Coronavírus: que doença é essa e como o mundo está se posicionando
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Covid-19: conheça tudo sobre a doença respiratória causada pelo coronavírus e como o Brasil está se posicionando

Covid-19: conheça tudo sobre a doença respiratória causada pelo coronavírus e como o Brasil está se posicionando

No fim de 2019, um novo vírus que ataca o sistema respiratório se espalhou na região de Wuhan, na China. No início de 2020, segundo classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), essa situação já se tornou uma emergência internacional, atingindo o status de pandemia.

Pertencente à família dos coronavírus, este novo agente, conhecido como Sars-Cov-2, já contaminou mais de 300 mil pessoas e levou a óbito mais de 13 mil, de acordo com dados da OMS até a publicação deste artigo. 

Depois de se tornar epidemia na China, o vírus se espalhou pela Europa e já chegou ao Brasil, que tem mais de 2.276 casos confirmados no país. Os primeiros casos reportados no país foram de pessoas que viajaram recentemente ao exterior e trouxeram o vírus, contudo, já são muitos os casos de transmissão local e comunitária.

Para entender um pouco sobre o que é este coronavírus, preparamos este artigo em que buscamos explicar de onde ele surgiu, quais seus sintomas e como o nossa país está se mobilizando para amenizar os danos na sociedade.

Confira!

Coronavírus: o que é e quais são os sintomas?

O agente Sars-Cov-2, que dá origem ao Covid-19, recentemente identificado na China, faz parte de um grupo de vírus pertencentes à família Coronaviridae, causa problemas respiratórios no ser humano e pode ter formas graves.

Os coronavírus têm origem de uma grande família viral, e foram descobertos por volta de 1960. Esse grupo de vírus é muito comum em animais e, por ser transmissível para humanos, é considerado um vírus zoonótico, de acordo com os centros dos Estados Unidos para Controle e Prevenção de Doenças.

Pesquisadores e autoridades ainda estão tentando compreender melhor como este agente infeccioso se comporta.

Casos mais leves de infecção por coronavírus podem parecer como gripe ou resfriado comum, dificultando o diagnóstico. Sinais comuns de infecção incluem febre, tosse, mialgia ou fadiga, coriza, expectoração, e dificuldade respiratória. Em casos mais graves a infecção pode causar pneumonia, insuficiência respiratória, síndrome respiratória aguda grave e até óbito. 

Atenção especial deve ser dada a pacientes idosos (com 60 anos ou mais) e a portadores de doenças crônicas.

Muito parecido com os sintomas da SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave, descoberta em 2003) e da MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio, em 2012).

Como esse vírus se espalha?

A contaminação acontece pelo ar e por contato pessoal com secreções contaminadas, como espirro, catarro, contato pessoal próximo, gotículas de saliva e fezes.

Também é possível ser infectado ao entrar em contato com alguma superfície contaminada e, em seguida, colocar a mão na boca, no nariz ou nos olhos.

COVID-19: por que consideramos uma pandemia?

A expressão “pandemia” é utilizada quando há doenças infecciosas que ameaçam uma quantidade grande de pessoas de forma simultânea em todo o mundo. 

Geralmente, considera-se pandemia quando existe um novo vírus capaz de infectar seres humanos com muita facilidade e de ser transmitido de uma pessoa para outra de maneira rápida e contínua. 

Na história, já aconteceram diversas epidemias. A pior delas, ocorrida entre 1918 e 1920, ficou conhecida como gripe espanhola e matou mais de 50 milhões de pessoas. O volume é maior do que o total de vítimas da 1ª guerra mundial. Outro exemplo recente foi a disseminação do vírus influenza H1N1, em 2009.

A velocidade e área de alcance que o COVID-19 já atingiu faz com que ele já se encaixe na categoria pandêmica. A Organização Mundial de Saúde declarou no início do março o status pandêmico ao novo Coronavírus.

Como o Brasil está reagindo em relação à chegada do coronavírus?

Após quase dois meses do vírus ter se espalhado por todo o mundo, ele chegou ao Brasil. São mais de 2,2 mil casos confirmados no país e 47 mortes até a publicação deste artigo.

Ações tomadas pelo Ministério da Saúde

Com a detecção do vírus, o Ministério da Saúde já definiu alguns passos para a contenção e prevenção da doença. O primeiro deles foi dado antes mesmo da confirmação do coronavírus em solo brasileiro, na qual foi decretado estado de emergência em saúde pública no país.

O órgão está autorizado a contratar especialistas emergencialmente e ativar uma força-tarefa do SUS, caso haja necessidade, também está previsto a compra de materiais e equipamentos de proteção individual de forma mais ágil.

Além de todos os esforços feitos pela vigilância com a orientação de medidas não farmacológicas, ou seja, aquelas que visam reduzir a possibilidade de transmissão do vírus sem o uso de medicamentos específicos, foram definidos também planos de contingenciamento e protocolos de manejo clínico da doença.

Ações como definição de estrutura de atendimento, ampliação de leitos de UTI, definição de critérios de triagem dos pacientes, normas de isolamento, sistema de notificação de casos e orientação adequada para  proteção de profissionais de saúde estão sendo exaustivamente trabalhadas.

Quais as funções de um profissional de saúde em relação ao Coronavírus?

Profissionais da área de saúde estão na linha de frente do tratamento dos casos e devem, antes de tudo, serem protegidos da possível contaminação com o vírus. Além disso, é necessário ter treinamento para lidar com situações como essa e tratar de forma correta pacientes infectados ou com suspeita do vírus.

Confira abaixo algumas normas a serem seguidas por profissionais de saúde em casos de atendimento de pacientes com Covid-19, de acordo com a OMS:

  • Seguir protocolos de segurança nos procedimentos de saúde (acesso, triagem e tratamento);
  • Utilizar equipamento de proteção pessoal de forma apropriada, inclusive no descarte;
  • Tratar pacientes com dignidade e respeito;
  • Manter a confidencialidade do paciente;
  • Seguir rapidamente os procedimentos estabelecidos de notificação de saúde pública em casos suspeitos e confirmados;
  • Fornecer ou reforçar informações precisas sobre prevenção e controle de infecções e saúde pública, inclusive para pessoas preocupadas que não apresentam sintomas nem riscos;
  • Reportar ao seu supervisor imediato qualquer situação que acredite representar um perigo iminente e sério à vida ou à saúde;
  • Auto monitorar sinais de doença e caso aconteçam se isolar e reportar a superiores.

O que podemos fazer para nos proteger?

  • Tomar medidas de distanciamento social. Fique em casa se você puder!
  • Realizar lavagem frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel, especialmente após contato direto com pessoas doentes;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  •  Evitar contato com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.

A informação ajuda na prevenção

Buscar se informar será sempre uma prática de prevenção para que não sejamos pegos de surpresa. Para isso, mantenha-se sempre por dentro das notícias de sites confiáveis e previna-se.

Continue acompanhando nosso blog para saber de assuntos importantes sobre a área da saúde.

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Sobre Curadoria de Conteúdo - Helidea de Oliveira Lima

Helidea de Oliveira Lima, médica, mestre em Gestão de Serviços de Saúde pelo Instituto Universitário de Lisboa e especialista em Melhoria pelo Institute for Healthcare Improvement. Membro do Conselho Consultivo do Instituto Brasileiro de Valor em Saúde – IBRAVS. Membro da Câmara Técnica de Segurança do Paciente do CFM. Diretora de Qualidade da Rede D’Or São Luiz. Coordenadora e professora no Instituto de Pós-Graduação e Graduação.