Indústria 4.0: a era dos sistemas inteligentes e da convergência digital
Você já sabe o que é Indústria 4.0? Então, vem com a gente! Smartphones, tablets, computadores, máquinas, sistemas automatizados, inteligência artificial, tudo isso está se tornando tão comum em nosso dia a dia que nem nos damos conta de como a tecnologia tem grande influência na velocidade e praticidade em grande parte do que fazemos.
Mas em meio a tantas informações e mudanças advindas desses avanços, surgem algumas questões: como gerenciar todos os recursos proporcionados pela tecnologia? Como utilizá-las ao nosso favor e compreender suas contribuições para esta nova era?
Para nos ajudar a refletir sobre isso, é importante entender os conceitos do que se chama uma nova era, a era da Indústria 4.0, também chamada quarta revolução industrial, que compreende a tecnologia como um alicerce para a transformação e evolução necessárias na indústria de todo o mundo.
A Indústria 4.0 representa um conjunto de mudanças significativas nos processos e na forma como serão fabricados os produtos que consumimos, principalmente pelo impacto da união entre os mundos virtuais e físicos por meio da Internet.
Indústria 4.0 e a Tecnologia
O conceito da Indústria 4.0 surgiu na Alemanha, em 2012, a partir de um projeto do governo do país que buscava, estrategicamente, modernizar e aperfeiçoar ainda mais as indústrias locais por meio do desenvolvimento de alta tecnologia utilizada no processo de manufatura, compreendendo não só os benefícios para o âmbito financeiro, mas também e, principalmente, para a sociedade.
No contexto da quarta revolução industrial, os trabalhos de produção passam a ter cada vez menos intervenções humanas. Todo processo operacional é conectado digitalmente.
Com a Indústria 4.0, as pessoas ganham novas funções, passando a atuar na supervisão do trabalho feito pelas máquinas. O monitoramento é feito em tempo real, por meio de uma comunicação automática e interconectada.
Indústria 4.0 e seus fundamentos
Com a tecnologia a serviço da indústria, sugiram novos sistemas inteligentes, que permitiram a integração entre todos os estágios da produção de um produto ou desenvolvimento de um processo, trazendo benéficos em produtividade e aumento de eficiência.
A Engineering Simulation and Scientific Software (ESSS), multinacional brasileira de soluções em engenharia e ciência da computação, considera que a Indústria 4.0 só pode ser real com os seguintes fundamentos básicos:
Virtualização
Diz respeito a simulação de todas as etapas do processo de produção, propondo, então, uma cópia virtual das fábricas inteligentes. Esse tipo de simulação computacional contribui no monitoramento remoto de todos os processos, evitando, por exemplo, a ocorrência de falhas, além de tornar a rede de produção mais eficiente.
Modularização
Trata-se da produção ocorrer conforme a demanda, em que somente os recursos necessários para cada tarefa são utilizados. O sistema é dividido em partes diferentes e possibilita maior flexibilidade para modificar as atividades programadas para as máquinas, impactando na otimização da produção e, consequentemente, na economia de energia.
Descentralização
O processo de produção é melhorado e permite a tomada de decisão seja mais segura e certeira por meio os sistemas cyber-físicos que, de acordo coma s necessidades de produção, tomam decisões em tempo real com base em análise de dados. Nesse processo, não há dependência de ação externa.
Capacidade de operação em tempo real
Trata-se da aquisição, acompanhamento e análise de informações e dados de forma instantânea, possibilitando que a tomada de decisão aconteça em tempo real e da forma mais assertiva possível. Desta forma, todas as etapas do processo devem ser compreendidas no momento em que elas acontecem.
E além desses fundamentos da Indústria 4.0, há também alguns pilares essenciais que impulsionam a sua existência, entre elas a internet das coisas, cibersegurança, realidade aumentada, big data, análise de dados, robótica, entre outros.
Indústria 4.0: economia e mercado de trabalho
De acordo com uma pesquisa da European Parliament Reserach Service, o novo sistema industrial pode aumentar de 6 a 8% a eficiência da produção, impactando diretamente na economia mundial.
Os processos feitos poderão ser gerenciados com mais agilidade e até mais precisão, o que já tem gerado motivação em muitos empresários e trabalhadores da indústria.
E enquanto para alguns países, como Alemanha, China e EUA, esta realidade está cada vez mais próxima, no Brasil o avanço caminha em passos lentos (saiba mais sobre como o Brasil tem se preparado para a quarta revolução industrial).
Acontece que o país ainda vivencia a transição dos processos da Indústria 2.0 para a 3.0, ou seja, da linha de montagem e energia elétrica para automação, programação e robótica.
Mesmo que de forma lenta, o Brasil mostra sinais de que está no caminho certo. E para se adequar ao novo cenário, a mão de obra sofrerá diversas mudanças.
Os profissionais interessados em trabalhar nas fábricas do futuro terão que desenvolver habilidades e técnicas muito particulares. As demandas de pesquisa e formação multidisciplinar vão aumentar e algumas características que vão se destacar são:
- Capacidade de adaptação
- Senso de urgência
- Bom relacionamento interpessoal
- Formação multidisciplinar
Todas essas características serão necessárias em um contexto muito específico, em que o uso de diversas tecnologias avançadas e complexas será constante. Você está preparado? Invista na sua qualificação!