O Brasil vive hoje uma crise sem precedentes, de cunho político e institucional, que reverbera diretamente na economia brasileira. Ao analisarmos o cenário macroeconômico notamos uma falta de confiança em todas as esferas quanto ao momento de se retomar os investimentos. Contudo, você sabe se preparar ou já está preparado para esse cenário de recuperação econômica?
O crédito está mais escasso no mercado em decorrência desse cenário de incertezas políticas. E sem crédito disponível, alguns setores sofrem mais que outros, como o imobiliário e o da construção civil. Chegamos ao nível de registrar 50% de distratos de contratos de venda de imóveis no país.
Em outra ponta, setores de consumo primário como alimentação vem mantendo-se inalterados. Em alguns casos, como no do Agronegócio, conseguimos até bater recordes de produção. Vivemos em uma economia forte, pautada por bancos sólidos e grandes empresas, que estão à espera do momento exato de retomarem o crescimento.
Por que as empresas estão receosas em investir nesse momento?
O que acontece no país é uma insegurança generalizada, que faz com que o consumidor acredite não ser o momento de fazer aquisições maiores por medo de perder o emprego e não conseguir honrar o compromisso ou por falta da oferta de crédito para bancar tal aquisição.
Por outro lado, o empresário fica inseguro de ampliar seu negócio e não ter demanda suficiente para arcar com os custos do investimento. Dessa forma, todos acabam assumindo a postura de que não é o momento ideal para se investir, ficando ambos – consumidores e empresas – sem tomar atitudes que os permitam movimentar a economia do país.
O que as empresas devem fazer para sobreviver a essa crise institucional?
Primeiramente, é preciso ter em mente que as estratégias adotadas em momentos de crise servem unicamente para períodos críticos, e não são lições que devem ser repercutidas em épocas de prosperidade.
Lembrando que toda crise é cíclica, ou seja, tem um início e, felizmente, um fim. Logo, a sua estratégia é meramente de sobrevivência diante de um período desfavorável, para colher os frutos do crescimento assim que a turbulência passa.
Ações de sobrevivência para a recuperação econômica :
Estabilizar vendas
É importante que o empresário entenda que neste momento raramente crescerá as vendas. Pois, neste momento de crise, quanto mais vendas efetuar, mais necessidade terá de capital de giro para custear o aumento da produção, a mão de obra empregada, ações de marketing, entre outros detalhes. Em crise, o melhor é estabilizar as vendas pois o mercado não oferece crédito facilmente para bancar ações de ampliação de produção.
Rigor na gestão do caixa
Você não vai querer ficar sem recursos em um momento em que o mercado está controlando o crédito. Ou seja, crise não é hora de investir mas de administrar os recursos próprios para não depender do crédito alheio.
Cortar despesas supérfluas
Esse quesito a crise contribui e muito para fazer a detecção de quais setores estão empregando recursos supérfluos, que são perfeitamente cortados e entram para a conta da economia da gestão patrimonial. Muitas vezes, passada a crise, as empresas optam por manter uma gestão mais enxuta, identificada como eficiente no período de crise.
Trabalhar produtos com margens mais atrativas
Esse é o momento de investir nos produtos e serviços que rendem maior margem. Apenas em momentos de abundância é possível lançar mão da estratégia de trabalhar com margem zero, quando se almeja conquistar aquela fatia de mercado. A máxima agora é se manter capitalizado para ter fôlego suficiente para superar a recessão.
Renegociar dívida
Faça um pente fino nos seus empréstimos, renegocie melhores vantagens, formas de pagamento e menores juros com seus credores.