Logística Reversa: o que é essa prática sustentável e quais são os seus benefícios?
A crescente atenção da sociedade a questões relativas à sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento de boas práticas para agregar valor à gestão de empresas deram origem a uma prática chamada de logística reversa.
Adotar práticas sustentáveis é uma tendência para a gestão de negócios e, também, um caminho rentável e vantajoso para as marcas, conforme indicam diversas pesquisas.
Segundo levantamento da Union+Webster, 87% dos brasileiros dão preferência a comprar de empresas sustentáveis. Esse é um reflexo da participação crescente das gerações millennial e Z na economia, normalmente mais conscientes quanto aos impactos ambientais e, em sua maioria, dispostas a pagar mais pelo sustentável.
Muitas empresas já vêm melhorando as suas ações focadas em sustentabilidade, das quais faz parte a logística reversa, de olho na melhoria da reputação ou mesmo para se alinhar aos códigos de boas práticas ambientais, conforme revela estudo do IBGE.
Confira, em nosso artigo, os tipos de logística reversa e 3 dicas para aplicá-la na prática!
O que é logística reversa?
Logística reversa é o conjunto de soluções e práticas de gestão de produtos e resíduos no qual empresas públicas e privadas se responsabilizam pelo ciclo de vida dos produtos e seus impactos para a natureza e o bem-estar social.
Enquanto o conceito tradicional de logística faz referência aos processos e movimentos que resultam no envio e na disponibilização de produtos e serviços aos consumidores, a versão reversa trata do retorno dos produtos às empresas a fim de reduzir e evitar danos ao ambiente.
A principal norma que traz diretrizes e princípios sobre a gestão desse material é a Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Nessa legislação fica estabelecida a responsabilidade compartilhada de fabricantes, distribuidores e comerciantes na logística reversa.
Em linhas gerais, é um acordo para que as companhias implantem ações para que os resíduos retornem às empresas e sejam destinadas adequadamente ao reaproveitamento ou ao descarte, por exemplo.
Tipos de logística reversa
Há dois tipos principais de logística reversa divididos em etapas diferentes do processo comercial. Confira:
Logística reversa no pós-venda
O sistema de logística reversa de pós-venda é aquele que trata do regresso do produto antes do seu consumo ou com pouco uso. Essa devolução deve ser estruturada ao máximo dentro das empresas para que seja possível colher informações úteis e garantir a satisfação dos clientes no processo.
Nesse tipo de logística reversa, objetiva-se a recomercialização ou retorno para a cadeia produtiva, após solucionar o problema que ocasionou a devolução.
Confira algumas razões para a adoção deste tipo de procedimento seja no varejo, seja no comércio eletrônico:
- defeitos de fabricação
- avarias
- emissões de produto com erros (quantitativos, em modelo etc.)
- recall
- prazo de vencimento inadequado para consumo
- direito de arrependimento
Logística reversa no pós-consumo
Neste modelo, o consumo já aconteceu e é necessário dar um destino adequado ao produto e a seus eventuais resíduos.
Aqui três opções são possíveis:
Reutilização – quando ainda há condições de uso/consumo do produto.
Reciclagem – quando a mercadoria ou parte dela pode retornar como matéria-prima para o ciclo produtivo.
Desmanche – nesse processo, ocorre a segmentação dos componentes do produto e o direcionamento para reutilização, reciclagem ou descarte.
Alguns exemplos de produtos que entram na logística reversa de pós-consumo são as pilhas e baterias, cujos resíduos podem causar acidentes, contaminações e danos ambientais, mas também embalagens, pneus, equipamentos eletrônicos e medicamentos, entre outros.
Normalmente, indústrias e empresas que lidam com materiais perigosos são obrigadas legalmente a ter um plano de logística reversa, a exemplo das empresas de agrotóxicos, óleo lubrificante e lâmpadas, entre outros materiais que não podem ser descartados em lixo comum.
Contudo, qualquer organização pode implantar procedimentos logísticos desse tipo como forma de diferencial competitivo.
Como funciona um sistema de logística reversa?
Muita gente já deve ter visto postos de coleta de lixo eletrônico em lojas ou organizações que oferecem benefícios para quem retorna produtos da marca ou ainda postos de trocas e devoluções – esses são modelos comuns de logística reversa, porém há outros segundo as possibilidades e necessidades dos produtos.
Com o decreto nº 7.404/2010, ficou instituído o Comitê Orientador para a Implantação de Sistemas de Logística Reversa (Cori), cuja presidência está a cargo do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Essa instituição é responsável por fechar acordos setoriais entre o poder público e as organizações a fim de implantar sistemas específicos de logística reversa, nos casos em que há obrigatoriedade de responsabilidade compartilhada.
Em linhas gerais, o funcionamento se dá da seguinte maneira:
- O consumidor retorna o produto ao comerciante, distribuidor etc.
- O produto tem como destino final o fabricante ou importador.
- Ocorre o direcionamento adequado do produto.
Processo simplificado de logística reversa
3 dicas para aplicar logística reversa na sua empresa
Ao contrário do que parece, a logística reversa não é apenas uma ação com foco na sustentabilidade. Ela pode ser um aspecto importante dentro de uma gestão estratégica e com foco na qualidade, gerando benefícios como:
- melhoria do processo produtivo por meio das informações coletadas sobre falhas, defeitos etc.
- redução de custos com o reaproveitamento de produtos
- melhoria da imagem da marca
Para implantar um sistema de logística reversa, pelo menos 3 aspectos são cruciais:
- Estabelecer o tipo de política que faz sentido para o seu negócio, tendo clareza dos critérios e canais para devoluções, trocas etc. seja no pré ou pós-consumo.
- Planejar e mapear os processos e estruturas que precisam ser mobilizados para essa prática.
- Testar a eficiência da política de logística reversa em busca de melhorias contínuas.
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