Psicodiagnóstico infantil: entenda como funciona e as etapas da avaliação
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Psicodiagnóstico infantil: entenda como funciona e quais são as etapas de avaliação

Psicodiagnóstico infantil: entenda como funciona e quais são as etapas de avaliação

O psicodiagnóstico infantil está entre os principais desafios da avaliação psicológica em crianças porque, ao contrário de outros processos de entrevistas, durante esse processo o profissional executa um papel ativo e passivo.

Em seu papel ativo, o profissional precisa interagir com a criança, garantindo um ambiente confortável e acolhedor. Isso permite e estimula a espontaneidade, facilitando o diagnóstico e entendendo os conflitos do paciente.

Já passivamente, o papel do psicólogo segue como um observador para entender e desvendar o papel das figuras materna e paterna intrinsecamente, e a sua relação com o meio em que vivem.

Para explicar melhor como funciona o psicodiagnóstico infantil, o IPOG preparou este artigo e reuniu tudo o que você, psicólogo, precisa saber sobre esse assunto.

Conheça, também, uma opção de especialização para quem deseja ampliar os conhecimentos em psicodiagnóstico infantil.

O que é psicodiagnóstico infantil?

O psicodiagnóstico infantil é a avaliação psicológica que visa identificar os pontos positivos e negativos dos fenômenos emocionais do paciente, permitindo o diagnóstico de uma possível psicopatologia. Dessa forma, o profissional avalia e identifica quais são os problemas e as soluções mais indicadas para resolvê-los.

O psicodiagnóstico e o estudo da psique conta com técnicas e testes psicológicos que dão luz aos possíveis problemas psicológicos. Tudo isso acontece a partir do olhar passivo ou ativo do profissional durante os processos de entrevistas, que acontecem a cada nova consulta.

No caso do psicodiagnóstico infantil, o processo de entrevista é diferente, pois há o auxílio de acessórios, mais especificamente de brinquedos e atividades lúdicas. Durante essas brincadeiras ativas, o psicólogo também exerce o papel de observador, que tem caráter passivo.

A partir disso, o processo de avaliação começa e segue por tempo indeterminado até o psicólogo ter as informações necessárias para diagnosticar a criança e determinar a solução adequada.

Na prática, o diagnóstico na infância costuma ser um pouco mais difícil, por isso deve ser feito por um profissional adequado e, preferencialmente, especializado no público infantil.

Como funciona o psicodiagnóstico infantil?

O psicodiagnóstico infantil se inicia no processo de entrevista com as figuras paternas da criança em busca de histórias importantes, seja da criança, seja até mesmo da família e das pessoas próximas ao paciente.

Fora isso, o psicólogo realiza testes de aptidão na criança. Desse modo, o profissional avalia o desenvolvimento e as capacidades físicas, e não se limita apenas à saúde mental.

Ao contrário da psicoterapia mais popular, todo o atendimento infantil funciona de forma lúdica. Justamente por isso, as brincadeiras e os estímulos por meio de jogos, desenhos, testes, brincadeiras e atividades são bastante comuns durante as sessões.

No modelo atual, todo o processo até o psicodiagnóstico acontece com a participação dos pais ou das figuras responsáveis pela criança. Porém, vale destacar que nem toda sessão é realizada com os pais do paciente no mesmo ambiente.

Em alguns casos, a intervenção separada é necessária para garantir mais conforto e conexão à criança para tocar em determinado assunto.

Ainda assim, essas decisões não são exclusivas do psicólogo, e a todo momento os pais podem ou não concordar com o atendimento individual da criança.

Por fim, vale destacar que todo o processo de psicodiagnóstico interventivo infantil depende do profissional responsável pela avaliação e, acima de tudo, da criança em si. Portanto, caso a criança não queira brincar, cabe ao psicólogo encontrar outras formas de avaliação.

Avaliação psicológica e psicodiagnóstico infantil: qual é a importância?

Por causa da pandemia de covid-19, as crianças e adolescentes estão mais suscetíveis a psicopatologias, principalmente aos transtornos de ansiedade e depressão, assim como adultos e idosos.

