Confira 4 técnicas cognitivas e comportamentais para você aplicar agora

São muitas as técnicas cognitivas e comportamentais que têm sido utilizadas nas abordagens da prática clínica com ótimos resultados. Isso vem contribuindo para a crescente visibilidade e demanda pela abordagem cognitivo-comportamental.

A terapia cognitivo-comportamental, bem como as suas ramificações (aceitação e compromisso, comportamental, analítico-cognitiva, racional emotiva comportamental), está fundamentada em uma larga base científica documentada ao longo de décadas, com contribuições de diferentes ramos da psicologia.

Considerando a amplitude de técnicas de intervenção e a fim de ter um domínio para a prática clínica, muitos profissionais graduados buscam capacitação por meio de um curso de especialização

Neste artigo, abordamos quatro das principais técnicas cognitivas e comportamentais utilizadas no âmbito da psicoterapia clínica, a fim de que se possa conhecer esse espectro de possibilidades e entender o seu uso com pacientes/clientes.

Vamos lá?

Quais são os princípios da terapia cognitivo-comportamental (TCC)?

Como é sabido, a TCC tem feito parte da caixa de ferramentas de muitos psicólogos com o intuito de auxiliar pessoas que apresentam transtornos mentais diversos, como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, fobia social, entre outros. 

Além disso, as técnicas cognitivas e comportamentais auxiliam em outros aspectos da vida humana, a exemplo de relacionamentos, decisões na vida profissional, luto, problemas de aprendizagem e desenvolvimento pessoal.

A abordagem cognitivo-comportamental se orienta, de forma resumida, pela ideia de que há três níveis basilares de processamento cognitivo (pensamentos automáticos, crenças intermediárias, crenças nucleares), e são esses padrões de pensamento que gerenciam os comportamentos e as reações emocionais e físicas.

Contudo, os estudos desse campo permitiram entender que essas crenças ou esses padrões de pensamento podem ser monitorados, flexibilizados e alterados, de modo que as emoções, as reações físicas e os transtornos sejam encaminhados a uma melhor qualidade de vida.

Em linhas gerais, depois de identificadas as distorções cognitivas, isto é, as falhas, as limitações e a falta de objetividade nos pensamentos e nas crenças pessoais, a aplicação das técnicas cognitivas e comportamentais ajuda o paciente a ter maior controle sobre esse aspecto, além de uma postura mais crítica e ativa de mudança.

4 técnicas cognitivas e comportamentais usadas no processo psicoterapêutico

Um dos objetivos centrais da terapia cognitivo-comportamental não é somente proporcionar melhoria dos transtornos de que uma pessoa padece, mas também que ela possa adquirir outros hábitos.

Nesse âmbito, as técnicas cognitivas e comportamentais devem promover autonomia para que, futuramente, fora da terapia, que é um processo com duração limitada, a própria pessoa tenha condições de aplicar sozinha o que aprendeu para alcançar seu bem-estar.

Confira a seguir 4 técnicas cognitivo-comportamentais entre as mais usadas e eficientes:

1. Registro de pensamentos disfuncionais

Essa técnica consiste em manter um registro escrito, como um diário, no qual devem ser descritos os elementos disfuncionais em termos de pensamentos e comportamentos.

Aspectos como detalhes da situação, origem das emoções, extensão, intensidade, reações físicas, conteúdo dos pensamentos disfuncionais e tudo mais que possibilitar uma reconstrução desses eventos.

O registro de pensamentos distorcidos serve, primeiramente, à formação de uma consciência e uma reflexão do paciente sobre como se comporta em diversas situações, saindo da lógica automatizada. Além disso, com base nesses dados, o terapeuta pode tomar decisões quanto ao tratamento.

2. Questionamento socrático

Notadamente, uma das técnicas cognitivas e comportamentais mais famosas e associadas com a prática psicoterapêutica refere-se ao método no qual o psicólogo ou terapeuta realiza uma série de perguntas, a fim de auxiliar o paciente no processo reflexivo e de identificação de pensamentos e crenças disfuncionais.

Com base na linguagem das respostas ofertadas, tanto terapeuta quanto paciente têm condições de perceber padrões, as relações complexas que são manifestadas no pensamento e no comportamento.

Vale ressaltar que não cabe ao psicólogo responder e dizer as soluções para seus pacientes, mas sim criar um roteiro de aprendizagem e de possibilidades, que permitirá a tomada de decisões a partir de outras perspectivas e de forma mais crítica e consciente.

3. Técnicas de relaxamento

Esse método é muito conhecido entre as pessoas que praticam o mindfulness. Na psicologia, é muito eficaz com pacientes que enfrentam ansiedade ou fobias.

A questão é que essas pessoas podem experienciar, diante de certas situações,  manifestações físicas, como falta de ar, tremores, tensão muscular etc.

Assim, entre as técnicas de relaxamento está a reorganização da respiração, que consiste em respirar em certos ritmos, frequências e métodos, a fim de oxigenar melhor o corpo, estabilizando os sintomas e ampliando a concentração.

Os métodos são ensinados durante a terapia e, posteriormente, as pessoas podem utilizá-las sempre que estiverem diante de eventos-gatilhos.

4. Dessensibilização sistemática

Trata-se de uma técnica de exposição; isto é, de forma guiada, normalmente em contexto imaginativo e não físico, o paciente é colocado diante dos aspectos ou eventos que disparam sintomas, emoções e pensamentos disfuncionais.

Nesse processo, o paciente tem a chance de experienciar suas reações e seus pensamentos de forma gradual diante dos elementos de tensão, para que, ao longo do processo, alcance novas perspectivas, modificando seu comportamento.

É especialmente eficaz para casos de ansiedade e de síndrome do pânico, pois cria um ambiente seguro para que uma situação desafiadora seja experimentada até que deixe de causar tensão. Pode ser combinada com técnicas de relaxamento.

Escolher as melhores técnicas cognitivas e comportamentais para uma psicoterapia é um processo muito complexo. Primeiro porque há dezenas de métodos, segundo porque é preciso considerar as especificidades do paciente, se são crianças, adolescentes, casais, seus desafios, suas metas e seu desenvolvimento.

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