O ano de 2018 iniciou com expectativas de retomada da economia após três anos de recessão, sendo 2015 e 2016 os períodos mais críticos. Segundo um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a crise econômica provocou o encerramento de 226,5 mil lojas em todo o País. Esse cenário traz à tona uma questão importante de ser discutida: a gestão financeira.
Para o Coordenador do MBA Gestão de Negócios, Controladoria e Finanças Corporativas do IPOG, Camilo Cotrim, a crise econômica afetou profundamente o mercado brasileiro de forma geral e alguns segmentos de mercado passaram a apresentar problemas em suas estruturas financeiras.
Tais problemas iam desde os baixíssimos desempenhos de margem de lucro/contribuição, alguns segmentos bastante prejudicados, como o da construção civil, veículos e turismo, forte retração no consumo e uma necessidade urgente de se adaptar a essa realidade.
Sendo assim, as empresas precisaram se adaptar, reduzindo gastos, postergando investimentos e reduzindo o quadro de funcionários, como ações para superar este período de crise. Passaram também a demandar por profissionais mais competentes, capazes de administrar adequadamente e propor uma gestão financeira eficiente para driblar os obstáculos.
Competência X Confiança na Gestão Financeira
A demanda por profissionais competentes em cargos diretivos e gerenciais na área Financeira passou a ser grande em muitas organizações porque é muito comum encontrar cadeiras ocupadas por pessoas de confiança, mas que se trata de pessoas que nem sempre possuem habilidades para lidar com um cenário de crise.
Na verdade, o bom profissional de finanças se destaca na escassez, quando “o mar está revolto”, pois qualquer pessoa administra bem em momentos de abundância na empresa, porém as fragilidades gerenciais e executivas aparecem quando as margens são pequenas e não se pode errar.
A necessidade por pessoas que tivessem técnicas e que pudessem levar a empresa a performar melhor nesse ambiente restritivo, a partir de uma gestão financeira inteligente, foi um dos motivos que fizeram com que as empresas conseguissem superar os desafios e sobreviver”, afirma Camilo.
Nesse sentido, contar com gestores financeiros profissionalizados tornou-se algo imprescindível. Afinal, não é qualquer pessoa que consegue atuar em uma empresa quando o quadro de recessão está instalado, com vendas em queda, custos e despesas em mão contrária e clima organizacional desenergizado.
Especialização em Gestão Financeira: por que é importante?
Nós já contamos aqui no blog um case de reestruturação financeira de uma empresa que contou com os trabalhos de um professor e de um aluno do IPOG, onde é possível conferir o quanto é importante se desenvolver e estar preparado para as demandas que surgem no mercado.
A especialização em Gestão Financeira, portanto, surge para aperfeiçoar e preparar profissionais que estão dispostos a atuarem em uma área de conhecimento consolidada. Como explica Camilo, finanças não é uma “moda”, é uma necessidade, um assunto que não vence e que necessita continuamente de pessoas que entendem do que faz.
Para atender esse mercado, o IPOG conta com o MBA Gestão de Negócios, Controladoria e Finanças Corporativas. Há 9 anos especializando profissionais, o curso já possui 63 turmas abertas e recebe pessoas não só da contabilidade, administração e economia, como empresários, engenheiros e trabalhadores de outras áreas que querem aprender e entender mais sobre seus negócios para obter mais autonomia nas decisões.
A experiência dessa última crise despertou em muitos profissionais o interesse de entender melhor o que é e como funciona uma correta administração financeira e de que forma ela pode prevenir a organização de problemas e danos que possam levar à temida falência. E não há maneira mais adequada de entender isso do que se especializando.
E por trás dessa profissionalização, administradores, gerentes, empreendedores, consultores e conselheiros buscam atender o interesse de:
- Elaborar e apontar orientações mais estratégicas para o negócio;
- Elevar a performance da organização;
- Profissionalizar o negócio;
- Melhorar o processo de tomada de decisão;
- Aprender e aplicar ferramentas que leve à maior precisão e melhor desempenho;
- Elevar a margem de lucro da empresa;
- Equilibrar e controlar o caixa, as entradas e saídas de dinheiro;
- Consolidar a empresa no mercado;
- Planejar melhor e mais estrategicamente;
- Ampliar a visão sobre a organização e sua gestão financeira;
- Aumentar o networking e trocar experiências com outros profissionais;
- Maximizar resultados econômicos e financeiros;
- Investir de forma mais assertiva;
Tudo isso está ligado a uma execução correta de uma boa gestão financeira.
Ainda segundo Camilo, a partir dos comentários ouvidos em salas de aulas, “os profissionais que buscam pela especialização entendem que é necessário incrementar seus conhecimentos para abranger a capacidade de refletir sobre o negócio e enxergar caminhos novos”.
Dicas para aperfeiçoar a gestão financeira
Enxergar o todo do negócio, mais especificamente os movimentos macroeconômicos é a primeira dica do coordenador para quem deseja atuar ou simplesmente entender melhor sobre gestão financeira.
“O empresário, diretor ou gestor precisa entender quais são as perspectivas futuras não só do país, mas também do mundo. Não podemos fazer vista grossa a volatilidade do dólar, ao sobe e desce do petróleo, ao crescimento das criptomoedas, pois afetam as empresas por aqui”, afirma.
Além disso, estar informado sobre os conflitos políticos e econômicos que ocorrem entre países que conduzem os rumos do mundo, como Estados Unidos, China, União Europeia, permite uma visão de cenário mais profunda e por consequência decisões mais acertadas.
“O Brasil não tem uma economia fechada, os movimentos que acontecem nesses países afetam diretamente os movimentos das empresas no Brasil”, explica Camilo.
Outras dicas também foram elencadas por Camilo, tais como:
- Conheça e acompanhe a concorrência;
- Observe como o seu concorrente tem se posicionado;
- Fique de olho nas oportunidades que o mercado oferece;
- Acompanhe as inovações tecnológicas e as use estrategicamente em seu negócio;
- Estimule sua criatividade e de sua equipe;
- Não se desconecte da escola! Aprenda novas técnicas e invista continuamente em conhecimento;
- Esteja atento ao que ocorre à sua volta e promova mudanças;
- Desenvolva a capacidade de se reinventar;
- Mantenha o direcionamento estratégico da empresa atualizado.
Por fim, melhore a gestão financeira da empresa em que atua aplicando indicadores que possam te ajudar a avaliar a situação atual do seu negócio. E quais indicadores seriam esses?
Bom, alguns exemplos são os indicadores de qualidade e de performance, a exemplo da satisfação do cliente, da lucratividade, da margem de contribuição, do custo fixo e do ponto de equilíbrio.
Ferramentas fundamentais devem servir de manual de condução das decisões, como o Fluxo de Caixa (confira aqui um modelo de planilha sobre assunto), a Demonstração do Resultados (DRE) e o Balanço Patrimonial.
Quer saber mais? Continue navegando no nosso blog e baixe a planilha que elaboramos para te ajudar a medir a Margem de Contribuição e o Ponto de Equilíbrio da sua empresa. É grátis!