Sistemas de impermeabilização: conheça os mais usados na construção civil

Infiltrações, mofo, erosão e mesmo o comprometimento da estrutura são alguns problemas recorrentes em construções e precisam ser evitados com sistemas de impermeabilização.

Na construção civil, a impermeabilização é um aspecto fundamental e deve receber a devida atenção no gerenciamento de uma obra, pois a segurança, a qualidade da edificação e o bem-estar dos usuários são diretamente impactados nesse contexto.

Infelizmente, em muitos projetos, essa parte da construção é negligenciada, seja porque muitas vezes ela não é visível no produto final ou porque é fortemente afetada pelas medidas de redução de custos.

É comum também que haja desinformação e que os sistemas de impermeabilização sejam considerados apenas no fim da obra, o que não é ideal.

Contudo, uma impermeabilização bem feita é uma boa forma de prevenção de problemas futuros; quanto antes for considerada no desenvolvimento de um edificação, mais contratempos podem ser eliminados. Tudo isso gera economia de material, mão de obra e tempo.

Mas quais são os sistemas de impermeabilização existentes? Qual o melhor para cada cenário construtivo? Essas são algumas das questões que abordamos neste artigo. Boa leitura!

O que são sistemas de impermeabilização?

Os sistemas de impermeabilização são o conjunto de ações e técnicas construtivas que implementam camadas com o objetivo de proteger as edificações de umidade, chuva, poluentes no ar, entre outros agentes e intempéries, bem como de ações incidindo sobre a estrutura.

A camada impermeável vai selar, isolar e vedar fendas e porosidade em paredes, lajes, tetos etc., otimizando a vida útil de construções comerciais e residenciais.

Normatização

Os sistemas de impermeabilização estão regidos pelas normas NBR 9574:2008, que se refere à execução, e NBR 9575:2010, que fala sobre a seleção e o projeto.

No Brasil, a preocupação em padronizar o projeto de impermeabilização, que é tão importante quanto os projetos de hidráulica e elétrica, data do fim dos anos 1960. Em 1975, foi publicada a primeira norma pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e quando o IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização) foi criado.

A NBR 9575:2010 é a mais nova versão da norma e tem como foco estabelecer os requisitos que asseguram a estanqueidade das partes de uma construção.

Quais são os sistemas de impermeabilização mais usados na construção civil?

A classificação prevê dois tipos de impermeabilização: rígida e flexível. Elas são consideradas em função do grau e da possibilidade de fissuração.

Impermeabilização rígida

Esse tipo de impermeabilização se caracteriza pelo baixo poder de absorver deformações da base, especialmente fissuras e trincas. Esse processo acontece pela inclusão de aditivos químicos somada à adequada granulometria dos agregados, a fim de obter a redução da porosidade. 

A aplicação da camada de estanque é feita diretamente sobre a base, sem camadas complementares. Justamente por não trabalhar com a estrutura, não é recomendada para áreas com muita movimentação e variações térmicas.

Tipos de impermeabilização rígida

  • Argamassa polimérica
  • Argamassa com hidrofugantes
  • Resina epóxi
  • Concretos com e sem aditivos impermeabilizantes
  • Cimentos poliméricos e cristalizantes

 Algumas áreas que usam impermeabilização rígida

  • Poço de elevador, reservatório inferior de água ou outras áreas com carga estrutural estabilizada
  • Subsolos, galerias e piscinas enterradas ou locais com condições térmicas em constância

Impermeabilização flexível

Esse tipo se refere ao grupo de materiais ou produtos adequados para a aplicação em partes construtivas sujeitas à fissuração e a outras condições não contempladas pelo modelo anterior. Elastômeros e polímeros compõem os materiais nesse tipo de impermeabilização.

Esse modelo pode ser divididos em dois tipos:

  1. Membranas (moldadas in loco): espessura variável, aplicação em camadas superpostas, utilização fácil em áreas com muitas interferências.

  1. Mantas (pré-fabricadas): espessura controlada pelo processo industrial, aplicação em camada única, uso mais difícil em contextos com muitas interferências.

Algumas áreas que usam impermeabilização flexível

Terraços, coberturas, áreas descobertas, pisos frios/molhados (banheiro, cozinha etc.), piscinas e caixas d’água suspensas, lajes maciças, mistas ou pré-moldadas, entre outros locais sujeitos a trincas, vibrações e outros agentes.

Os sete sistemas de impermeabilização mais usados
1. Hidrofugante
Baseado em materiais hidrofóbicos, bloqueia a penetração da água e impede que o local fique molhado.
2. Hidrorrepelente
Funciona da mesma forma que o hidrofugante, porém a área pode ficar molhada.
3. Calafetador
Usa-se massa acrílica para que a estrutura possa se movimentar.
4. Emulsão acrílica
Trata-se de uma membrana líquida, com base acrílica.
5. Emulsão asfáltica
Refere-se a um composto de asfalto, cuja aplicação é feita a frio.
6. Argamassa impermeabilizante polimérica
Argamassa industrial já com aditivos impermeabilizantes. 
7. Manta asfáltica
Pré-fabricada, pode ser composta de diversos materiais e contém asfalto modificado.

Como escolher os sistemas de impermeabilização em uma obra?

Gerenciar corretamente o planejamento e a execução dessa etapa construtiva envolve avaliar múltiplos fatores, como:

  • Comportamento físico do elemento, ou seja, agentes e elementos do entorno que podem causar interferências no componente de base, a exemplo de cargas
  • Exposição solar
  • Contato com a água, umidade, pressão hidrostática
  • Interferência com as instalações
  • Custos
  • Durabilidade
  • Espessura
  • Resistência mecânica
  • Resistência química
  • Flexibilidade 
  • Condições de aplicação e reparo

Na prática, além desses, há muitos outros requisitos que devem ser considerados; por essa razão, conhecimento técnico amplo e aprofundado é essencial para que os engenheiros possam tomar as decisões com assertividade.

Afinal, bases com perfis diferentes exigem soluções em sistemas de impermeabilização diversos, alinhados às demandas específicas.

Qualidade em todas as frentes, sustentabilidade e segurança nas obras são metas importantes para profissionais e clientes. Não é possível alcançar excelência nesses pontos sem a devida atenção com a impermeabilidade, que, especialmente pelo seu caráter preventivo, faz toda a diferença em qualquer projeto construtivo.

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