A Engenharia não está em crise, afirma professor do IPOG
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A Engenharia não está em crise, afirma professor do IPOG

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O objetivo do Webinar Diferenciais críticos do profissional de Engenharia em tempos de mercado desafiador, realizado pelo IPOG no dia 25 de junho, foi mostrar como os diferenciais que o profissional apresenta e a sua preparação são cruciais para o seu desempenho diante da concorrência.

A Engenharia não está em crise

Segundo Gilberto Porto, professor do IPOG em várias Pós-Graduações de Engenharia, o primeiro passo é desmistificar a afirmação do “mercado em crise na engenharia”.

“Não há mercado em crise ou mercado aquecido, há um mercado com características de oscilação cíclica, próprias do nosso setor, no qual a preparação do profissional sob a perspectiva do conhecimento o habilita a atuar neste mercado em qualquer de seus momentos”, afirma o engenheiro civil, especialista em Planejamento Estratégico Empresarial.

Para justificar tal afirmação, Gilberto Porto cita um estudo realizado por Luiz Henrique Ceotto, no qual o professor afirma que é da natureza do mercado da Engenharia a existência de ciclos senoidais. Neste ciclo, fatores como macroeconomia, conjunturas do país certamente influenciam, mas o que o pesquisador pontua é que mesmo em tempo de crescimento econômico, o mercado da engenharia apresenta características cíclicas de baixa.

De acordo com o artigo de Luiz Henrique Ceotto, no Brasil, este ciclo leva de 4 a 5 anos para atingir o ponto de recuperação. O mesmo fenômeno acontece em outros países, como nos Estados Unidos, por exemplo. Só que lá, de maneira mais suave, entre 10 e 11 anos.

Zona de Influência X Zona de Preocupação

Ok! Você já compreendeu que mesmo em tempos de crescimento econômico, a engenharia irá enfrentar momentos de altos e baixos. Mas calma! Isso não é motivo para se desesperar ou desistir da profissão.

É neste momento que entram em cenas os diferenciais críticos necessários para o engenheiro diante de um mercado desafiador.

Uma maneira inteligente de se preparar para não ser tão impactado por essas oscilações é desenvolvendo sua Zona de Influência. No livro “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”, Stephen Covey aborda os conceitos de Zona de Influência e Zona de Preocupação. Para entender o que são, Covey ilustra com dois círculos, um dentro do outro.

Zona de Preocupação: É o círculo maior. Refere-se aquilo que não domino. No caso do mercado, poderia ser a inflação do Brasil, o PIB, a oscilação do dólar, etc.

Zona de influência: É o círculo menor. Refere-se ao que está sob meu controle, às coisas em que posso interferir. Por exemplo: produtividade da minha empresa, formação de pessoas na minha indústria, desempenho da gestão de pessoas e até mesmo a Política de gestão de custos, prazos e conformidade do produto.

Nós devemos nos preocupar com a nossa Zona de Influência, porque é nela que atuamos. Preocupados com o desenvolvimento dela, a consequência vai ser a sua ampliação e consequentemente, a redução da Zona de Preocupação.

Como ampliar sua Zona de Influência na Engenharia?

Gilberto Porto cita como exemplo uma pessoa que já atua muito bem em uma empresa, que se preocupa em desenvolver uma boa gestão na sua empresa. Segundo o professor, é natural que alguém assim demonstre interesse por participar de entidades de classe.

“Ter este tipo de contato é muito importante, pois a partir dele, a pessoa começa a ampliar a sua zona de influência. Neste caso, por exemplo, começa a ter contato com diretrizes de crescimento econômico para a área”, destaca.

Como isso ocorre na prática?

Em Goiânia, um termo de cooperação selou uma parceria entre a Prefeitura da cidade e o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia, o Codese, o qual é formado por diversos segmentos da sociedade civil organizada.

O objetivo da parceria é apresentar ações de melhoria a médio e longo prazo para mobilidade, segurança, drenagem, saúde e educação. Contribuindo para elevar o IDH de Goiânia, índice de desenvolvimento que hoje analisa PIB per capita, educação e expectativa de vida. Será prestado um serviço semelhante ao de consultoria para a prefeitura, mas sem nenhum custo.

A expectativa é de que com esse trabalho que une forças das iniciativas pública e privada, haja melhoria na gestão da capital. Por isso, foram traçadas metas para que até 2033, quando Goiânia completa 100 anos, a cidade seja uma das melhores para se viver no país.

Segundo Gilberto Porto, isso é atuar na Zona de Influência.

“Eles atuaram, onde poderiam atuar”. Significa fazer o que está ao seu alcance.

E sabe por que buscar a expansão de sua Zona de Influência é tão importante? Porque apenas fazendo a transição da Zona de Preocupação para ela que o profissional de engenharia consegue desenvolver seus diferenciais.

Quem depende daquilo que não pode dominar, não consegue se destacar perante os demais. Apenas quem assume a responsabilidade de ser diferente, avança!

E você está pronto para assumir sua carreira e buscar se destacar neste mercado desafiador? No próximo texto sobre este assunto, vamos abordar os 4 pilares através dos quais o Engenheiro pode ampliar sua Zona de Influência e quais os 3 passos para desenvolver essas habilidades e se diferenciar.

1) Imagens de Zona de Influência e Zona de Preocupação:

(Fonte: Site FranklinCovey)

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Sobre Gilberto Porto

Professor IPOG em várias Pós-Graduações de Engenharia, Engenheiro Civil, Especialista em Planejamento Estratégico Empresarial e em Gestão Empresarial de Negócios. Atua na indústria da construção e no mercado imobiliário há 30 anos. Também atua em treinamentos e formação de equipes de alto desempenho.