por formar mais de 100 mil alunos, de 25 mil alunos matriculados em diferentes áreas de ensino e de exatos 52 polos de aprendizado espalhados por todo o país.

Seja um especialista em neuroarquitetura e alcance o sucesso profissional 

Agora que você já sabe tudo sobre essa nova modalidade de elaboração de projetos em arquitetura, é hora de escolher o seu sucesso profissional!

Conheça mais sobre o MBA em Neuroarquitetura no site, preencha o formulário e entre em contato com um de nossos consultores de carreiras.

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