Recentemente, o site Exame publicou uma matéria com o seguinte título: Estes engenheiros são mais procurados agora. E a carreira em longo prazo? A reportagem, que questionou a ascensão dos profissionais de engenharia, em detrimento ao futuro da indústria, trouxe ao leitor um panorama das cinco engenharias que mais estão em alta no país:
- Engenheiro de Projetos;
- Engenheiro de Aplicação;
- Engenheiro de Manutenção;
- Engenheiro Químico;
- Engenheiro de Segurança Contra Incêndio e Pânico.
Diante do crescimento e as demandas do futuro da Indústria, o professor do MBA em Gestão da Qualidade e Engenharia de Produção e do MBA Engenharia de Sistemas de Gestão da Segurança dos Alimentos do IPOG, Marco Túlio Bertolino, descreve que uma série de fatores convergentes favorecerão o crescimento do habitat em que atuam os profissionais do segmento industrial no Brasil e no mundo.
No entanto, Marco pressupõe que o crescimento da indústria abocanhará estas oportunidades para aqueles que estiverem devidamente preparados.
Entre estes fatores determinantes para o futuro da indústria, temos:
1 – A crise econômica brasileira
Isso mesmo! Ela dá claros sinais de estar chegando ao fim e as oportunidades que isto gerará, onde as organizações buscarão profissionais capazes de otimizar processos tornando-os mais enxutos para aumentar rendimento e produtividade, porém, sem perder em qualidade;
2 – As mudanças advindas da indústria 4.0
Com a indústria 4.0, serão demandadas novas competências profissionais para tirar o máximo de proveito das tecnologias que passarão a fazer parte do dia a dia das organizações;
3 – Os novos paradigmas das relações interpessoais
Em uma sociedade que valoriza cada vez mais a participação de diferentes stakeholders na tomada de decisões em contextos sustentáveis, as relações interpessoais passam por novos paradigmas.
Profissionais da indústria devem estar preparados!
Os profissionais para atender a este novo cenário deverão estar munidos das competências voltadas a engenharia de produção que interagem com a chegada e o avanço de novas tecnologias como a internet das coisas (IoT).
A IoT permitirá conectar linhas industriais gerando dados em tempo real, que poderão ser analisados com a ajuda de inteligência artificial (IA), fazendo uso de grandes bancos de dados (Big Data) extremamente úteis na tomada de decisões das organizações, podendo com isso, ser cada vez mais assertivas.
A tecnologia certamente fará sua parte, mas por trás disto demandará um profissional que conheça profundamente sistemáticas e metodologias para gestão de processos que permitam obter os melhores:
- Designs para construir layouts de linhas industriais numa configuração enxuta,
- Que minimize falhas e custos de não qualidade, potencializando ganhos de produtividade e rendimento.
Ou seja, conceitos provenientes do lean manufaturing para evitar desperdiçadores e do six sigma para garantir a melhor condução e controle dos processos.
O profissional terá de conhecer ferramentas clássicas da engenharia de produção e gestão da qualidade para poder ser capaz de integrar e fazer o melhor uso possível das novas tecnologias emergentes que surgem nesta 4° revolução industrial que o mundo está vivenciando neste momento.
Por mais que a tecnologia avance, continuaremos tendo que lidar com:
- Problemas a serem solucionados;
- Traçar caminhos para alcançar metas de melhoria contínua;
- Ter que garantir que processos não sofram desvios;
- Criatividade humana ainda será muito bem-vinda e necessária.
E essas atividades normalmente decorrem especialmente de profissionais com um olhar multidisciplinar.
Boa comunicação e investimento em cargos de liderança fazem parte do futuro da indústria
O futuro da Indústria também demandará de habilidades como: boa comunicação e saber trabalhar em equipe, que embora pareçam artifícios básicos de qualquer pessoa, muitos profissionais acabam focando apenas nos conhecimentos técnicos e se esquecem de formar um bom relacionamento com seus times de trabalho, ou entre pares, superiores e grupos de interesse em geral.
As organizações estão mais dispostas a investir em profissionais que possuem habilidades sociais e que conseguem trabalhar bem com outras pessoas tirando o máximo da diversidade de pensamentos.
Portanto, o perfil do engenheiro plenamente cartesiano que só foca decisões sob uma ótica linear precisará ser complementado por variáveis diversas a este universo, considerando habilidades de relacionamento e visão holística, pois saber pensar fora da caixa será cada vez mais essencial para a geração de resultados.
O avanço das tecnologias vai impactar diretamente todos os ramos industriais. Muitas funções serão substituídas por máquinas e robôs, mas a engenharia estará fora disso, justamente porque são os profissionais que irão desenhar, estruturar, construir, manter e conduzir esta nova indústria que surge deste mundo que se descortina.
Contudo, o desenvolvimento dessa indústria não ocorrerá a qualquer custo. Cada dia mais é demandado um crescimento em bases sustentáveis, onde as grandes nações industrializadas se deparam com os efeitos que a utilização descontrolada dos recursos naturais, sem o devido cuidado para minimizar impactos ambientais adversos, pode trazer.
Por isso, o engenheiro deste novo habitat industrial deve saber como agir, conciliando crescimento econômico com proteção ambiental. Será necessário fazer planos e projetos tendo como base o conceito de sustentabilidade e a utilização dos recursos naturais de forma racional.
Ficou interessado nas competências que estarão em destaque no futuro da indústria?
O IPOG, com a oferta do MBA em Gestão da Qualidade e Engenharia de Produção, pretende oferecer aos seus alunos módulos com competências direcionadas a atender a demanda deste novo cenário que surge na indústria, preparando-os para estarem na vanguarda, e, portanto, aptos para saírem na frente, oferecendo o que o mercado industrial requisitará de seus profissionais daqui em diante.