De acordo com um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que ouviu mais de 7 mil crianças e adolescentes em todo o país, um em cada quatro jovens tem transtornos com ansiedade e depressão em níveis clínicos.

Por conta do período inédito de lockdown e isolamento social, a pandemia provocou uma mudança nos hábitos das crianças e adolescentes. A partir disso, a sensação de estresse e esgotamento mental provou ou até mesmo agravou os transtornos mentais.

Assim, as crianças que até então estavam suscetíveis às psicopatologias agora podem ter tido o problema agravado para nível clínico, quando há a necessidade de psicodiagnóstico interventivo.

Além do mais, é possível realizar o diagnóstico de transtornos de aprendizagem, como Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), entre outros.

A importância da avaliação psicológica e do psicodiagnóstico infantil também se dá pela possibilidade de construir um projeto terapêutico efetivo. Assim, os aspectos mais urgentes para o tratamento são tratados e não impactam o desenvolvimento da criança.

Quais pontos devem ser considerados durante a avaliação psicológica?

A avaliação psicológica de crianças e adolescentes é construída por meio de diversas observações, sendo que algumas delas não têm relação direta com o paciente.

O primeiro passo é avaliar o desenvolvimento da criança. Geralmente, cada idade apresenta certas características e, ao observar algum atraso no desdobramento do paciente, o psicólogo deve procurar as causas para o fenômeno.

Em paralelo, a avaliação do emocional e dos comportamentos do paciente também é parte fundamental do psicodiagnóstico infantil. Fora isso, as brincadeiras e os testes de aptidão física são igualmente indispensáveis para determinar a qualidade das funções motoras.

Em relação à família, é importante avaliar e entrevistar os pais com o propósito de entender as condições nas quais o paciente está sujeito. Assim, conforme haja necessidade, o psicólogo pode aprofundar e pesquisar ainda mais certos aspectos que fazem parte do desenvolvimento da criança ou do adolescente.

Como realizar uma avaliação psicológica infantil?

Para facilitar o processo de psicodiagnóstico infantil, o IPOG separou algumas observações que auxiliam no processo de avaliação. Veja abaixo.

1. Dê tempo ao paciente

Nem toda criança ou todo adolescente está disposto a ceder ou até mesmo participar de sessões de psicodiagnóstico interventivo. Justamente por isso, leve isso em consideração e tente dar o máximo de tempo ao seu paciente.

2. Mantenha um diálogo franco com os pais

A franqueza está entre os principais pilares da psicologia. No caso da psicologia infantil, ela tem um papel ainda mais importante por garantir honestidade entre o profissional e as figuras paternas.

Sendo assim, tente manter uma comunicação honesta com os pais ou responsáveis e busque passar informações importantes para eles, mas que não afetem a psicoterapia do paciente.

3. Pergunte-se sobre o seu perfil

Nem todo psicólogo está pronto para realizar intervenções com crianças e adolescentes. Portanto, leve esse ponto em consideração e faça algumas perguntas para si, como: “eu gosto de brincar?”; “me vejo fazendo concessões para os pais?”; “tenho brinquedos e atividades lúdicas para os pacientes?”, entre outros dilemas que podem surgir.

A partir disso, você, psicólogo, garante que a psicologia infantil não gerará nenhum tipo de incômodo ou situação de desencontro entre expectativa e realidade.

4. Relacione conflitos com a sua teoria base

As crianças e os adolescentes não são tão claros na hora de se comunicar como os adultos. Mesmo assim, nenhum conflito apresentado pode ser descartado imediatamente.

Com isso em mente, tente anotar todos os conflitos possíveis e sempre busque relacioná-los à sua teoria base.

5. Faça uma especialização

O conhecimento sobre o raciocínio sistêmico, crítico, lógico e clínico é útil para qualquer área da psicologia. Sendo assim, faça uma especialização e garanta uma preparação antes de executar psicodiagnóstico infantil, avaliando e executando análises mais detalhadas e profundas, principalmente se tratando de um público que precisa de atenção especial.

Por meio da especialização, você terá contato com metodologias e ferramentas capazes de guiar a sua trajetória profissional para atuar na área de psicodiagnóstico infantil. Nesse sentido, o IPOG oferece a pós-graduação em Avaliação Psicológica.

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