Gestão Educacional para professores é importante para a carreira?
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Gestão Educacional para professores é importante para a carreira?

Quando falamos em gestão educacional, não nos referimos apenas à administração de uma instituição de ensino, como muitos imaginam. Falar sobre gestão educacional é bem mais amplo, pois considera processos, técnicas, pessoas. Já a administração educacional faz parte da gestão, trata-se da operacionalização dos processos. É o que explica Glaucia Yoshida, professora e coordenadora da Pós-Graduação Formação de Professores em Didática e Gestão Educacional do IPOG.

Segundo ela, gestão educacional é todo o processo que envolve a organização de pessoas e a estrutura de uma instituição de ensino.

Gestão educacional para professores

Atualmente, essa vem sendo uma competência bastante cobrada também dos professores. Isso porque não basta mais que profissionais na área de educação, detenham apenas saberes técnicos. É claro que ter uma boa didática, por exemplo, é essencial para atingir o objetivo de real aprendizagem do aluno, mas o professor também precisa conhecer práticas educacionais e conseguir enxergar a sala de aula como um todo.

“Em todo momento o professor faz o papel de gestor. Ele precisa ser gestor da sala de aula bem como de sua carreira. Em algum momento bons professores são convidados para assumir papeis de liderança“, pontua Glaucia Yoshida.

De acordo com a Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, o setor de educação é um dos que mais cresce no Brasil. A todo momento vemos surgir novas escolas, faculdades. Muitas delas inclusive fundadas por ex-professores que adquiriram experiência como funcionários e agora vislumbram a oportunidade de ter o próprio negócio ou até mesmo de serem contratados em uma posição de gestão educacional?

Mas será que estão preparados?

A coordenadora da pós-graduação do IPOG alerta que a resposta é “não”. “Nem sempre o convite para assumir um posto de liderança chega e o professor se encontra preparado. Daí acaba sendo sofrido para ele assumir este papel bem como para seus liderados”, pontua.

Portanto entender de gestão educacional pressupõe que o professor busque conhecimentos quer por informações e/ou formações sobre leis, políticas, processos, projetos e todos os elementos que compõem a estrutura e funcionamento de onde ele atua ou pretende atuar.

Resultados na sala de aula a partir da gestão educacional para professores

Glaucia defende que devemos entender uma Instituição de ensino sob um olhar sistêmico. Cada parte que a compõe tem seu papel, importância, mas acima de tudo interdependência.

Se um professor entra em sala de aula conhecendo, dominando e participando na construção do Projeto Pedagógico de um curso ou instituição, sem dúvida ele fará o que Paulo Freire preconiza: “discurso molhado de prática vivida”. Desta forma a execução de um Plano de Ensino e Plano de Aula terá congruência e coerência com os aspectos filosóficos da instituição. Tal conhecimento viabilizará com maior tranquilidade o cumprimento de diretrizes institucionais, bem como atenderá as expectativas de órgãos avaliadores quer internos como CPAs ou mesmo MEC.

Lembrando que a gestão educacional é algo amplo e como tal, precisa ser construído cotidianamente pelos atores educacionais na jornada do(s) ato(s) educativo(s). É preciso lembrar que educação é um processo intrinsecamente coletivo. Ainda que os instrumentos de gestão sejam específicos e/ou elaborados ou monitorados por agentes específicos, quando falamos em gestão, devemos levar em consideração todas as etapas e processos sim, como mencionado acima.

Como o mercado enxerga o profissional que possui esse conhecimento em gestão educacional?

Para responder a essa pergunta, Glaucia Yoshida é enfática: “Um achado, um tesouro, um educador por excelência”

A coordenadora da pós-graduação no IPOG ainda reforça que na carreira de docente, o professor será um eterno aprendiz, ou seja, precisará investir em capacitações específicas da área escolhida. Portanto, vale apostar em cursos de curta duração, congressos e especializações nacionais e internacionais.

“Certamente se este profissional tem dúvidas [se busca mais capacitação ou não] é porque ainda não se encontrou definitivamente na docência. Recomendo que faça uma revisão sobre sua carreira e veja se a docência é mesmo seu chamado. Ser professor não é missão, é profissionalização. Um profissional da educação que não seja eternamente aprendiz não terá condições para alavancar a carreira de estudantes sob sua orientação”, completa Glaucia Yoshida.

E aí, que tal investir na sua profissionalização e construir uma carreira de excelência em docência?

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Sobre Gláucia Yoshida

Doutora em Ciências da Educação pela Universidad Teconológica Intercontinental - UTIC - PY (2012), Mestre em Educação Escolar Brasileira pela Universidade Federal de Goiás (1994), Graduada (Bacharelado e Licenciatura) em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Goiás (1989), Master Coach (Metaforum Internacional - 2016). Editora chefe da Revista Especialize On-line IPOG. Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Desenvolvimento Humano e Educação (IPOG).