Neuroeconomia e neurociência: o que está por trás da tomada de decisão?
Psicologia, arquitetura, gestão de pessoas, educação e muitos outros setores têm se ligado à neurociência e a suas ferramentas na busca por entender o funcionamento da mente e dos comportamentos humanos, bem como a fim de obter melhorias a partir disso. A neuroeconomia é também um desses eixos de estudos.
Como se comporta o consumidor? Como funciona o cérebro ao escolher? Para além do racional, que fatores estão envolvidos na economia comportamental? Essas são algumas das questões abordadas na intersecção entre os estudos de economia e neurociências.
Com uso da tecnologia, o campo da neurociência conduz investigações capazes de mapear e observar o cérebro em condições específicas, avaliar erros e respostas inesperadas, entendendo de forma mais empírica aspectos comportamentais sobre os quais antes era possível apenas teorizar.
Quer saber mais sobre esse tema? Neste artigo, abordamos alguns aspectos essenciais dessa área inovadora e sua importância no cotidiano. Boa leitura!
O que é neuroeconomia?
A neuroeconomia é um campo multidisciplinar de estudos que tem por objetivo entender o comportamento humano em situações de tomada de decisão, especialmente aquelas de alto risco, por exemplo um investimento no mercado financeiro.
Em linhas gerais, trata-se da aplicação de ferramentas e métodos da neurociência no campo da pesquisa em economia, como acontece em outras áreas, a exemplo da neuropsicologia, neuroarquitetura etc.
A neuroeconomia analisa a atividade cerebral usando imagens avançadas e testes bioquímicos antes, durante e depois das escolhas econômicas. Esses testes são realizados por EEG (eletroencefalografia) e ressonância magnética funcional (FMRI), por exemplo.
Esse campo de estudo mostra a relação entre as tomadas de decisão e a atividade fisiológica em certas porções do cérebro ou níveis de substâncias químicas cerebrais. Resumindo, estuda não apenas o aspecto racional como também o neurobiológico.
Neurociência e neuroeconomia
Na década de 1970, os pesquisadores Amos Tversky e Daniel Kahneman resolveram combinar estudos acerca de finanças comportamentais com Psicologia Cognitiva, Neurociência Cognitiva e Economia Comportamental.
A partir de então, vários outros trabalhos seguiram explorando essa vertente. Contudo, um grande marco foi a descoberta de que os sistemas de tomada de decisão do cérebro estão relacionados a áreas no córtex frontal e nos gânglios basais.
Essas áreas computam a informação e funcionam como um conjunto de estruturas de avaliação, passando os resultados para circuitos fronto-parietais que são os responsáveis pela decisão, seguindo então para o sistema motor para execução.
Gatilhos psicológicos, funcionamento do cérebro com ou sem a interferência de substâncias, em condições particulares como depressão, lesões etc., o papel das emoções, condições genéticas e muitos outros aspectos são investigados nas pesquisas de neuroeconomia.
Nessas pesquisas, os sujeitos são expostos a um ou mais conjuntos de escolhas, enquanto os pesquisadores observam, medem e registram variáveis fisiológicas ou bioquímicas ao longo do processo de decisão.
Áreas de estudos da neuroeconomia
As pesquisas neste campo de estudo normalmente seguem três vertentes principais:
- escolha intertemporal
- tomada de decisões em âmbito social
- tomada de decisões sob risco e incerteza
A escolha intertemporal é o processo pelo qual as pessoas decidem o que e quanto fazer em diferentes momentos. Afinal, os bens econômicos podem ser valorados de forma diferente em função do tempo. Assim, nessas investigações a atenção é voltada para a relação da atividade cerebral com a impulsividade etc.
Os estudos de tomada de decisão em contextos sociais têm o enfoque em entender aspectos como confiança, justiça e reciprocidade, que aparecem nas decisões sociais que se relacionam com o funcionamento do cérebro. Normalmente, utiliza-se a teoria dos jogos com modelos matemáticos de conflito e cooperação nos testes.
Pesquisas sobre a tomada de decisão sob risco descrevem o processo de escolha entre alternativas em que os resultados são incertos e estão sob condições que podem ou não ser conhecidas pelo decisor. Esses estudos examinam como o sistema nervoso processa preferência ou aversão ao risco, por exemplo.
Qual a importância da neuroeconomia?
Entender melhor o comportamento decisório em um nível além do puramente racional pode ser um diferencial estratégico. Além disso, os estudos auxiliam a estabelecer modelos do processo decisórios mais precisos.
Com a neuroeconomia entende-se mais assertivamente o comportamento de risco, como comprometer a aposentadoria em operações duvidosas. Também compreendem-se comportamentos de consumo, como comprar algo porque outra pessoa comprou, não por necessidade.
Esse campo de estudo também auxilia a evitar decisões financeiras equivocadas e a entender os gatilhos mentais que atuam no processo neurológico.
Para vendedores, investidores e empreendedores, os insights proporcionados pela neuroeconomia geram um arsenal para entender melhor os clientes, como eles processam as informações das abordagens, como a memória e as emoções se relacionam com as escolhas, por exemplo.
Entender melhor a mente humana permite antecipar comportamentos e fomenta decisões de negócios mais assertivas e eficientes. O neuromarketing, por exemplo, é um dos campos de aplicação dos conhecimentos da neuroeconomia, permitindo criar estratégias e planejamentos que auxiliem o cliente na decisão de compra.
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