A gestão de riscos corporativos (GRC) é uma área estritamente ligada aos cargos de liderança, ou seja, todo executivo à frente de pequenas, médias e grandes empresas deve ter conhecimento a respeito do gerenciamento de crises do negócio.
Na prática, esse conceito trata-se de realizar mudanças com o propósito de alcançar determinados objetivos dentro da empresa. Por exemplo, o contador responsável pelo planejamento tributário pode adotar os princípios da gestão de riscos para bater determinadas metas, como economia tributária, redução de erros ou otimização de processos.
Em todo caso, a gestão de riscos corporativos apresenta princípios claros que consideram todos os tipos de organizações, afinal qualquer negócio enfrenta algum tipo de ameaça, desde acidentes no ambiente de trabalho até as inconsistências nos processos internos.
Portanto, caso você queira saber mais sobre o tema, leia este artigo que o IPOG preparou sobre gestão de riscos.
O que é gestão de riscos corporativos?
A gestão de riscos corporativos é baseada na incerteza que todo negócio enfrenta, ou seja, a imprevisibilidade de fatores positivos ou negativos.
A partir desse caráter incerto, os princípios da gestão de riscos corporativos buscam reduzir a imprevisibilidade dos rumos da empresa e consideram diversos cenários em todos os trâmites internos. Assim, os objetivos, processos, projetos e stakeholders são analisados com o propósito de tornar o resultado mais previsível.
Em relação à incerteza, entende-se nesse conceito que o papel da dúvida é natural e inerente aos processos da empresa. Com isso, as mudanças sociais, políticas e econômicas podem ser encaradas como ameaças ou oportunidades, de acordo com o objetivo da gestão de risco.
Apesar de estar próximo ao conceito de compliance, vale destacar que a gestão de riscos corporativos funciona de modo mais independente, tendo princípios mais claros e adequados a cada situação entre as empresas e suas respectivas áreas de atuação.
Inclusive, o objetivo da GRC é definido pelo próprio negócio. Portanto, cabe ao tomador de decisão definir as futuras oportunidades do plano de gestão de riscos.
Alguns exemplos de objetivos são a redução de erros, a diminuição de insalubridade entre colaboradores, a diminuição de retrabalho, entre outras centenas de possibilidades.
Atualmente, a gestão de riscos corporativos está presente em toda grande empresa e até mesmo em autarquias públicas, que utilizam o conceito para definir de forma transparente a solução de erros e/ou riscos.
Por exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem um complexo sistema de gestão de riscos que, inclusive, fez parte do processo de aprovação da vacinação de brasileiros.
Na prática, a Anvisa conseguiu analisar, avaliar e monitorar riscos com base na GRC e, com isso, definiu se haveria riscos ou não da vacinação de adultos, jovens e crianças.
Quais são os riscos corporativos mais comuns?
Há milhares de exemplos de riscos corporativos, sendo que a maioria varia conforme o segmento da empresa. Ainda assim, há situações que são mais frequentes do que outras.
Entre os principais riscos corporativos estão:
1. Vazamento de dados
Com a popularidade do home office, os ciberataques cresceram rapidamente nos últimos meses. Segundo a consultoria alemã Roland Berger, o Brasil foi o 5º país que mais sofreu crimes cibernéticos em 2021.
2. Sonegação fiscal
Mesmo que culposa, a sonegação fiscal é um risco corporativo e costuma ser comum entre pequenas e médias empresas. Na prática, os erros nos cálculos dos regimes tributários, seja Simples Nacional, Lucro Real, seja Lucro Presumido, impactam as guias de pagamento.
Com isso, ao pagar menos, o erro pode ser considerado uma forma deliberada de sonegação fiscal, implicando advertências, multas e, em casos mais graves, resulta em prisão.
3. Gargalos logísticos
Um gargalo logístico é todo processo que sofre por excesso de demanda ou baixa produção. Nesse caso, nenhuma empresa está livre de ter consequências negativas por conta desse risco corporativo.
Felizmente, com uma boa gestão de riscos corporativos, é possível definir indicadores de desempenho e evitar que esses gargalos gerem prejuízos ao negócio.
Como funciona o regulamento da gestão de riscos?
No Brasil, a gestão de riscos é regulamentada pela ISO NBR 31000/2009, que define 11 princípios que devem ser considerados ao montar um plano de controle e previsibilidade de oportunidades e ameaças.
O primeiro princípio reforça que a proposta da GRC é criar, proteger e aprimorar a empresa. Dessa forma, não se trata apenas de evitar riscos, mas também de gerar desempenho nos trâmites da empresa.
