Vale a pena fazer um MBA em Marketing Digital mesmo já atuando na área?
O questionamento, válido e pertinente, foi feito pela Juliana Silva em seu LinkedIn, após iniciar o primeiro módulo do MBA em Marketing e Inteligência Digital do IPOG, no fim de junho, em Florianópolis.
Graduada em Comunicação Social, Juliana trabalha com Marketing desde a década de 90. São 23 anos de carreira, tendo passado por veículos de comunicação, agências, produtoras, departamentos de marketing de empresas públicas e privadas.
Atualmente ela trabalha como head de Customer Success na O2Obots, empresa que atua com chatbots especializados na qualificação de leads para máquina de vendas.
Trata-se de uma startup em que Juliana pôde estudar toda a jornada do cliente e elaborar o workflow de nutrição e monitoramento das métricas necessárias para validação do on boarding e resultados dos clientes em curto, médio e longo prazo.
Ela acompanha, em tempo real, as dores dos clientes e atua em parceria com o desenvolvimento do produto, colaborando nas correções e melhorias necessárias.
A decisão pelo MBA em Marketing Digital
Aos 42 anos de idade, com um currículo extenso, muita experiência e uma carreira consolidada na área de Marketing, Juliana optou por se especializar em Marketing Digital somente agora por acreditar que este é o momento certo. E você já vai entender o porquê.
Em um dos trechos do texto publicado em sua rede pessoal, Juliana explica que a pergunta feita no início deste artigo a perseguiu por anos.
“Desde quando trabalhei na Morphy, em Blumenau, lá nos idos de 2009, eu já considerava a possibilidade de buscar uma pós que validasse alguns conhecimentos empíricos e outros já incorporados à rotina diária de uma empresa com foco em soluções digitais.” Trecho retirado de seu relato.
A decisão em se especializar em Marketing Digital veio quase uma década depois justamente devido à “imaturidade do mercado”, isto é, um campo de conhecimento e técnicas que ainda teria muito a desenvolver e aprofundar.
Já sabemos o quanto o Marketing é volátil e se transforma a cada dia, no entanto, as oportunidades de mercado, de aprendizagem e aplicação do Marketing Digital nas organizações chegou a tal ponto que, mesmo que um profissional esteja há anos trabalhando na área, ele ainda terá muito o que aprender dentro de uma sala de pós-graduação.
Uma forte realidade chamada Marketing Digital
É como Juliana define este campo no mercado da comunicação como um todo. Hoje, como ela aponta, o Marketing está muito mais aliado a vendas, proporcionando a entrega de leads como a comunicação tradicional nunca conseguiu fazer.
Ao acompanhar essa evolução do Marketing, Juliana pôde perceber que hoje é possível falar do assunto de forma mais madura, a partir da discussão de cases, avaliação de metodologias, ferramentas, processos, dentre outros.
O mercado precisou errar, acertar e aprender. Acredito que agora já temos uma boa base para replicar conteúdos”, pontua.
Do velho e bom Marketing ao novo e bom Digital
Ao analisar o mercado atual, Juliana destaca que o Marketing mudou muito e não mudou nada ao mesmo tempo. Mas como assim?
Ela explica que, mesmo com todas as transformações, o produto precisa continuar sendo bom e o ótimo atendimento ao cliente também precisa ser praticado continuadamente para render uma boa experiência.
Além de que preço nem sempre é diferencial e planejamento continua sendo essencial. Tudo isso, segundo ela, é “velha guarda”. A grande questão é que agora os meios mudaram e a comunicação se dá em via de mão dupla com o consumidor:
- As empresas podem falar, mas também precisam saber ouvir;
- A resposta pode vir descrita, em opiniões e comentários nas redes sociais ou através de números e gráficos;
- A cada dia surgem novas ferramentas para acompanhar e medir os resultados dos investimentos realizados;
- Mais do que nunca é importante entender a mudança do comportamento desse consumidor, muito mais conhecedor do que está comprando e muitos menos dependente do vendedor;
- A linguagem precisa ser adaptada, não se fala mais com “massa”, cada cliente deve ser considerado.
Dessa forma, para Juliana, em pouco tempo não haverá viabilidade para empresas e profissionais do setor que não tiverem o mínimo de conhecimento da área.
O primeiro contato com a pós-graduação em MD
Em seu primeiro fim de semana de pós-graduação em Marketing Digital pelo IPOG, Juliana pôde acompanhar o módulo sobre inbound, ministrado pelo professor Carlos Costa.
Suas impressões são positivas: “Percebi uma equipe muito profissional e dedicada, com respeito aos horários, aos conteúdos propostos e a adequação do ritmo do professor ao mix da turma”, comenta.
Especificamente sobre esse módulo, Juliana pôde perceber um interesse em trazer um novo foco sobre o assunto, uma vez que em Florianópolis abundam palestras e seminários a respeito de inbound.
“Foi interessante ouvir o professor Carlos, também profissional de mercado, trazendo sua visão de outro Estado, com outra percepção e propondo o pensar “fora da caixa“.
Pós-graduação em Marketing: a jornada para o empreendedorismo
“Empreender está no meu DNA“. A trajetória profissional de Juliana só reforça essa afirmação, visto as vezes em que empreendeu ao abrir agências de comunicação (BGB Creatives e Aldeia Comunicação) e até mesmo no mercado de gastronomia com um foodtruck.
Com a especialização em Marketing Digital pelo IPOG, o sonho de continuar empreendendo permanece:
Não posso dizer que não empreenderei novamente após a especialização, vai depender do mercado e das oportunidades. Mas com certeza uma vontade que tenho desde já é a de poder compartilhar todo este conhecimento de alguma forma”, diz.
O MBA é uma oportunidade de colocar alguns conhecimentos à prova, reciclar e trocar informações com outros profissionais. E de quebra compartilhar com a turma algumas estratégias que funcionaram e os resultados. Além disso, o networking sempre é rico e produtivo.
Por fim, como Juliana finaliza o seu texto é como acaba este artigo.
“Então sim, vale a pena. Agora vale.”