Panorama do Agronegócio brasileiro: desafios e conquistas do setor responsável por alavancar a economia nacional

Coffee plantation in Alfenas, the southern part of Minas Gerais state, the center of coffee production in Brazil.

Enquanto o Brasil acumula dois anos de crise econômica, perpetuadas no biênio 2016/2017, o Agronegócio segue na liderança da produção de riquezas para o país. Sua forte atuação tem contribuído consideravelmente para que os números da macroeconomia não sejam ainda mais frustrantes.

Dados consolidados de 2016 mostraram o superávit do setor na casa dos US$ 63,5 bilhões, sendo responsável por 48,5% de todos os produtos exportados pelo Brasil. Sozinho, o Agronegócio representa cerca de 26% da composição geral do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, no período de um ano. Com isso, o Agronegócio é, de longe, o maior setor produtivo brasileiro vigente.

Qual a abrangência do setor de Agronegócio?

Se você entende o Agronegócio como a produção única e exclusiva de commodities está na hora de ampliar sua visão sobre a totalidade da cadeia produtiva que engloba o setor. Segundo estudiosos, o Agronegócio já evoluiu para um sistema empresarial de produção agropecuária, voltada para o mercado agroalimentar, e tendo em vista a maximização de lucro.

Sim, o Agronegócio é a profissionalização da relação do homem com a terra, o que podemos entender como a mercantilização da produção de alimentos e demais insumos necessários para o fomento e funcionamento da cadeia produtiva agrária.

Agronegócio brasileiro é retratado nos cinemas. Veja como.

Portanto, fazem parte do segmento:

  1. fornecedores de insumos;
  2. fabricantes de equipamentos e máquinas;
  3. mão de obra aplicada ao campo;
  4. empresas processadoras;
  5. redes de distribuição (atacadista e varejista);
  6. consumidores;
  7. logística de produção e exportação;
  8. empresas de tecnologia

Importância do Agronegócio para a evolução da humanidade

Dados apurados pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) projetaram que, até o ano de 2030, serão necessários ampliarem a produção dos seguintes produtos para atender a demanda mundial por alimentos:

  • 34% de carne bovina;
  • 47% de carne suína;
  • 55% de carne de frango;
  • 59% de açúcar;
  • 19% de arroz;
  • 83% de milho;
  • 98% de soja.

Para que o Brasil continue atuando como importante fornecedor do mercado mundial, será preciso investir em tecnologias e soluções que potencializem a produção dos itens mencionados. Felizmente, o desempenho do setor tem mostrado que o número de empregos gerados pela cadeia do Agronegócio tem aumentado, o que mostra uma sensibilidade do setor para corresponder à projeção de demanda crescente.

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O diferencial almejado ao gestor do Agronegócio

É claro que os desafios do Brasil no Agronegócio ainda são muitos. Questões como logística, armazenagem, qualificação profissional, e políticas públicas precisam de melhorias. Um desses desafios é garantir a certificação dos produtos agropecuários segundo as normas nacionais e internacionais de saúde e sustentabilidade para o país continuar com o crescimento das exportações.

Mas cabe ao gestor da área conhecer a fundo os mecanismos da cadeia produtiva, para que possa se destacar no mercado e para os que estão em busca de uma nova oportunidade.

Diferenciais da Agroindústria alimentar e não alimentar

A agroindústria é dividida em dois grupos diferentes:

  • a não alimentar (fibras, couros, calçados, óleos vegetais não comestíveis entre outras);
  • a alimentar (sucos, polpas, extratos, lácteos, carnes entre outros).

Nas duas cadeias agroindustriais os procedimentos são completamente distintos, uma vez que na agroindústria alimentar o cuidado tomado é bem minucioso, por tratar de uma produção de alimentos e requer uma segurança para seus consumidores. Já na agroindústria não alimentar os cuidados adotados são semelhantes de outros setores industriais.

Dinâmica da Agroindústria

Podemos dizer que a agroindústria é o anexo de atividades pautadas em mudanças de matérias-primas procedentes da agricultura e pecuária. Denominados como subprodutos, podem estar presentes na produção de alimentos (carnes, enlatados, laticínios), de produtos de couro, biocombustíveis, têxteis e demais produções.

O nível de transformação altera vastamente em desempenho dos desígnios das indústrias agroindustriais. Essa agroindústria atinge desde o abastecimento de insumos agrícolas até o consumidor final, de acordo com cada matéria prima.

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Quando comparado a outros segmentos industriais da economia, ela apresenta uma certa originalidade decorrente de três constitutivas essenciais das matérias-primas: sazonalidade, heterogeneidade e perecibilidade.

Dentro da Agroindústria existe o Agronegócio (também chamado de agrobusiness) que é um conjunto de negócios pautados à agricultura e pecuária comparados ao aspecto econômico. Entender a complexidade do funcionamento do setor se faz necessário para promover a evolução de tão relevante segmento.

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Kelson Ribeiro: Consultor Associado da Skill Consult, atuando em Planejamento Estratégico e Diretor de Capacitação Profissional da Câmara de Comércio Exterior da ACIEG. Mestre em Desenvolvimento Regional com Ênfase em Gestão Estratégica de Empreendimentos UNIALFA, formação em Administração Financeira UNIVERSO, Ciências Contábeis PUC, MBA em Logística de Produção e Distribuição IPOG, Tecnólogo em Segurança e Saúde Ocupacional SENA AIRES e Intercambio Cultural na Kaplan Business School Berkeley Califórnia EUA.