Revolução 4.0: As tendências tecnológicas para a Logística do futuro
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Revolução 4.0: As tendências tecnológicas para a Logística do futuro

Revolução 4.0

Recentemente publicamos um artigo no blog sobre o que é Inteligência Artificial e o quão presente ela está no nosso dia a dia. Hoje, voltaremos novamente ao assunto, mas para falar de um tema que é de interesse de todos: as inovações nas cadeias produtivas e na logística.

Trata-se de um tema importante a saber, pois basta relembrar a greve dos caminhoneiros para se ter uma ideia do quanto é fácil quebrar um elo logístico e de como a paralisação influenciou todos os setores da sociedade, praticamente, tomando grandes proporções.

A paralisação foi importante e mostrou a deficiência da logística brasileira, o que só justifica a urgência em investir na cadeia produtiva e aperfeiçoar a Supply Chain. No entanto, o mundo vive hoje o que o professor Edésio Lopes, coordenador do MBA em Infraestrutura de Transportes e Rodovias do IPOG, aponta como a Revolução 4.0 dentro desta cadeia. Entendamos:

Do que se trata a Revolução 4.0?

Segundo Edésio, vivemos “no cume da curva exponencial de evolução”. De forma mais simples, desde a Revolução Industrial, com a entrada de máquinas à vapor nos processos produtivos, o mundo vivenciou outras revoluções, como a aderência aos computadores e à internet nos trabalhos e processos, tempos atrás.

A Revolução 4.0, à qual se refere Edésio, é justamente o ingresso da Inteligência Artificial, mencionada acima, no setor da logística. E isso, garante o professor, já está mudando tudo!

O Supply Chain é baseado em transporte, e hoje o que temos é um elo logístico fraco, a partir do momento em que os processos forem executados por máquinas, tendo por base a inteligência artificial, a produtividade e otimização serão muito maiores”, diz.

Com a Inteligência Artificial, falhas e erros diminuirão consideravelmente e o processo de deslocamento, de transporte, se tornará mais eficiente, tanto em rodovias quanto em ferrovias. Além disso, como cita o professor, a movimentação em portos, aeroportos e em armazéns, por exemplo, será automatizada.

Pense no elo da cadeia produtiva do papel, por exemplo, desde o plantio da árvore, da extração da celulose até o produto final chegar nas mãos do consumidor. Com esse processo totalmente automatizado, os ganhos são muitos:

  • Maior eficiência;
  • Ganhos na curva de produção;
  • Melhorias desde a colheita até o transporte;
  • Otimização nos armazéns, dentre outros.

Tendências na logística e o crescimento de startups

Atualmente muitas startups estão atuando com logística e transportes e apresentando crescimentos significativos. São empresas que estão sendo vendidas e é natural que isso aconteça, visto as facilidades que elas oferecem diante de uma mobilidade caótica e um processo de transporte cheio de falhas.

Em função do aumento gradativo de automóveis, motocicletas e caminhões, a frágil e insuficiente infraestrutura de transporte já não suporta esse crescimento exponencial. Nesse sentido, essas empresas inovadoras têm buscado por tecnologias que facilitem a mobilidade urbana, a logística e os transportes como um todo.

Como exemplo temos os aplicativos de transporte, como Uber e Cabify. Mais voltado para o ramo da alimentação, o próprio iFood é um negócio que viabiliza e contribui com o processo de transporte do alimento, até que este chegue na mão do cliente.

“Cada vez mais presenciamos processos que, antes, eram feitos por telefone e que hoje são realizados por meio de aplicativos, os quais conseguem fornecer coordenadas geográficas, localização em mapas e, assim, levar ao cliente informações importantes, como o deslocamento de um produto comprado pela internet, por exemplo”, afirma Edésio.

É uma área em constante crescimento e ainda há muita inovação pela frente. Essas startups têm desenvolvido soluções de logística e mobilidade por meio de tecnologias e conectividade, além de desempenhar um papel essencial, pois quanto mais eficientes forem os processos, mais benefícios as empresas ganham e as pessoas também.

As novidades e tendências para a logística do futuro

Trouxemos logo abaixo outros exemplos de soluções tecnológicas que traduzem bem um futuro não tão distante no setor da logística. Confira:

Veículos Tecnológicos

Nos caminhões a diesel, em média, 50% dos gastos com frete se deve a compra de combustível. Uma das soluções que têm chegado são os veículos elétricos, que tornarão os custos do transporte muito mais baixos. Com o uso da tecnologia, o transporte de carga será revolucionado, tendo o tempo de viagem reduzido.

Em relação ao transporte de passageiros, algumas inovações já são quase realidades. Segundo Edésio, a Uber, por exemplo, está investindo em drones para transportar pessoas, uma espécie de “carro voador”.

Transporte compartilhado

No Brasil já existem aplicativos que conectam pessoas físicas ou jurídicas a entregadores autônomos, donos de carros, caminhões, bicicletas e que trabalham até mesmo a pé. É uma tendência parecida com os aplicativos de transporte, como a 99POP, e possibilita que veículos não andem vazios, agilizando processos de entregas.

Drones

O uso de drones na entrega de mercadorias pequenas e também em deliveries no ramo da alimentação tem sido arquitetado visto o número de produtos comprados em lojas virtuais e por aplicativos. No entanto, é preciso considerar algumas restrições, como o clima e as possibilidades de transportar no espaço aéreo.

Uso de aplicativos no planejamento de entregas

Aplicativos de transporte serão cada vez mais utilizados no planejamento de roteiros de entregas. Por meio deles, será possível identificar congestionamentos, problemas no trânsito e reprogramar os caminhos.

Inovações nos armazéns logísticos

A automação tem se tornado um ponto crucial nos espaços logísticos, por isso os investimentos pesados em tecnologia robótica já é realidade em muitos países, como a China e os Estados Unidos.

Sistemas computadorizados e caminhões robotizados contribuirão nos processos industriais, na diminuição de seus custos e erros.

O futuro também demanda por profissionais capacitados

É inegável que frente a estes cenários tecnológicos e inovadores a logística necessitará de profissionais capacitados, atualizados e especializados em tecnologia de ponta. Eles terão que lidar com dados, estatísticas, além de toda a cadeia, desde a armazenagem à distribuição. Importante lembrar que se trata de um futuro não tão distante! Você está preparado?

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Saiba mais sobre a greve dos caminhoneiros e as  excessivas cargas tributárias neste post.

Sobre Edésio Lopes

Doutor engenharia civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na área de Infraestrutura Viária, onde também obteve o seu mestrado, graduado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). É coordenador do MBA de Infraestrutura de Transporte e rodovias do IPOG; MBA Geociências e Geotecnologias; MBA Planejamento Urbano Sustentável; MBA Executivo em Logística de Distribuição e Produção. É colaborador na IDP engenharia (empresa sediada na Espanha) em projetos voltados para infraestrutura de transportes, logística e mobilidade urbana. Atuou por 9 anos como pesquisador no LabTrans/UFSC em projetos relacionados a infraestrutura de transporte em órgão federias e estaduais. Atuou como professor no setor de Geodésia no departamento de engenharia civil da UFSC e trabalhou no Laboratório de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto em projetos de auxílio à execução de planos diretores municipais.