Retail Design pode ser uma oportunidade para a sua carreira
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Faça do Retail Design uma oportunidade para sua carreira

Retail Design oportunidade na crise

Retail Design vem ganhando cada vez mais importância no Brasil. Trata-se da arquitetura voltada para proporcionar uma boa experiência de compra. É pensar no ponto de venda como um espaço que traz características da marca e onde iluminação, produto, comunicação visual, produtos, equipe de vendas… Tudo se comunica.

Há quem defina o Retail Design como o design de varejo:

É a prática projetual criativa responsável por pensar a organização espacial, comunicativa e experiencial de um espaço interno e/ou externo, com o objetivo de facilitar e incitar a venda de bens e serviços ao consumidor final.

Logo, trata-se também de uma estratégia para alavancar as vendas a partir da arquitetura.

Para entender melhor sobre este tema, convidamos um especialista no assunto. O professor Gabriel Bachilli, professor do IPOG na Pós-Graduação Master em Arquitetura e Lighting e em Design de Interiores – Ambientação e Produção do Espaço.

Confira o que falou sobre o tema:

Retail Design como estratégia em meio à crise

No momento em que o país vive uma crise econômica, falar de Retail Design é importante para o ramo da arquitetura. A maior porção do mercado de arquitetura ainda é, pelo menos, culturalmente, associada ao residencial e interiores. Se observarmos pesquisas feitas pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), podemos verificar esses dados.

Sendo assim, o varejo ainda é um vasto campo a ser explorado. Em tempos de crise, os primeiros itens a serem cortados das despesas das famílias é o que consideram luxo. Por essa ótica, intervenções de arquitetura na área residencial tendem a diminuir consideravelmente, em especial no ramo de interiores residenciais.

Esse “corte” impacta uma porção enorme de arquitetos e designers que atuam com esse tipo de cliente.

Além do exposto acima, presenciamos uma evolução tecnológica incrível. Essa evolução tem um efeito na forma de como os consumidores se comportam e o modo como fazem uso dos espaços.

Retail Design e a experiência do consumidor

A importância disso no Retail Design é que, além de afetar os projetos de arquitetura e design pelo próprio uso da tecnologia nas áreas de vendas e operação de lojas, restaurantes e etc, a concorrência que as compras online, com todas as suas facilidades de pagamento e uso de smartphones, fazem às lojas físicas, ele ainda trabalha com a experiência das pessoas.

Ganhar o coração do cliente e fazê-lo voltar a uma loja física é uma tarefa árdua e que engloba diversas esferas de trabalho do dono do negócio, o varejista. Ele tem uma necessidade constante de reinventar o seu negócio, estruturar-se e oferecer uma experiência acima da média para o seu cliente.

Uma das esferas que pode ter um grande apelo aos consumidores é, justamente, o espaço físico de um ambiente comercial e como ele faz o usuário se sentir dentro daquela loja.

Retail Design – Oportunidade no Mercado

Nesse contexto, surge uma oportunidade de trabalho para arquitetos e designers. Essa reinvenção gera um volume de trabalho com grandes possibilidades conceituais e técnicas. Porém, é um ramo muito diferente do residencial, pois trabalha com alguns pontos marcantes:

  1. Prazos enxutos que precisam ser atendidos;
  2. Decisões conscientes em termos de materiais;
  3. Especificações que atendam tanto aspectos estéticos como técnicos;

Além disso, é preciso entender o negócio do cliente. Além de entender de arquitetura, entender como o cliente varejista trabalha e funciona é o desafio do arquiteto e designer.

Ou seja, cabe ao profissional contratado trabalhar não apenas as questões de conceito de arquitetura e design, mas também trabalhar a imagem da empresa que o contratou. O trabalho do retail designer é justamente aliar os conhecimentos técnicos de arquitetura, design, fluxos, merchandising com as questões de imagem empresarial e branding, criando, assim, o conceito e atmosfera de uma loja.

A aplicação desses conceitos tem duas premissas básicas:

  1. Entendimento do público-alvo;
  2. Como atrair a atenção deste público.

O consumidor precisa se identificar com uma marca, seja de uma loja, empresa, produto. Quando existe a identificação, a interação acontece de forma mais natural e, portanto, o cliente acaba se sentindo mais à vontade. A consequência é a venda.

O trabalho do profissional de arquitetura e design é maior que atrair o cliente a entrar na loja na primeira vez, mas criar uma ambientação agradável e diferenciada, que atenda os diferentes momentos que compõem a compra.

Nesse trajeto do cliente dentro da loja, a marca varejista precisa estar sendo trabalhada de maneira constante, porém sem ser cansativa. Aí surgem os elementos gráficos que compõem a marca do retailer para alimentar os profissionais de ideias sobre como trabalhar o branding dentro da loja, criando uma estética coerente e coesa na obra.

Nós, da AC Arquitetura Integrada e da ACMA Design Visual e Comunicação, criamos duas empresas associadas justamente por este motivo. Uma equipe multidisciplinar de arquitetos, designers e publicitários se une para analisar todas as frentes que podemos trabalhar em um projeto, unindo a arquitetura, design gráfico, comunicação visual e marketing. Assim conseguimos chegar em um resultado em termos conceituais e funcionais muito bem alinhado e harmônico, além de oferecer aos clientes um escopo de trabalho mais completo.
E aí, gostou deste tema? Quer saber mais sobre o assunto. Deixe abaixo suas dúvidas!

 

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Sobre Gabriel Bachilli

Professor IPOG, Arquiteto e Urbanista. Especializado pelo IPOG, no curso MBA Gestão de Projetos de Engenharias e Arquitetura. Sócio-proprietário da AC Arquitetura Integrada, em Porto Alegre, RS. Trabalha com gerenciamento e projetos de arquitetura e comunicação visual de pequeno a grande porte na área de arquitetura comercial, com foco em varejo e serviços, especificamente super e hipermercados, restaurantes, lojas, escritórios corporativos e centros de distribuição, atendendo as principais redes varejistas do país.