O segundo princípio considera que a gestão de risco engloba todos os processos da empresa, enquanto o terceiro reforça o papel de revisitar as ameaças e oportunidades antes de tomar uma decisão que impacte um ou mais processos internos.
O quarto princípio reforça a natureza da imprevisibilidade dos riscos. Os princípios cinco e seis ressaltam a importância de estruturar e buscar informações de qualidade ao compor um plano de risco.
O sétimo ponto, um dos principais, esclarece a importância de um documento sob medida, ou seja, exclusivo da empresa. Esse tópico evidencia a importância de um profissional especializado para encontrar as características e os fatores que fazem a diferença nos processos e nas decisões do negócio.
Assim como você viu mais acima, a sociedade tem um papel de importância na GRC, e o oitavo princípio diz respeito à influência que os fatores culturais, políticos e econômicos têm na empresa.
Os princípios nove e dez reforçam o caráter acessível da GRC, permitindo e facilitando o papel de stakeholders indiretos e/ou externos, como colaboradores e impactados por determinadas decisões.
Por fim, o último princípio diz respeito à busca da melhoria contínua da organização, garantindo que toda futura decisão não sofra com imprevisibilidade e volatilidade.
3 principais componentes do risco corporativo
Um risco corporativo é formado por três componentes: evento, probabilidade e impacto. Todos são inerentes e não necessariamente significam prejuízos. Pelo contrário, o risco pode ser classificado como uma oportunidade, assim como uma ameaça.
Veja abaixo um pouco mais sobre cada componente:
1. Evento
O evento de risco diz respeito ao fator que pode causar determinada ameaça ou oportunidade.
Por exemplo, uma tomada de decisão, como aumentar determinado preço ou reduzir etapas operacionais, é um evento. Se ele resulta positiva ou negativamente, apenas a gestão de riscos corporativos pode indicar.
2. Probabilidade
A probabilidade, como o próprio nome sugere, diz respeito às chances de aquela oportunidade ou ameaça gerar efeitos no dia a dia da empresa.
Nesse caso, as chances de probabilidade costumam ser classificadas não com números exatos, mas sim com a tendência de chance, isto é, baixa, média ou alta possibilidade, a partir de uma minuciosa análise interna.
3. Impacto
Por fim, o impacto é o último componente da GRC e diz respeito às mudanças provocadas a partir de um determinado evento. Desse modo, todos os impactos, positivos ou negativos, são consequências diretas ou indiretas de um evento.
Na gestão de riscos, o cálculo do impacto está entre as principais dificuldades das empresas, especialmente entre os negócios que não contam com mão de obra especializada.
Por que fazer uma gestão de riscos corporativos?
A gestão de riscos corporativos é essencial para uma empresa prosperar de modo previsível e, acima de tudo, estável. Ainda assim, a sua importância pode não ficar tão clara entre os profissionais que estão à frente de diferentes áreas da empresa.
Justamente por isso, o IPOG separou alguns motivos para você prestar atenção.
1. Cultura de qualidade
Para a otimização constante dos processos internos, a empresa e a liderança de um setor precisam implementar uma cultura de qualidade. Assim, a busca por processos mais ágeis e eficientes se torna uma prática mais fácil de ser alcançada, pois estará fazendo parte da rotina de trabalho.
2. Mentalidade de risco
Os riscos de ganhos e perdas são inerentes a qualquer tipo de negócio. Felizmente, com a GRC, todo negócio passa a mapear e ter uma maior controle em relação aos riscos.
Indo além disso, do mesmo modo que os riscos ficam mapeados, as oportunidades podem ser encontradas a partir da mentalidade correta.
3. Previsibilidade no imprevisto
Mesmo os imprevistos podem ser mais previsíveis. Ao realizar uma gestão de riscos eficiente, determina-se protocolos de prevenção de danos e gerenciamento de crises, garantindo a redução dos impactos negativos.
4. Redução de custos
Entre todos os pontos positivos de fazer a gestão de riscos a redução de custos está nos principais benefícios listados até aqui.
Com a diminuição de erros, o retrabalho e o desencontro nas entregas passam a ser minimizados ou extintos dentro da empresa. Isso garante mais eficiência e pode ajudar a reduzir os custos operacionais.
Como realizar a gestão dos riscos corporativos?
A gestão dos riscos corporativos é feita com base nas necessidades e nos objetivos de uma área ou até mesmo de toda a empresa. Justamente por isso, não há como detalhar um passo a passo universal.
Como dito mais acima, o sétimo princípio da GRC reforça a necessidade de elaborar um documento próprio e, acima de tudo, realizado por um profissional com as competências necessárias para antecipar e prever possíveis ameaças e oportunidades.
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